FGV: PIB aumenta 1,4% e importação apresenta crescimento de 6,9% no trimestre móvel

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), indica crescimento de 1,4% na atividade econômica em fevereiro, em comparação a janeiro. No trimestre móvel terminado em fevereiro, houve expansão de 2,9%, em relação ao período encerrado em novembro. Na comparação interanual, a economia cresceu 1,6% em fevereiro e 0,7% no trimestre móvel terminado em fevereiro. Segundo o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, o crescimento de 1,4% da economia em fevereiro em relação a janeiro mostra continuidade na recuperação da economia. “Embora expressiva, essa taxa não é motivo de euforia já que é comparada a meses sob forte impacto da recessão da pandemia. Por sua vez, a taxa interanual de 1,6% em fevereiro foi obtida sobre um fevereiro de 2020 já bastante desacelerado (crescimento zero frente a 2019 e de 0,3% em janeiro de 2020 com relação a 2019)”, disse, em nota.

De acordo com o pesquisador, dentre as três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços), apenas a indústria apresentou pequena retração de 0,4% em fevereiro, enquanto os serviços cresceram 1,4% influenciado pelo desempenho dos serviços de informação (5,3%) e intermediação financeira (7%). Em termos monetários, estima-se que o PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país) do primeiro bimestre de 2021, em valores correntes, foi de R$ 1,367 trilhão.

Consumo das famílias – O consumo das famílias retraiu 3% no trimestre móvel findo em fevereiro em comparação ao mesmo período do ano passado. “Apenas o consumo de produtos duráveis cresceu no trimestre e o consumo de serviços segue sendo o grande responsável pelo desempenho ainda negativo do consumo das famílias”, informou a FGV.

Formação bruta de capital fixo – A formação bruta de capital fixo (investimentos) cresceu 19,5% no trimestre móvel terminado em fevereiro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a FGV, o componente de máquinas e equipamentos é o principal responsável por este resultado expressivo na taxa trimestral ainda influenciado pelo forte crescimento em dezembro de 2020 devido à importação de plataforma de exploração de petróleo.

Exportação – A exportação contraiu 3,1% no trimestre móvel findo em fevereiro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os segmentos exportados que retraíram no ano foram os de produtos agropecuários, com recuo expressivo de 24,3% no trimestre, os serviços e os produtos da extrativa mineral. Em contrapartida, os segmentos que apresentaram desempenho positivo foram os bens de consumo, os bens de capital e os bens intermediários.

Importação – A importação apresentou crescimento de 6,9% no trimestre móvel terminado em fevereiro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Este resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento elevado dos bens de capital devido à importação de plataformas em dezembro de 2020, o que ainda se reflete na taxa trimestral móvel finda em fevereiro.

Além da importação dos bens de capital, o outro componente da importação que registrou aumento na taxa trimestral móvel terminada em fevereiro foi a importação dos bens intermediários e a queda mais expressiva da importação foi verificada em serviços.

Fonte: Agência Brasil

Gerdau investe R$ 1 bilhão em modernização e ampliação de suas fábricas em SP e RS

A Gerdau vai investir R$ 1 bilhão na modernização e ampliação de suas fábricas voltadas à produção de aços especiais no Brasil, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, dia 19. Três unidades receberão a maioria desse aporte: Pindamonhangaba, Mogi das Cruzes (SP) e Charqueadas (RS). Os investimentos estão dentro do Capex global anunciado pela Gerdau no início do ano. 

A usina de Charqueadas ganhará um novo forno de recozimento e esferoidização para barras de aço. Segundo a Gerdau, o equipamento vai permitir que a empresa atenda a demanda crescente por materiais com especificações mais exigentes, como grau de esferoidização e de dureza, além de baixos níveis de descarbonetação, principalmente pelo setor automotivo. Com capacidade anual de 48.000 toneladas, ele deve começar a operar em agosto de 2022. 

A unidade de Mogi das Cruzes vai reativar sua aciaria (parte da usina que transforma o ferro gusa em aço), que estava parada desde março de 2019, para começar a produzir até o início do segundo semestre, gerando 150 novos postos de trabalho diretos. A ideia é operar com capacidade anual de 80 mil toneladas de aço, que será laminado em Pindamonhangaba. Já os investimentos em Pindamonhangaba vão permitir que o novo lingotamento contínuo entre em operação em agosto de 2022. 

“Temos realizado investimentos em nossas usinas de aços especiais para aumentar a produtividade e atender as necessidades e a demanda crescente dos nossos clientes. Os novos aportes reforçam nossa presença nos mercados em que atuamos e nosso espírito inovador, bem como nossa visão otimista para os setores automotivo e de máquinas e equipamentos no Brasil, que deve, nos médio e longos prazos, ter seus níveis de produção recuperados”, diz Rubens Pereira, vice-presidente de Aços Especiais da Gerdau no Brasil. 

Fonte: Automotive Business

O mundo nunca importou tanto do agronegócio brasileiro em um mês de março: US$ 11,57 bilhões

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram o valor recorde para o mês de março, alcançando US$ 11,57 bilhões. A cifra nunca havia ultrapassado US$ 10 bilhões para os meses de março, em toda a série histórica desde 1997. O valor é 28,6% superior aos US$ 9,0 bilhões no mesmo período de 2020.

Um dos motivos que explicam o bom desempenho do agronegócio é o aumento dos preços dos produtos exportados, que registraram alta de 8,7% na comparação com março de 2020. A quantidade vendida ao exterior registrou aumento de 18,3%.

