A força da indústria – por Paulo Skaf

*Artigo Paulo Skaf

skaf em altaO agravamento da crise econômica põe mais uma vez em evidência a necessidade de o Brasil melhorar seu desempenho e caminhar a passos firmes para o futuro.

O país continua quase na lanterna do ranking internacional de competitividade, e a inflação, os desacertos políticos e econômicos, os escândalos de corrupção em que diversos níveis de figuras públicas estão envolvidos fazem com que tenhamos a sensação de estar paralisados. A tendência de encolhimento da economia está aí.

A indústria é o segmento que mais contribui para a economia nacional. Tem know-how, tem talento, tem mão de obra especializada, tem empreendedores.

Um país mais competitivo economicamente supera a desestabilização interna, encontra caminhos e se torna menos suscetível aos efeitos das crises externas.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Ciesp, têm trabalhado arduamente para reverter esse cenário. Têm investido na educação do jovem empresário, promovendo cursos específicos, salas de debates e seminários, discutindo oportunidades, levando conhecimento e ideias criativas para que todos possam fazer essa travessia com o menor impacto possível em seus negócios.
Já passamos por muitas crises e conseguimos vencê-las. Não demoraremos para crescer e fazer novamente frente ao mercado. Por isso, tenho certeza de que juntos podemos fazer a diferença.

Mudar o cenário de hoje faz parte do objetivo comum da Fiesp, do Ciesp, da indústria, dos trabalhadores e de toda a sociedade. Mais do que nunca, é hora de mostrarmos a nossa garra e a nossa competência!

Foto: Crédito FIESP

 *Paulo Skaf é o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp).

Fiscais da Receita dizem que greve já afeta arrecadação de impostos

A paralisação dos auditores da Receita Federal, iniciada no dia 19 de agosto por tempo indeterminado, já traz impacto à arrecadação de impostos federais e às fiscalizações comandadas por esses servidores, segundo informa o Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
Dados levantados pela entidade mostram que 566 fiscalizações foram realizadas em agosto deste ano ante 1.592 feitas no ano passado, o que representa uma queda de 64,5%.
Se considerados os valores lançados em autos de infração, a queda é ainda maior: chega a 82%. Em agosto do ano passado foram lançados R$ 7,6 bilhões em autos e em agosto deste ano, R$ 1,4 bilhão.

Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional, avalia que esses números devem agravar a mais a arrecadação federal, já afetada pelo agravamento da crise econômica.
Se comparadas as fiscalizações feitas no acumulado de janeiro a agosto, a queda é de 32%. Foram feitas 10.985 nas ações fiscais feitas nesse período de 2014 ante 7.469 no mesmo período deste ano. Os auditores realizam assembleia nesta quarta-feira (3) para avaliar se aceitam a proposta do governo federal para o funcionalismo.
“A tendência é que seja rejeitada por unanimidade, a exemplo do que aconteceu no dia 9 de julho, quando os auditores já tinham rechaçado o reajuste salarial de 21,3%, divididos em quatro anos”, informa o Sindifisco nacional.

Pela proposta formalizada pelo Ministério do Planejamento, no dia 28, o reajuste de 21,3% seriam parcelados em 5,5% no próximo ano; 5% em 2017; 4,75% em 2018; e 4,5% em 2019.

São cerca de 12 mil auditores fiscais da Receita em campanha salarial. A categoria pede reajuste de 55% para a faixa em início de carreira -o salário é de cerca de R$ 15 mil- e de 33% para a faixa mais avançada (chamada final de carreira), com salário em torno de R$ 22,5 mil.

Ainda segundo a entidade, os auditores já entregaram 1.500 cargos de chefia, de um total de cerca de 2.200 em todo o país, e a orientação é para que outros servidores não assumam o posto. O governo ainda não publicou as exonerações no Diário Oficial da União, informou o Sindifisco Nacional.

A reportagem não localizou a assessoria da Receita Federal para comentar os números fornecidos pelos representantes dos auditores.

Fonte: Folha Press

Para compensar greve, Receita permitirá retirada de mercadorias sem inspeção nas alfândegas

Para acelerar a liberação de mercadorias retidas nas alfândegas por causa da greve dos auditores fiscais, a Receita Federal permitirá a retirada de mercadorias não desembaraçadas (liberadas pela aduana) diretamente aos importadores. A medida foi publicada no final de agosto em portaria no Diário Oficial da União, que regulamenta o decreto que permite a substituição de servidores públicos em greve. De acordo com a portaria, o importador poderá requerer a entrega caso o prazo de liberação da mercadoria ultrapasse em 30% o tempo médio de desembaraço registrado no primeiro semestre deste ano. Esse prazo médio varia conforme a unidade da Receita Federal e o tipo de fiscalização a que a mercadoria é submetida, mas, na maioria das situações, corresponde a oito dias. Desta forma, caso o bem importado não seja liberado antes de dez dias e dez horas, o comprador pode pedir a retirada da mercadoria sem o desembaraço.

