Caoa amplia vagas em Jacareí e projeta exportações

A estreia do Tiggo 3X Turbo no portfólio da Caoa Chery é só mais uma etapa de um processo de renovação previsto para os próximos meses para a montadora criada no Brasil no fim de 2017. Para dar conta do aumento da produção com a chegada do novo SUV e dos futuros projetos que vêm por aí, a fábrica de Jacareí (SP) está ampliando seu quadro de funcionários. 

O complexo industrial, que hoje está com 560 trabalhadores, terá uma ampliação no quadro de pessoal que deve chegar a 12% para acomodar o crescimento da produção. “A gente deve passar agora para 620 a 630 funcionários”, diz Marcio Alfonso, CEO da Caoa Chery. 

Trabalho não faltará para essa turma, pois atualmente existem diversos projetos em andamento na montadora. A experiência de tropicalizar o Tiggo 3X para as necessidades do consumidor brasileiro despertou na direção da empresa o interesse de pensar na exportação. Isso faz parte do aprendizado deixado pelo novo SUV: ele exigiu uma boa dose desenvolvimento local, que incluiu a renovação do interior e uma nova calibração de motor, câmbio e suspensão. 

Quem faz a adaptação de um produto para as condições brasileiras teria condições de fazer o mesmo para outros mercados da América do Sul. Portanto, era natural surgir o interesse em considerar a hipótese da exportação, apesar das dificuldades envolvidas na empreitada. 

Para começar, capacidade produtiva não seria problema. A fábrica de Jacareí foi projetada para produzir até 50 mil unidades por ano, mas hoje está longe desse limite. Depois que a produção do Tiggo 3X embalar, ela chegará a um ritmo de 23 mil unidades anuais. No local ainda são montados o Tiggo 2 e os sedãs Arrizo 5 e Arrizo 6. Já Tiggo 5X, Tiggo 7 e Tiggo 8 são feitos na unidade de Anápolis (GO), cuja linha de montagem é compartilhada com os modelos da Hyundai que são fabricados pela Caoa no Brasil, como os SUVs ix35 e New Tucson e os caminhões HR e HD. 

Ao falar sobre uma futura exportação, Alfonso alerta que o caminho ainda é longo e tudo será feito com calma, pois se trata de um processo complicado e cheio de riscos quando existe a necessidade de desenvolver e produzir um carro para abastecer um mercado diferente do Brasil. 

Fábrica da Caoa em Jacareí tem capacidade instalada para produzir 50 mil unidades por ano 

“Primeiro você tem de ajustar o produto às necessidades locais, depois tem de obter todas as certificações e por fim precisa testar nesse mercado para não ter nenhuma surpresa”, explica o executivo. “Tudo o que a gente não quer é ter em um novo mercado um problema que hoje não temos”. Alfonso lembra que uma alternativa para reduzir o risco e os custos do investimento seria tentar dividir o desenvolvimento com outro país. 

CHEGADA DA NOVA MARCA DE LUXO – Enquanto a ideia da exportação ainda está em gestação, outro projeto já anda a pleno vapor: o lançamento de uma nova marca de SUVs de luxo, a Exeed. Ele faz parte do investimento de R$ 1,5 bilhão que a Caoa anunciou em Anápolis no fim do ano passado. Alfonso desconversa quando é questionado sobre a data de estreia, mas a previsão no início do ano era lançar ainda em 2021. 

A estreia, porém, pode sofrer alguma alteração agora por causa do aumento do custo do frete (afinal, uma boa parte dos componentes são importados) e da crise global dos semicondutores, que torna quase impossível conseguir componentes eletrônicos para novos produtos. E o que não falta em carros de luxo são equipamentos recheados de microchips. 

O novo SUV de luxo está rodando no Brasil há algum tempo, em testes de campo para avaliar seu desempenho no piso e nas condições climáticas do Brasil. Em janeiro, dois Exeed LX camuflados foram vistos trafegando na rodovia que liga Goiás a Brasília. 

O NOME AINDA É UMA INCÓGNITA – Apesar de usar a mesma base do Tiggo 7, ele é muito mais sofisticado no nível de equipamentos e no padrão de acabamento. Há revestimentos que imitam madeira nobre e um painel que tem uma tela digital de quase meio metro de comprimento, que combina quadro de instrumentos e central multimídia numa só peça. Entre os itens disponíveis na versão chinesa, há sistemas de frenagem autônoma, piloto automático adaptativo e recurso de realidade aumentada no painel. 

