Mais de 55% das importações e exportações paulistas passam por Santos

Com 13,7 milhões de toneladas, abril marca também o quarto recorde consecutivo do maior porto da América Latina

A movimentação de cargas pelo Porto de Santos em abril totalizou 13,7 milhões de toneladas, 1,7% acima do mesmo período do ano passado, o que configura novo recorde para o mês e a 3ª maior marca mensal da história do complexo portuário. As duas outras são os meses de março deste ano (com 15,2 milhões de toneladas) e agosto de 2020 (com 13,7 milhões de toneladas).

Abril marcou também o quarto recorde consecutivo no ano, ao registrar o melhor desempenho deste mês na história do Porto – janeiro, fevereiro e março de 2021 já tinham superado as próprias marcas.

Os embarques foram determinantes para esse desempenho, totalizando 10,3 milhões de toneladas, 6,0% acima do verificado em abril de 2020. Já as descargas apresentaram redução de 9,6%, somando 3,4 milhões de toneladas.

Os maiores crescimentos foram verificados nos embarques de soja em grãos, com 5,0 milhões de toneladas (+9,2%), e de açúcar, com 1,3 milhão de toneladas (+16%). Nos dois fluxos, sobressaiu-se a carga conteinerizada, com 382,2 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), alta de 6,6%, registrando a sua melhor marca para o mês de abril. Já a queda nas importações decorreu, principalmente, da diminuição das descargas de adubo, 345,2 mil toneladas (-26,0%) e enxofre, 192,4 mil toneladas (-38,5%).

Os granéis sólidos atingiram 7,5 milhões de toneladas, alta de 1,3% sobre o mesmo período de 2020. Os granéis líquidos somaram 1,5 milhão de toneladas, redução de 9,2% sobre o resultado de abril de 2020. A carga geral solta totalizou 556,1 mil toneladas, avanço de 7,9% sobre o mesmo mês do ano passado.

Acumulado do Ano – No acumulado do ano, a movimentação de cargas atingiu 49,0 milhões de toneladas, ficando 8,3% acima do resultado do primeiro quadrimestre de 2020 (45,3 milhões de toneladas), conferindo novo recorde para o período. Os embarques somaram 35,2 milhões de toneladas, alta de 9,6% sobre mesmo período do ano anterior (32,1 milhões de toneladas). As descargas cresceram 5,1%, totalizando 13,8 milhões de toneladas, contra 13,1 milhões de toneladas em 2020, numa clara retomada das importações.

Segundo o diretor de Operações, Marcelo Ribeiro, os números demonstram que o trabalho para a evolução da eficiência do Porto de Santos vem se consolidando ano a ano. “É gratificante observar esses resultados, quando se trabalha intensamente para fazer do Porto de Santos uma ferramenta estratégica e eficiente do comércio exterior brasileiro, junto com nossos terminais, operadores portuários e demais agentes públicos e privados que atuam no complexo. O Porto de Santos vem demonstrando que consegue crescer apesar da pandemia, contribuindo para a retomada econômica do País”, avalia Ribeiro.

O desempenho nos embarques pode ser explicado, principalmente, pelo aumento das exportações de açúcar (+21,6%), com 5,6 milhões de toneladas, e de soja em grãos (+6,9%), com 12,9 milhões de toneladas. Já nas descargas, o destaque coube ao adubo, com 2,1 milhões de toneladas (+44,1%).

A carga conteinerizada continua se sobressaindo e atingiu 1,6 milhão TEU, crescimento de 15,0% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020 (1,4 milhão TEU).

Os granéis sólidos somaram 24,3 milhões de toneladas, alta de 7,6%; os granéis líquidos cresceram 0,2%, chegando a 5,8 milhões de toneladas; e a carga geral solta subiu 7,0%, atingindo 2,1 milhões de toneladas. Essas também foram as melhores marcas para o período nessas três modalidades de cargas.

O fluxo de navios, apesar do substancial aumento de cargas, registrou o total de 1.588 atracações, apontando queda de 2,8% em relação aos quatro primeiros meses de 2020 (1.634), caracterizando a vinda para Santos de embarcações de maior porte que permitem atingir um maior nível de produtividade nas operações portuárias.

