Autoridade do Porto de Santos projeta novos recordes, obras e mais empregos

O Porto de Santos está prestes a bater mais uma marca durante a pandemia de Covid-19. A movimentação de cargas segue em alta em maio e, com isso, devem ser registrados novos recordes operacionais no mês e no ano. As projeções também são otimistas com relação aos novos arrendamentos de terminais, previstos para agosto, além da realização de obras e da geração de empregos no cais santista.

É o que garante o diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos, Fernando Biral. Nesta quinta-feira (21), ele e o diretor de Operações da estatal, Marcelo Ribeiro de Souza, e o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação, Bruno Stupello, foram recebidos na sede do Grupo Tribuna pelo diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, além da editora-chefe de A Tribuna, Arminda Augusto, e do editor de A Tribuna On-Line e do G1 Santos, Alexandre Lopes.

De acordo com os executivos, até quinta-feira, mais de 8,5 milhões de toneladas de mercadorias haviam sido movimentadas no Porto de Santos desde o início de maio, mesmo diante da crise causada pela pandemia de Covid-19. O recorde histórico de operações no mês é de 11,7 milhões de toneladas.

Ribeiro aponta a expectativa de recordes, principalmente diante da alta demanda do agronegócio. “É claro que a operação de granel é muito impactada pela chuva. Mas as projeções têm mostrado que, provavelmente, vamos bater a marca de maio. Se fizermos mais de 12 milhões de toneladas, vamos abrir uma frente de 5 ou 6 milhões de toneladas em relação a esse mesmo período de 2019”.

Já segundo Stupello, a pandemia poderá afetar as operações no segundo semestre. Mas, se isto acontecer, o impacto ficará retido à movimentação de caixas metálicas. “No contêiner, o segundo semestre, normalmente, é melhor que o primeiro. Então, pode ter uma segurada, mas o indicativo do granel agrícola é de continuar alta a movimentação no segundo semestre”.

Novas apostas – Para Biral, o ano será de renovação de apostas no Porto de Santos. “A gente vai ter a licitação de celulose que deve ser bastante disputada. Vai ser um marco e aumenta a capacidade de movimentação, além de contribuir com mais recordes”, destacou o diretor-presidente da Autoridade Portuária.

O executivo se refere aos leilões, previstos para acontecer no dia 28 de agosto, de dois terminais de celulose no cais santista, na área anteriormente ocupada pelo Grupo Libra, no Macuco e na Ponta da Praia. As estimativas do Ministério da Infraestrutura apontam que as outorgas devem girar em torno de R$ 110,9 milhões. Com as instalações, o Porto de Santos terá mais de 248,8 mil toneladas de capacidade de armazenamento de celulose.

Além disso, juntos, os dois terminais terão capacidade para movimentar cerca de 5 milhões de toneladas de celulose por ano. Este é o dobro da demanda verificada em 2019.

“A gente pretende estabelecer as bases para continuar expandindo a capacidade do Porto. Para a gente, é desenvolvimento econômico, geração de renda. Santos precisa continuar sendo o principal polo portuário do País, além de trazer um hub de contêineres de longo curso”, afirmou Biral.

Entre esses investimentos, está o leilão de um grande terminal de contêineres no Saboó. Com estudos em andamento, o projeto deve levar cerca de 18 meses para virar realidade.

Enquanto isso, a Autoridade Portuária aposta na entrada em operação do terminal da Hidrovias do Brasil no cais santista, que também deve gerar empregos na Cidade. Ele foi leiloado em agosto do ano passado e rendeu ao governo R$ 112,5 milhões em outorgas.

A capacidade de armazenagem anual da instalação é de 1 milhão de toneladas para sal e de 2,6 milhões de toneladas para fertilizantes. Neste caso, os insumos são importantes, pois abastecem a cadeia agrícola no centro do País.

A estatal aposta, ainda, no início das operações dos três novos arrendatários transitórios naquela região. Brasil Terminal Portuário (BTP), Santos Brasil e Set Port assinaram, na semana passada, contratos para a exploração de terrenos anteriormente ocupados pelo Terminal Marítimo do Valongo e pela Rodrimar.

Fonte: A Tribuna