ABV cria tarifas adicionais na carga aérea e flerta com venda de Viracopos para a AliExpress

Gigante asiática quer adquirir concessão e elevar operações com cargas. Enquanto não concretiza venda, ABV cria novas tarifas para trânsito (DTA) e para exportação(DU-E) “visando equilíbrio financeiro”.
Em recuperação judicial, o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), pode virar um centro de distribuição da chinesa Alibaba – dona dos sites de compras AliExpress (varejo) e Alibaba (atacado). As informações são da Folha de SP.
A gigante asiática do comércio eletrônico está representada no Brasil pela Global Logistic Properties, que negocia com os sócios do aeroporto.
Os valores da operação não foram revelados, mas, segundo pessoas que participaram das conversas, houve uma entrega de proposta que prioriza o tráfego dos aviões da própria companhia chinesa.
Desde 2012, Viracopos é administrado pela Aeroportos Brasil, concessionária controlada por empresas privadas – UTC, Triunfo e Egis – que tem a estatal Infraero como sócia (49% de participação).
 
Novas tarifas – A ABV mexeu com o mercado nesta semana, Através de um comunicado da área comercial,  a empresa criou duas tarifas adicionais em seu Terminal de Carga.  Para o trânsito aduaneiro (R$ 390,00 por declaração de trânsito DTA) e para a Exportação (R$ 140,00 por DU-E). Elas entrarão em vigor em 01/10/2018.
Segundo apurado pelo Portal LogNews, a ABV seguiu os passos de congêneres do exterior e do Aeroporto de Curitiba no Brasil que já adotaram procedimentos semelhantes. Segundo fontes ligadas ao setor, o Aeroporto de Guarulhos seguirá a mesma prática.
Segundo ainda a Concessionária, o objetivo da criação das novas tarifas visa o equilíbrio financeiro da empresa. “Funciona como um ‘handling documental’, uma gestão documental, e reconhece o que hoje já é feito”, afirmou o diretor financeiro da ABV, Guilherme Campos, em recente encontro do setor.
“Comparados ao momento da licitação, em dados à época da ANAC, os números hoje são 50% menores para a carga aérea e 60% menos de passageiros”, completou Campos, ao justificar o difícil momento. E finalizou, “70% da receita de Viracopos vem da carga aérea”.