Cerca de 60% do processo de pesquisa para aquisição da casa própria é feito pela web. “Apesar de a Internet oferecer riqueza de informações, é importante o consumidor ficar atento a todos os detalhes, para não cair em armadilhas ao concretizar o negócio”, afirma Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

A internet cada vez mais vem se tornado referência na busca de informações de quem deseja adquirir um imóvel. De acordo com pesquisa do Google Brasil, 60% do processo de compra da casa própria ocorre de maneira online e, em média, são acessados 5,6 sites imobiliários. “Hoje, a web é ponto de partida na escolha do novo bem, pois permite ao usuário pesquisar preço, ver fotos e localização da propriedade e simular o financiamento sem precisar sair de casa”, ressalta Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências.

Outra vantagem, para as pessoas que compram uma residência na internet ou até mesmo tenham iniciado o contato por meio das páginas eletrônicas, é poder desistir do negócio no prazo de sete dias. “ O Artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor garante ao consumidor o direito da devolução, imediata, do valor já pago”, completa presidente da entidade.

Luz alerta que a plataforma online deve ser vista como um meio otimizador e não como fim para encontrar a casa própria. “Apesar dos portais imobiliários agilizarem as etapas da compra do imóvel, ainda sim, é essencial conferir presencialmente as condições da propriedade para saber se suas características estão de acordo com o anúncio do site, além de observar se a futura moradia tem problemas na sua estrutura.”

Para Marco, os sites imobiliários precisam melhorar em alguns pontos. “Um exemplo disso, é a falta de qualidade das fotos ou até mesmo deixar de mostrar um ponto do imóvel, como da fachada da propriedade. Se as imagens colocadas nos anúncios fossem mais exploradas, com certeza, as chances de concretizar as vendas aumentariam.”

No caso do imóvel estar na fase de construção é fundamental checar a idoneidade da construtora com o pedido do CNPJ e a consulta ao PROCON. “No contrato de compra e venda não pode deixar de incluir a data da entrega da obra e multa, de no mínimo 2%, na hipótese do atraso do recebimento das chaves”, acrescenta Marco Aurélio.

Já se a propriedade for usada o futuro comprador deve certificar a possibilidade de pendência judicial. “Até que a ação judicial seja julgada, o novo dono fica impedido de tomar posse do bem”, adverte presidente da AMSPA. Outra providência é fazer o levantamento de dívidas deixadas pelo ocupante, pois ficará a cargo do adquirente a sua quitação, e esse poderá pedir o desconto no momento da compra.

Para aqueles que possam ter dúvidas durante o processo da aquisição da moradia, a AMSPA presta auxílio virtual por meio de um chat  no site  (www.amspa.org.br). “O atendimento é em horário comercial. Caso o mutuário entre em contato fora desse período, ele poderá deixar o contato que vamos retornar no próximo dia útil”, esclarece Luz.