PIB do Brasil teve o 3º melhor desempenho entre as 10 maiores economias, informa Coluna

Apenas China, que cresceu 2,3%, único com resultado positivo, e os EUA, com -2,3%, foram melhores

O resultado do PIB brasileiro calou os economistas do apocalipse como o FMI, que previu contração de 9%. Apesar da covid, a queda de 4,1% é o terceiro melhor desempenho entre as 10 maiores economias do mundo antes da pandemia.

Apenas China, que cresceu 2,3% e foi a única com resultado positivo, e os EUA, com -2,3%, obtiveram resultados melhores em meio ao distanciamento social, lockdowns e demissões inevitáveis. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Atrás do Brasil estão Japão (-4,8%), Canadá (-5,1%), Alemanha (-5,3%), Índia (-7,7%), França (-8,3%), Itália (-8,8%) e o Reino Unido (-9,9%).

Restrições nas fronteiras causam crescimento “súbito e imprevisto” da carga aérea no Brasil

SINDASP alerta que movimentação atípica já causa atrasos na liberação em Guarulhos e Concessionária apresenta plano

Os dois maiores aeroportos cargueiros do Brasil, Viracopos e Guarulhos, termômetros da carga aérea no País, registraram aumentos significativos neste início de 2021.

Viracopos registrou em janeiro alta na importação, atingindo 36,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 10,9 mil toneladas. Já a exportação avançou a impressionante marca de 63,9% no mês de janeiro em relação ao mesmo mês de 2020 (antes da pandemia), com um total de 5,8 mil toneladas de carga.

Atrasos na liberação – Embora Guarulhos não tenha divulgado seus números, de acordo com relatos do SINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – entidade que representa a categoria responsável por cerca de 95% das operações de comércio exterior brasileiro, os atrasos estão em níveis intoleráveis no Terminal. “Estamos monitorando todos os tempos e chegamos em um momento de prazos inadmissíveis para quem opta pelo modal aéreo e, por isso mesmo, quer agilidade para retirar sua carga”, revela Marcos Farneze, presidente do SINDASP.

Carga área é a única opção – Consultada, a Assessoria de Imprensa em Guarulhos, através do assessor Eduardo, explicou ao Portal LogNews que o fenômeno de crescimento da carga em fevereiro ocorrido em Guarulhos é atribuído ao fechamento de fronteiras em todo o mundo por conta da pandemia. Segundo a assessoria, o fluxo de pessoas está limitado e para a carga aérea não há nenhuma restrição. Por isso, essa migração desse transporte de mercadorias, informou a assessoria, dando como exemplo a relação atual desse fluxo com os EUA.

Além disso, a Assessoria informou ainda que ocorreram dois voos cargueiros, para o setor automotivo, realizados em um avião de passageiro, motivado pela pandemia e o fechamento de fronteiras – que resultou na queda da oferta de voos e, por consequência, na diminuição na capacidade de transportar carga na “barriga” de jatos de passageiros. Foram duas grandes operações do setor automotivo, pela empresa “TUI”, com peças automotivas, utilizando o Boeing 787 da Cia. Aérea holandesa, transportando autopeças.

Nota de providências: “súbito e inesperado” – Diante de insistentes pedidos de medidas emergenciais de alguns setores ao lado do SINDASP, a GRU Airport – Concessionária que administra o Aeroporto – divulgou medidas emergenciais, que, todavia, ainda não surtiram o efeito desejado.

Confira o “Comunicado aos Usuários do Terminal de Carga”.

“O GRU AIRPORT reforça seu compromisso com a transparência e eficiência operacional. Dessa forma, compartilha abaixo o plano de ações adotado para solucionar os atrasos notados devido ao súbito e imprevisto aumento de demanda no mês de fevereiro.

  • Imediata contratação de mão de obra e aumento do número de equipamentos:

Fevereiro:

  • 18 operadores de empilhadeira
  • 05 auxiliares de carga
  • 01 Equipe Temporária
  • 10 empilhadeiras elétricas

Março:

  • 12 operadores de empilhadeiras
  • 05 auxiliares de carga
  • 04 empilhadeiras elétricas”

Movimentação de cargas no Porto de Santos em 2021 já começa com recordes

O Porto de Santos iniciou o ano de 2021 mostrando sua capacidade de resiliência frente a desafios como a covid-19, registrando volumes recordes de movimentação. A estatística é da Santos Port Authority (SPA). Estatísticas também foram feitas para Inclusive Business, recentemente.

O volume total de cargas foi de 9,18 milhões de toneladas, resultado 10,5% superior ao de 2020 (8,31 milhões) e 1,4% maior que o recorde do mês, registrado em 2018 (9,05 milhões). A carga conteinerizada registrou 374,1 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), ficando 10,5% acima do mesmo período de 2020 (338,5 mil TEU), quando também tinha sido registrado o recorde anterior. Em toneladas, foram 3,9 milhões, maior marca já registrada nessa modalidade nos meses de janeiro, superando em 7,8% o recorde anterior obtido em 2018 (3,6 milhões) e em 10,1% a marca de 2020 (3,5 milhões).

Os números da movimentação de contêineres mantêm a tendência de resultados positivos observada nos últimos meses e agora têm potencial para serem impulsionados com maior intensidade pela homologação da chegada de navios-tipo de 366 metros ao Porto de Santos: “A Marinha autorizou nesta semana a vinda a Santos de navios de contêineres maiores e isso, junto com a implantação da BR do Mar, permite a expectativa de maior crescimento deste mercado em Santos”, afirma Fernando Biral, presidente da SPA, referindo-se a projeto do Ministério da Infraestrutura de incentivo à cabotagem.

