Após negociar por Viracopos, fundo IG4 Capital fará proposta de R$ 1,7 bi para comprar dona do aeroporto de Guarulhos

FOTO: FELIPE RAU/ESTADÃO

O fundo IG4 Capital, especializado em empresas em dificuldades financeiras, deverá fazer proposta firme pela Invepar, holding de infraestrutura dona da concessão do aeroporto de Guarulhos e do metrô do Rio. A gestora, comandada por Paulo Mattos, ex-sócio da GP Investments, está sendo assessorada pelo Bradesco BBI. O Estado apurou que o fundo avalia o melhor formato para assumir o negócio.

Fontes afirmaram que o IG4 está liderando um grupo com investidores estrangeiros para fazer uma injeção de R$ 1,7 bilhão na companhia. A ideia da gestora é diluir a participação dos atuais acionistas e assumir o controle da empresa. Os fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Petros (Petrobrás) e Funcef (da Caixa) são os principais sócios e detêm, juntos, 75,6% da Invepar.

Colocada à venda em meio aos escândalos da Lava Jato, a Invepar tornou-se um negócio cobiçado por grandes fundos, como Mubadala e Brookfield, mas os problemas entre os acionistas afugentaram investidores. A CCR, empresa de concessões na área de transportes, também já negociou os ativos no passado, mas desistiu. A fatia que pertencia à empreiteira OAS está nas mãos dos bondholders (detentores de títulos) e do FI-FGTS. Ao Estado, o sócio-fundador do IG4, Paulo Mattos, diz que a gestora está interessada em expandir seus investimentos em infraestrutura. No entanto, Mattos não quis comentar sobre a operação da Invepar. Procurados, Petros, Funcef, Previ e Invepar também não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

Viracopos – Outro grande negócio no qual o IG4 está envolvido é a compra do Aeroporto de Viracopos, também em recuperação judicial. Em parceria com a suíça Zurich Airport, que detém a concessão dos aeroportos de Florianópolis (SC) e de Confins (MG), o fundo já fez proposta para comprar a participação das duas acionistas do terminal, Triunfo Participações e Investimentos (TPI) e UTC. As duas empresas também foram envolvidas na Lava Jato.

As informações são do Estadão Conteúdo