Exportações e Importações SP – A participação do Porto de Santos na corrente de comércio brasileira atingiu 28,4% em abril deste ano. Cerca de 27,3% das transações comerciais com o exterior que passaram pelo complexo portuário de Santos tiveram a China como principal origem e destino. São Paulo permanece como o estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior por meio do Porto de Santos (55,8%).

Libraport Campinas anuncia aumento de área refrigerada

A Libraport Campinas – Porto Seco localizado na cidade – anunciou nesta terça-feira, 1º de junho, a expansão de sua área com temperatura controlada entre 2°C a 8°C. 

Duas novas câmaras aumentaram a capacidade de armazenagem para produtos da chamada cadeia do frio. A empresa informou também, através de suas mídias sociais, que agora conta com uma doca exclusiva para recebimento dessas cargas. 

Do recebimento à expedição, todo o processo acontecerá na temperatura ideal, sem nenhum risco de excursão, que é o contraste entre a temperatura máxima e a mínima, num certo local, durante um tempo pré-estabelecido.

A empresa não divulgou os valores investidos.

ANVISA debaterá hoje sobre “Projeto-piloto de Inspeção Remota de Cargas”, em Live

 ANVISA realizará hoje, dia 2 de junho, a partir das 15h, um seminário virtual, o chamado webinar, para apresentar as experiências obtidas com o projeto-piloto de inspeção remota de cargas sujeitas à vigilância sanitária. Durante o evento, profissionais da Agência vão tratar também da atual etapa do processo regulatório da inspeção remota de cargas, bem como das perspectivas de implementação desse tipo de inspeção.

Para participar do evento, basta clicar no link abaixo, no dia e hora agendados. Não é preciso fazer cadastro prévio.

Dia 2/6, às 15h – Inspeção remota de cargas sujeitas à vigilância sanitária: https://bit.ly/3fzmVjX.

Caoa amplia vagas em Jacareí e projeta exportações

A estreia do Tiggo 3X Turbo no portfólio da Caoa Chery é só mais uma etapa de um processo de renovação previsto para os próximos meses para a montadora criada no Brasil no fim de 2017. Para dar conta do aumento da produção com a chegada do novo SUV e dos futuros projetos que vêm por aí, a fábrica de Jacareí (SP) está ampliando seu quadro de funcionários. 

O complexo industrial, que hoje está com 560 trabalhadores, terá uma ampliação no quadro de pessoal que deve chegar a 12% para acomodar o crescimento da produção. “A gente deve passar agora para 620 a 630 funcionários”, diz Marcio Alfonso, CEO da Caoa Chery. 

Trabalho não faltará para essa turma, pois atualmente existem diversos projetos em andamento na montadora. A experiência de tropicalizar o Tiggo 3X para as necessidades do consumidor brasileiro despertou na direção da empresa o interesse de pensar na exportação. Isso faz parte do aprendizado deixado pelo novo SUV: ele exigiu uma boa dose desenvolvimento local, que incluiu a renovação do interior e uma nova calibração de motor, câmbio e suspensão. 

Quem faz a adaptação de um produto para as condições brasileiras teria condições de fazer o mesmo para outros mercados da América do Sul. Portanto, era natural surgir o interesse em considerar a hipótese da exportação, apesar das dificuldades envolvidas na empreitada. 

Para começar, capacidade produtiva não seria problema. A fábrica de Jacareí foi projetada para produzir até 50 mil unidades por ano, mas hoje está longe desse limite. Depois que a produção do Tiggo 3X embalar, ela chegará a um ritmo de 23 mil unidades anuais. No local ainda são montados o Tiggo 2 e os sedãs Arrizo 5 e Arrizo 6. Já Tiggo 5X, Tiggo 7 e Tiggo 8 são feitos na unidade de Anápolis (GO), cuja linha de montagem é compartilhada com os modelos da Hyundai que são fabricados pela Caoa no Brasil, como os SUVs ix35 e New Tucson e os caminhões HR e HD. 

