Campinas recebe o status de Metrópole pelo IBGE

Conduzida pela primeira vez, cidade é a única com o título sem ser uma capital brasileira. Já a Grande São Paulo concentra 33% da renda nacional e responde por um PIB de R$ 2 trilhões

Três novas metrópoles surgiram no país na década encerrada em 2018: Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Campinas (SP). No caso dessa última, é o primeiro arranjo populacional a ser considerado metrópole no país sem ser originado de capital estadual. É o que mostrou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao divulgar a pesquisa Regiões de Influência das Cidades de 2018 (REGIC 2018).

No caso das três novas metrópoles, elas estavam classificadas como capitais regionais na versão anterior da pesquisa, realizada em 2007. Mas em 2018 foram reclassificadas, devido à percepção do IBGE de transformação, nessas localidades, entre 2007 e 2018. Em 2018, o IBGE atestou que esses arranjos populacionais detinham grande quantidade empresas e instituições públicas multilocalizadas – além de possuírem expressiva atratividade para bens e serviços.

Com a mudança de classificação, o IBGE apurou 15 metrópoles do país em 2018, como principais centros urbanos no Brasil.

Além das três novas, permanecem nessa classificação São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e Manaus (AM).

O levantamento é decenal, e visa analisar a rede urbana brasileira, e estabelecer hierarquia de centros urbanos e as regiões de influência das cidades. Na pesquisa, são cinco classificações para as cidades brasileiras, a depender da influência que exercem nas localidades em seu entorno. A mais importante é a denominação de metrópole – uma localidade a qual todas as cidades no Brasil recebem influência direta, seja de uma ou de mais de uma simultaneamente. São Paulo continua sendo a maior metrópole

A cidade de São Paulo (SP) permaneceu como a principal metrópole do país. Na pesquisa, São Paulo ocupa isoladamente, a posição de maior hierarquia urbana do Brasil. O IBGE lembrou que esse centro urbano tem arranjo populacional de 21,5 milhões de habitantes em 2018 e representava 17,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2016.

A Grande São Paulo concentra 23% da população e 33% da renda nacional. Os 37 municípios que integram a Região Metropolitana de São Paulo responderam por um PIB de R$ 2 trilhões, apontou o IBGE