Caminhões ensaiam recuperação de vendas atingindo 21% em maio

O segmento de caminhões começou a esboçar recuperação de vendas em maio, com desempenho melhor do que o registrado para veículos leves. Segundo números consolidados divulgados na terça-feira, 2, pela associação dos concessionários, a Fenabrave, no mês foram emplacados 4.736 veículos pesados de carga (acima de 3,5 toneladas de PBT), o que representa alta de 21% na comparação com abril – o porcentual é o dobro do crescimento de 10,3% registrado nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves.

Ainda que com intensidade menor, a crise trazida pela pandemia de coronavírus também deprime as vendas de caminhões no País. Na comparação com maio de 2019, quando foram vendidos 9.197 veículos, o mês passado ficou 48,5% atrás. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a queda chega a 26,1%, passando de 39.061 unidades em 2019 para 28.870 caminhões comercializados em igual período de 2020.

Ambos os porcentuais são bem melhores na comparação com os demais segmentos do mercado nacional de veículos. A explicação para a diferença de desempenho está na consistente demanda do agronegócio, que continua comprando caminhões para escoar a safra.

“Tivemos crescimento ainda lento mas consistente de vendas de caminhões, principalmente de modelos pesados e extrapesados, em virtude da safra de grãos e do agronegócio, que representam quase 50% das exportações brasileiras”, confirma Sérgio Dante Zonta, vice-presidente da Fenabrave responsável pela área de caminhões, ônibus e implementos rodoviários.

Zonta acrescenta ainda que os caminhões estão sendo muito demandados pelo transporte de itens essenciais durante a pandemia, o que fez a procura aumentar. “As taxas de juros e prazos para financiar caminhões também estão voltando à normalidade e se tornando mais atraentes”, avalia.

Com informações da Automotive Business