Ao falar sobre uma futura exportação, Alfonso alerta que o caminho ainda é longo e tudo será feito com calma, pois se trata de um processo complicado e cheio de riscos quando existe a necessidade de desenvolver e produzir um carro para abastecer um mercado diferente do Brasil. 

Fábrica da Caoa em Jacareí tem capacidade instalada para produzir 50 mil unidades por ano 

“Primeiro você tem de ajustar o produto às necessidades locais, depois tem de obter todas as certificações e por fim precisa testar nesse mercado para não ter nenhuma surpresa”, explica o executivo. “Tudo o que a gente não quer é ter em um novo mercado um problema que hoje não temos”. Alfonso lembra que uma alternativa para reduzir o risco e os custos do investimento seria tentar dividir o desenvolvimento com outro país. 

CHEGADA DA NOVA MARCA DE LUXO – Enquanto a ideia da exportação ainda está em gestação, outro projeto já anda a pleno vapor: o lançamento de uma nova marca de SUVs de luxo, a Exeed. Ele faz parte do investimento de R$ 1,5 bilhão que a Caoa anunciou em Anápolis no fim do ano passado. Alfonso desconversa quando é questionado sobre a data de estreia, mas a previsão no início do ano era lançar ainda em 2021. 

A estreia, porém, pode sofrer alguma alteração agora por causa do aumento do custo do frete (afinal, uma boa parte dos componentes são importados) e da crise global dos semicondutores, que torna quase impossível conseguir componentes eletrônicos para novos produtos. E o que não falta em carros de luxo são equipamentos recheados de microchips. 

O novo SUV de luxo está rodando no Brasil há algum tempo, em testes de campo para avaliar seu desempenho no piso e nas condições climáticas do Brasil. Em janeiro, dois Exeed LX camuflados foram vistos trafegando na rodovia que liga Goiás a Brasília. 

O NOME AINDA É UMA INCÓGNITA – Apesar de usar a mesma base do Tiggo 7, ele é muito mais sofisticado no nível de equipamentos e no padrão de acabamento. Há revestimentos que imitam madeira nobre e um painel que tem uma tela digital de quase meio metro de comprimento, que combina quadro de instrumentos e central multimídia numa só peça. Entre os itens disponíveis na versão chinesa, há sistemas de frenagem autônoma, piloto automático adaptativo e recurso de realidade aumentada no painel. 

Se o lançamento dos novos SUVs de luxo é confirmado pela própria Caoa, o nome que eles terão ainda é uma incógnita. “Essa é uma discussão que estamos tendo exatamente agora”, comenta Alfonso. O executivo diz que algumas possibilidades estão sendo estudadas, desde criar uma marca própria chamada Exeed até usá-la para compor com nomes já existentes, como Caoa Exeed ou Caoa Chery Exeed. 

Com o lançamento do Tiggo 3X e a preparação da linha Exeed, a Caoa Chery comemora um bom momento no Brasil, pois alcançou em abril a marca de 50 mil veículos fabricados localmente desde o início de suas atividades no País, no fim de 2017. Segundo a empresa, do total de automóveis, cerca de 20 mil saíram das linhas da unidade de Jacareí (SP), enquanto aproximadamente 30 mil foram construídos em Anápolis (GO). 

fonte: https://www.automotivebusiness.com.br

Avery Dennison anuncia nova fábrica em Vinhedo

A Avery Dennison, multinacional especializada no design e produção de materiais para rotulagem e funcionais, vai construir uma nova fábrica em Vinhedo para fabricação de etiquetas inteligentes com tecnologia de RFID.  

As obras estão previstas para começar em junho. A fábrica terá cerca de mil m², com entrada em operação no primeiro trimestre de 2022. A Avery Dennison está na cidade desde a década de 70 e emprega mais de 430 pessoas.   

A nova planta vai fabricar etiquetas inteligentes para setores como vestuário e indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética, entre outros. Segundo a empresa, a tecnologia RFID aumenta a precisão das informações sobre o estoque e melhora a agilidade da cadeia de suprimentos. Ela permite, por exemplo, monitorar grandes quantidades de produtos com velocidade e precisão a distâncias de até 30 metros – sem precisar tirá-los de dentro da caixa.