“Anvisa não é um órgão burocrático e seu papel tem que ser realizado tecnicamente”, diz presidente da Anvisa

“Anvisa não é um órgão burocrático e seu papel tem que ser realizado tecnicamente”. Esta foi a afirmação do presidente da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), William Dib.

Dib participou na última terça de evento de 20 anos da Anvisa. Nos últimos anos, a agência tem sido alvo de críticas de sanitaristas devido a uma demora na reavaliação da segurança de alguns agrotóxicos proibidos na Europa e em outros países. Outra reclamação contundente é do setor de comércio exterior, relacionada aos atrasos nos tempos de liberação de carga nos portos e aeroportos.

Nos últimos anos, a agência tem sido alvo também de críticas de sanitaristas devido a uma demora na reavaliação de segurança de alguns agrotóxicos proibidos na Europa e outros países.  “Não há possibilidade de fazer isso por reflexo, só porque os outros fazem. Não somos uma agência carimbadora. Não podemos nos pautar pela Europa, que não planta mais nada, e só importa.”

No ano passado, proposta que flexibilizava a liberação de agrotóxicos e retirava parte das atribuições da Anvisa, q quem cabe a avaliação toxicológica dos produtos, ganhou força no Congresso. A agência, no entanto, tem se posicionado contrária à medida.

Para ele, a Anvisa precisa analisar a segurança dos agrotóxicos, mas acrescentou que é preciso haver bom senso: “temos que olhar os dois lados. Um é a qualidade de saúde da população. Agora, também não podemos virar as costas para mostrar que Brasil está pagando suas contas graças ao agronegócio, à exportação e produção, que provavelmente se a gente tirasse todos os agrotóxicos não teria toda essa produção”.

Ele defendeu que haja mais rapidez na análise de pedidos de registro de novos produtos, como medicamentos, e fiscalização do que já está no mercado. Também citou avanços da agência, como redução de prazos de espera para registro de genéricos. 

Com informações Folhas de SP