Se o lançamento dos novos SUVs de luxo é confirmado pela própria Caoa, o nome que eles terão ainda é uma incógnita. “Essa é uma discussão que estamos tendo exatamente agora”, comenta Alfonso. O executivo diz que algumas possibilidades estão sendo estudadas, desde criar uma marca própria chamada Exeed até usá-la para compor com nomes já existentes, como Caoa Exeed ou Caoa Chery Exeed. 

Com o lançamento do Tiggo 3X e a preparação da linha Exeed, a Caoa Chery comemora um bom momento no Brasil, pois alcançou em abril a marca de 50 mil veículos fabricados localmente desde o início de suas atividades no País, no fim de 2017. Segundo a empresa, do total de automóveis, cerca de 20 mil saíram das linhas da unidade de Jacareí (SP), enquanto aproximadamente 30 mil foram construídos em Anápolis (GO). 

fonte: https://www.automotivebusiness.com.br

Avery Dennison anuncia nova fábrica em Vinhedo

A Avery Dennison, multinacional especializada no design e produção de materiais para rotulagem e funcionais, vai construir uma nova fábrica em Vinhedo para fabricação de etiquetas inteligentes com tecnologia de RFID.  

As obras estão previstas para começar em junho. A fábrica terá cerca de mil m², com entrada em operação no primeiro trimestre de 2022. A Avery Dennison está na cidade desde a década de 70 e emprega mais de 430 pessoas.   

A nova planta vai fabricar etiquetas inteligentes para setores como vestuário e indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética, entre outros. Segundo a empresa, a tecnologia RFID aumenta a precisão das informações sobre o estoque e melhora a agilidade da cadeia de suprimentos. Ela permite, por exemplo, monitorar grandes quantidades de produtos com velocidade e precisão a distâncias de até 30 metros – sem precisar tirá-los de dentro da caixa. 

Pesquisa do Ciesp Campinas aponta expectativa de retomada da atividade industrial

Mais da metade das empresas associadas à Regional Campinas do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) – 52% – pretendem atualizar ou ampliar o número de máquinas de seus parques produtivos, nos próximos 12 meses. O dado foi levantado por meio de sondagem online realizada pela entidade para avaliar o cenário industrial na região no mês de maio. 

Para o vice-diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa (FOTO), os indicadores da pesquisa apontam perspectivas de melhora com relação ao volume de produção das indústrias, faturamento e utilização da capacidade instalada de produção. “Isso é um indicativo positivo para uma melhora da atividade industrial”, avaliou Corrêa. 

Acordos comerciais terão impacto de R$ 1,7 trilhão no PIB até 2040, prevê Secex

As negociações da rede de acordos comerciais do Mercosul com União Europeia, Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), Canadá, Coreia do Sul, Singapura, Indonésia e Vietnã terão impacto positivo de 1,4% no PIB brasileiro, além do aumento nos investimentos, na corrente de comércio, na massa salarial e na queda dos preços ao consumidor. Em termos monetários, os ganhos acumulados no PIB chegam a R$ 1,7 trilhão no período de 2021 a 2040, ano em que se estima que os acordos estarão implementados por completo.

As estimativas são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia (ME), que divulgou nesta quarta-feira (26/5) os resultados agregados das análises de impacto dos acordos comerciais concluídos e em negociação pelo governo brasileiro. Os resultados das simulações foram obtidos pela equipe de inteligência da Secretaria, a partir de um modelo de equilíbrio geral, e fazem parte da nova série de publicações “Acordos Comerciais” da Secex.

A partir de premissas sobre os comportamentos dos agentes econômicos (firmas e famílias), modelos de equilíbrio geral procuram entender quais seriam os impactos das políticas de abertura comercial ou da negociação de acordos comerciais sobre as principais variáveis macroeconômicas de uma região. Além disso, esses modelos são ditos “de equilíbrio geral” porque não se limitam a estudar os impactos diretos destas políticas. Ao contrário, suas análises estimam também as consequências da propagação destes efeitos, ou seja, estimam também os “efeitos dos efeitos”.

“A negociação de acordos comerciais é um dos pilares da estratégia de inserção do Brasil na economia internacional, promovendo competitividade e desenvolvimento econômico para o país. Com as fichas informativas, buscamos divulgar os resultados de nossas análises de impacto de maneira acessível e visual para a sociedade”, comenta o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz.