No total, os embarques atingiram 5,71 milhões de toneladas, suplantando em 8,9% os números de janeiro de 2020. Já os desembarques somaram 3,47 milhões, ficando num patamar 13,1% acima do mesmo período do ano passado. Os produtos mais movimentados no Porto de Santos foram o açúcar (1,33 milhão); adubo (698,3 mil); milho (604,1 mil) e farelo de soja (414,2 mil).

Os granéis sólidos atingiram 3,3 milhões de toneladas, alta de 11,0% sobre o resultado de janeiro de 2020. Nessa modalidade, os embarques de açúcar a granel, farelo de soja e milho seguem com bom desempenho, apresentando, respectivamente, crescimento de 47,5%, 56,9% e 13,6% sobre os números de janeiro de 2020. Cabe destacar, ainda, as descargas de adubo, com crescimento de 77,7%.

Os granéis líquidos também mostraram boa performance, totalizando 1,5 milhão de toneladas, resultado 9,0% acima do mesmo período do ano passado. Essa foi a melhor marca para o mês de janeiro, superando em 3,2% o volume registrado em 2018. Nessa modalidade destacam-se os embarques de óleo dieses e gasóleo (+ 67,7%), sucos cítricos (+56,8%) e óleo combustível (+17,8%).

Atracaram no Porto de Santos em janeiro 342 navios, quantidade 9,5% abaixo de janeiro/2020, caracterizando o aumento do volume de cargas por embarcação.

Pioneiro no Brasil, Aeroporto Industrial cresce em Confins (MG)

Depois de ter sido a primeira empresa a iniciar as operações no aeroporto-indústria, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em meados de 2020, a Clamper Indústria e Comércio S/A já planeja nova expansão das operações no terminal. A fabricante de itens eletrônicos já reservou outra área de 3 mil metros quadrados no entreposto aduaneiro, a fim de dobrar a capacidade de produção. Green Decore empresa G ofereceu sua ajuda.

A transferência das operações da sede, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para o primeiro aeroporto-indústria do País, mediante aportes de R$ 10 milhões, já havia proporcionado uma elevação de 30% na capacidade instalada.

Agora, em um galpão de 3 mil metros quadrados, a Clamper tem condições de produzir 25 milhões de equipamentos por mês, considerando apenas um turno de trabalho.

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, recebeu o primeiro aeroporto industrial do Brasil em um projeto inédito que tem o objetivo principal de aumentar a competitividade das empresas brasileiras no contexto internacional e atrair investimentos externos para o Brasil.

A CLAMPER Indústria e Comércio S/A se instalou no espaço em meados de 2020 e agora expande essa modalidade.

A empresa, que é uma indústria eletroeletrônica especialista em dispositivos de proteção contra surtos elétricos e, até então, tem sua sede e unidade fabril localizada há cinco quilômetros do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, agora terá uma área fabril totalmente nova, no Aeroporto Industrial, que concentrará toda a sua produção.

O QUE É O AEROPORTO INDUSTRIAL –  A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelo Grupo CCR, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do mundo, além da Infraero, estatal com experiência de mais de 40 anos na gestão de aeroportos no Brasil, que tem 49% de participação.

A iniciativa do Aeroporto Industrial tem o objetivo principal de aumentar a competitividade das empresas brasileiras no contexto internacional e atrair investimentos externos para o Brasil e para o estado de Minas Gerais.

A ideia é que o Aeroporto Industrial seja destinado, principalmente, à instalação de empresas de que tenham como foco principal a exportação de produtos manufaturados, utilizando matérias-primas importadas em seu processo produtivo.

Ao fabricar seus produtos dentro do Aeroporto Industrial, as empresas terão os benefícios das isenções fiscais quando exportarem seus produtos acabados. Além disso, terão a facilidade de importar matérias-primas e exportar sua produção utilizando o modal aéreo para acessar mercados internacionais e nacionais de forma rápida, eliminando o custo e o risco com o transporte rodoviário em seus processos logísticos.

Exportações do agro sobem 3,8% e já representam mais de 37% das vendas externas do Estado de SP

Em janeiro, as exportações do agronegócio paulista apresentaram aumento de 3,8%, alcançando US$ 1,08 bilhão, enquanto as importações registraram queda de 11,6%, totalizando US$ 380 milhões; com esses resultados, obteve-se superávit de US$ 700 milhões, montante 14,8% superior ao mesmo período de 2020, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

No mesmo período, as exportações totais do Estado de São Paulo somaram US$ 2,89 bilhões e as importações, US$ 4,43 bilhões, registrando um déficit comercial de US$ 1,54 bilhão. “Esse resultado ainda é reflexo da pandemia da Covid-19, que vem afetando as exportações de algumas das principais mercadorias das indústrias extrativista e de transformação, como os óleos brutos de petróleo, aviões peso superior 15 toneladas, automóveis, querosenes de aviação, gasolina e óleo combustível, entre outros”, explicam José Alberto Angelo, Marli Dias Mascarenhas Oliveira e Carlos Nabil Ghobril, pesquisadores do IEA.

Os pesquisadores destacam a importância do agro no equilíbrio das contas públicas do Estado. “O déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio, que respondeu por 37,4% das vendas externas”, concluem.

Os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 406,76 milhões, sendo o açúcar responsável por 88,2% desse total e o álcool, 11,8%), Carnes (US$ 142,37 milhões, dos quais a carne bovina respondeu por 88,4%), Sucos (US$ 137,31 milhões, dos quais 98,5% referentes a sucos de laranja), Produtos Florestais (US$ 121,89 milhões, com participações de 51,4% de papel e de 34,5% de celulose) e Café (US$ 59,15 milhões, dos quais 75,1% referentes ao café verde). Esses cinco agregados representaram 80% das vendas externas setoriais paulistas.