O complexo soja foi o setor de maior destaque, com aumento nas exportações absolutas de US$ 1,66 bilhão. As condições climáticas da safra 2020/2021, que geraram atrasos na colheita do primeiro bimestre de 2021, em função do excesso de chuvas, concentraram os embarques da soja em grãos para março.

O setor de carnes também bateu recorde de exportações, ao totalizar US$ 1,60 bilhão, alta de 16,1%. A China foi o principal país responsável pelo aumento das exportações de carne bovina e carne suína do Brasil.

“O setor de criação animal para produção de carne na China possui histórico de enfermidades nos anos recentes, com destaque para Peste Suína Africana e a gripe aviária de alta patogenicidade, que assolaram e afetam os rebanhos chineses, sendo o principal fator responsável pela expansão das exportações brasileiras de carnes”, segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

A principal carne exportada foi a bovina, com US$ 711 milhões em vendas externas (alta de 11,9%) e volume recorde de 158 mil toneladas (+7,8%). As exportações de carne suína também bateram recorde, com aumento de 51,2% no volume exportado, alcançando 108 mil toneladas equivalentes a US$ 260 milhões (+57,4%).

O complexo sucroalcooleiro observou a maior taxa de crescimento percentual dentre os principais setores exportadores (+59,4%). O volume de açúcar atingiu recorde de praticamente 2 milhões de toneladas em março de 2021 (+39,6%). Esse recorde de volume, em conjunto com o aumento de 9% no preço médio, gerou US$ 638,96 milhões em exportações (+52,1%).

Apesar do recorde das exportações do agronegócio em março, houve também forte elevação dos valores demais produtos (+37,6%), fato que explica a queda da participação do agronegócio de 49,1% para 47,4% no total do mês.

As importações do agronegócio também aumentaram, passando de US$ 1,28 bilhão em março de 2020 para US$ 1,34 bilhão, o que representa elevação percentual de 4,5%.

Fonte: Comex do Brasil

Exportação cresce 50%, supera 9 mil toneladas e Viracopos tem segundo melhor Março histórico

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, movimentou 9.032 toneladas de carga com destino ao exterior no mês de março de 2021. O resultado em peso foi o segundo melhor histórico na exportação sob a gestão ABV e manteve a tendência de alta deste setor do aeroporto. O salto em março, que atingiu 50,6% em relação ao mesmo período do ano passado, manteve a tendência de crescimento na carga exportada deste ano de 63,9% e 37,7%, respectivamente, em janeiro e fevereiro de 2021.

Importação também segue tendência de alta – Na importação, também em março, a importação atingiu a significativa marca de 13.164 toneladas contra 10.990 de 2020, representando 44,8% de crescimento na alta no peso em cargas que chegaram ao país pelo TECA campineiro.

Esse forte primeiro trimestre de 2021 mantem a alta apresentada ao longo do ano passado, quando o Terminal de Carga registrou recorde histórico de movimentação de carga (em peso) desde o início integral da concessão do aeroporto, em 2013.

Hoje, Viracopos é o maior em importação de carga aérea do país, movimentando mais de 1/3 de toda a carga aérea que chega ao Brasil. Em 2020, a participação do aeroporto foi de 38% no volume de cargas de importação aérea no Brasil.

Remessas expressas – Outro setor que apresentou alta foi o de remessas expressas (courier), de importação e exportação, com 25% de crescimento no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Foram movimentadas 1.540 toneladas de remessas no primeiro trimestre deste ano ante 1.232 ton. em 2020.

Após leilão, CCR comemora a marca de “maior operadora de aeroportos do Brasil”

Em leilão realizado na última semana na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), foram concedidos 22 aeroportos em 12 estados, arrecadando-se R$ 3,3 bilhões em outorgas. A concorrência foi feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em três blocos: Norte, Sul e Central.

Agora a CCR Aeroportos, que já era sócia do Consórcio no BH Airport, recebe neste leilão mais 15 aeroportos. Para comemorar, segundo apurou o Portal LogNews a empresa enviou a um grupo de colaboradores uma taça e uma garrafa de vinho para um brinde previsto para o dia 14 de abril, pelo trabalho que a transformou, segundo ainda a empresa em mensagem no seu mimo, “na maior operadora de aeroportos do Brasil” (foto).

Já a Infraero – que chegou a administrar 67 aeroportos no Brasil – segue hoje sob seu guarda-chuva com cerca de 15 aeroportos, sendo os principais, Belém, Congonhas e Santos Dumont.

A Companhia de Participações em Concessões, parte do grupo CCR, arrematou o bloco Sul, por R$ 2,1 bilhões, e o lote Central, por R$ 754 milhões. Os lances representam, respectivamente, ágio de 1.534% e 9.156% em relação aos lances mínimos. A Vinci Airports ficou com o bloco Norte, pagando R$ 420 milhões, um ágio de 777% sobre o preço mínimo estipulado.

 

Os blocos – Estão no bloco Norte os aeroportos de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR). O lance mínimo havia sido estipulado em 47,9 milhões.

No bloco Sul foram concedidos os terminais de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). O valor mínimo para esse lote era de R$ 130,2 bilhões.

O bloco Central é composto pelos aeroportos de Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA). O lance mínimo era de R$ 8,1 milhões.

O Ministério da Infraestrutura espera que os terminais, por onde circulam cerca de 24 milhões de passageiros por ano, recebam aproximadamente R$ 6,1 bilhões em investimentos. Devem, segundo o ministério, ser investidos R$ 2,85 bilhões no bloco Sul, R$ 1,8 bilhão no Central e R$ 1,4 bilhão no Norte. Os contratos de concessão têm validade de 30 anos.