Parceiros asiáticos – Além de uma ficha específica sobre “Acordos Comerciais”, a nova série inclui a ficha informativa “Estratégia para a Ásia”, que mostra os resultados estimados para as negociações em andamento apenas com parceiros asiáticos – Coreia do Sul, Singapura, Indonésia e Vietnã. “Na Ásia, estão as economias de maior crescimento econômico e populacional no mundo. Qualquer estratégia de comércio exterior atual envolve, necessariamente, negociações com os parceiros asiáticos”, destaca Ferraz.

Ele explica que as assinaturas do Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP, na sigla em inglês) e da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês) demonstram a capacidade e a vontade de integração dessas economias. “Para o Brasil, que não fez parte desses acordos, a estratégia é negociar acordos individualmente com parceiros asiáticos, para que tenhamos espaço negociador mais favorável e, como consequência, maior acesso a mercados para os nossos produtos”, acrescenta o secretário.

Para o conjunto de quatro países asiáticos, as estimativas são de um aumento no PIB brasileiro de 0,4%, ou R$ 502 bilhões em termos acumulados, além de aumentos nos investimentos, na corrente de comércio, na massa salarial e na queda nos preços.

As fichas apresentam também setores com potencial de ganho, tendo destaque os setores de produtos de carne, produtos alimentícios, equipamentos de transporte e químicos.

Estimativas e evidências – Junto com as fichas informativas, a Secex divulgou uma publicação intitulada “Acordos Comerciais e Abertura Comercial: Estimativas e Evidências”. O documento apresenta uma cuidadosa revisão de literatura dos principais estudos e análises de impacto – conduzidas por acadêmicos, ou entidades governamentais de outros países – sobre acordos comerciais e reformas tarifárias.

“Esse conjunto de documentos inicia uma série de publicações da Secex relacionadas a acordos comerciais e comércio de uma forma geral. Essa publicação, que resume muito bem ‘a fronteira’ do que se tem feito no mundo em termos de análises de impacto na área de comércio, ajuda como referência para os trabalhos que publicaremos a seguir”, antecipa Ferraz.

Hoje tem live às 11h, com a Receita Federal de Viracopos e convidados

A comunidade de comércio exterior e logística já tem encontro marcado. As novidades sobre a Zona Secundária e o Trânsito Aduaneiro já têm data para serem debatidas: hoje, 28/05, às 11h.

Para levar informações atualizadas sobre o tema, a Alfândega da Receita Federal no Aeroporto de Viracopos estará representada por seu Delegado, Dr. Fabiano Coelho.

As mudanças constantes na legislação do comércio exterior brasileiro exigem atenção dos profissionais que atuam no setor. Esse dinamismo e as oportunidades na opção pela zona secundária serão debatidos no encontro. Outro fator decisivo diz respeito às operações logísticas envolvidas, que podem ser atraentes e competitivas com o Trânsito Aduaneiro. A moderação do evento Live Comex será realizada por Elson Isayama, Vice-presidente do SINDASP (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo) e diretor do DEREX (Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior) da FIESP/CIESP.

Painelistas confirmados – Entre os participantes, já confirmaram presenças as empresas LibraPort, Multilog e West Cargo. Fabiano Perazzoli, Gerente de Operações da West Cargo, Clayton Rodrigues, Coordenador Aduaneiro e de Relações Institucionais da ‎Libraport Campinas e Michele Monteiro, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Multilog, estarão no encontro.

No balanço do ano passado, divulgado recentemente pela Receita Federal, a movimentação de DTA’s (Declarações de Trânsito Aduaneiro) superou 100 mil registros, deixando a Alfândega do Aeroporto de Viracopos em primeiro lugar nessa modalidade em 2020, em todo o Brasil.

FICHA TÉCNICA – LIVE COMEX:

PRIMEIRA NO BRASIL, ALFÂNDEGA DE VIRACOPOS ATINGE MAIS DE 100 MIL DTA’S. VOCÊ ESTÁ ATUALIZADO SOBRE O TRÃNSITO ADUANEIRO E A ZONA SECUNDÁRIA?

Data: 28/05/2021 –sexta-feira

Horário: 11h às 12h

Apresentação: Dr. Fabiano Coelho – Delegado da Alfândega do Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas (SP)

Moderador: Elson Isayama – Vice-presidente do SINDASP (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo) e Diretor do DEREX/FIESP-CIESP

Painelistas:

  • Fabiano Perazzoli – Gerente de Operações – West Cargo
  • Clayton Rodrigues – Coordenador Aduaneiro e de Relações Institucionais – ‎Libraport Campinas
  • Michele Monteiro, Gerente de Desenvolvimento de Negócios – Multilog

PARTICPE ACESSANDO: https://www.youtube.com/watch?v=3c_qwb4GbWs