Após recorde no Porto de Santos, novo delegado da Receita Federal defende controle aduaneiro remoto

O auditor-fiscal Richard Fernando Amoedo Neubarth assumiu no início deste mês o cargo de novo Delegado da Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Ele substituiu o auditor-fiscal Cleiton Alves dos Santos João Simões, que exercia a função de delegado e já havia anunciado a saída em fevereiro deste ano. Na época, Simões revelou que um programa de seleção para a escolha do novo delegado já estava em andamento.

Neubarth assumiu há pouco mais de duas semanas o maior porto da América Latina e já defende um maior uso da tecnologia para aprimorar os processos da Aduana no local. A declaração foi feita durante o Webinar Porto&Mar 2020, ocorrido na última terça-feira(14), citando, inclusive, que se valerá do Centro de Conferência Remota (CONFERE) para fiscalização e para reforçar o controle aduaneiro.

 

Recorde – Porto de Santos registrou em junho o quinto recorde consecutivo mensal ao movimentar 12,3 milhões de toneladas, alta de 6,2% sobre igual período de 2019. O resultado foi impulsionado pelo bom desempenho dos embarques, que avançaram 14,6%, para 9,4 milhões de toneladas, puxados especialmente pelas exportações de commodities agrícolas, o que compensou o recuo de 14,3% nos desembarques no mês.

Entre os embarques, destaque para o complexo soja, cujas exportações aumentaram 54,8%, para 3,9 milhões de toneladas, e para os embarques de açúcar, que saltaram 58,6%, para 2 milhões de toneladas. Outra carga que teve bom desempenho em junho foi a celulose, com alta de 26,2%, para 492,7 mil toneladas.

Já a movimentação de contêineres recuou 13,5%, para 309 mil TEUs, refletindo o impacto da pandemia nas trocas comerciais internacionais. Movimento que ainda não foi suficiente para afetar o comportamento da carga no primeiro semestre. No acumulado do ano, foram movimentados 2 milhões de TEUs, avanço de 4,3% na comparação com igual período de 2019.

“Os bons números do porto refletem a pujança do agronegócio e o efeito favorável do câmbio para as exportações. No acumulado do ano, também o contêiner, que movimenta as cargas de maior valor agregado e as mais afetadas pela pandemia, registra avanço importante. Isso não seria possível sem os ganhos de eficiência que o porto vem apresentando a partir dos investimentos na infraestrutura pública, pela SPA, e privada, pelos terminais”, disse Fernando Biral, presidente da Santos Port Authority (SPA).

No cômputo geral de cargas do primeiro semestre, o porto também bateu recorde ao atingir a marca histórica de 70,3 milhões de toneladas, avanço de 10,6% sobre janeiro-junho de 2019, resultado das altas de 13,9% e de 2,6% das exportações e importações, respectivamente.