Segundo Ronaldo Medina, assessor do gabinete do secretário da Receita Federal para a Área Aduaneira, a entrega antes do desembaraço não estimulará a entrada de mercadorias proibidas no país, como drogas e agentes biológicos e químicos. Isso porque a retirada só poderá ser feita nos casos em que as pendências fiscais estiverem resolvidas e faltar apenas a assinatura do ato de desembaraço. ”No caso de cargas que necessitem de verificação física, a fiscalização continuará a ser feita segundo a análise de risco da Receita. Essa medida vale apenas para os casos em que todos os documentos foram entregues e todas as pendências resolvidas, mas apenas o despacho esteja parados por falta de prazo”, explicou Medina. De acordo com ele, caberá ao chefe de cada unidade da Receita analisar se a mercadoria pedida pelo empresário realmente não tem pendências. Caso o Fisco constate divergências de valores ou erros de classificação fiscal, a cobrança pode ser feita posteriormente.

”Se passar o prazo, todos os procedimentos de cobrança podem ser feitos documentalmente, mesmo que a mercadoria tenha sido entregue”, alegou. Segundo o subsecretário de Relações Internacionais da Receita Federal, Ernani Checcucci, a paralisação dos auditores fiscais não prejudicou as exportações. Por causa do atraso nos desembaraços, ele admitiu atraso na liberação das importações, mas disse que o estoque de declarações de importação em processamento aumentou apenas em 4 mil documentos, o que, segundo ele, representa cerca de 2% das declarações analisadas pelo Fisco desde o início da greve, em 18 de junho.

Fonte: Agência Brasil

A moda agora é cabotagem. Será? Por Valdir Santos

Proponho fazermos uma reflexão sobre o momento em que se discute a cabotagem no Brasil e não se observa a outra ponta da linha, que é o transporte rodoviário de carga.

A cabotagem, em evidência nos noticiários recentemente, tem na sustentabilidade sua maior aliada contra o modal rodoviário.

Convoco os leitores deste artigo a avaliarem o binômio: Cabotagem X Transporte Rodoviário, sob os aspectos de sustentabilidade.

Ora, o conceito de sustentabilidade é baseado no tripé econômico, social e ambiental e visa atingir efetivos resultados nessas três dimensões. Este posicionamento empresarial é cada vez mais valorizado pelas pessoas envolvidas no processo (acionistas, colaboradores, clientes e a própria comunidade). Esta nova visão ambiental e social passa a ser um fator determinante para o sucesso das empresas.

Agora vejamos o perfil do modal de transporte, que pode ser verificado com o levantamento realizado pelo Registro Nacional de Transportador Rodoviário (RNTRC) que registrou uma “população” de quase 2,15 milhões de caminhões em 2014 distribuídos em 45% autônomos, 54,2% empresas e 0,8% cooperativas. A idade média da frota é de cerca de 8,8 anos para empresas 10,6 para cooperativas e 16,7 anos para autônomos.

Alguns dados sugerem que o transporte de carga foi responsável por cerca de 6,5 % do PIB do Brasil em 2006. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no levantamento anual de 2008 do setor de serviços estimou que a indústria de transporte gerou R$ 100 bilhões em receita líquida. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT, 2014) estimam que a frota de caminhões é composta por mais de 574 mil empresas, entre eles quase meio milhão de proprietários-operadores independentes, 87 mil empresas e 256 cooperativas. De acordo com o World Bank (2011), o Brasil já é o quinto maior país a nível mundial em termos de vendas de veículos pesados e continua em crescimento no segmento de caminhões.

O transporte de carga, portanto, não é apenas um integrante essencial de uma economia industrializada moderna, é também importante fonte de emprego, sustento de famílias, gerador de riquezas e de divisas para o País.

Diante disso, vemos que não se pode falar em sustentabilidade só abordando a questão ambiental, bandeira de defesa daqueles que incentivam a cabotagem no Brasil.

E os aspectos sociais e econômicos? Uma mudança na matriz de transporte neste momento causaria impactos relevantes no País. Principalmente, em tempos de crise.

O nosso conteúdo, nesta oportunidade, maior argumentação acima, foi sob os aspectos econômicos e sociais. Mas, a sustentabilidade, na visão ambiental, também vem recebendo grandes investimentos do setor de transportes rodoviário, como o enquadramento das empresas nas leis ambientais e os ajustes aos combustíveis alternativos. Esse é também um ótimo tema, porém para discorrermos com calma em outra oportunidade.

Pra finalizar, lembramos que a cabotagem ainda possui desvantagens na competição com o transporte de carga em rodovia com trajeto inferior a 1.500 quilômetros. Sem falar na morosidade em alguns portos, principalmente com processos burocráticos com a Receita Federal, neste caso em quaisquer distâncias percorridas.

Enfim, a cabotagem pode até contribuir para complementar o transporte da carga no Brasil no futuro. Mas, não pode ser “modinha”. São estudos mais complexos sobre questões econômicas, de infraestrutura e cultura.

Afinal, como todos sabem, a moda passa…

 

*Por Valdir Santos – é Presidente da

Transportadora ASA EXPRESS

www.asaexpress.com.br

Dica da Semana – Riyad – Carré de cordeiro ao pesto amarelo

Saboroso carré de cordeiro ao pesto amarelo. Acompanha arroz árabe.

Esta é a “dica da semana” do Portal GPA LogNews para a comunidade de comércio exterior e logística de Campinas e Região para conhecer o Restaurante da Cozinha Árabe: Riyad.

O endereço é Rua Antonio Lapa 382 (esquina com Barreto Leme) – Campinas (SP). O telefone é (19) 3254-3458

O Riyad possui também Espaço Kids, Espaço Eventos. Confira!