Sanofi anuncia investimento milionário no Brasil

A multinacional farmacêutica Sanofi investirá 13 milhões de euros no Brasil, nos próximos três anos. Os recursos serão destinados para pesquisa e desenvolvimento, segundo informações do Valor Econômico. A projeção da companhia é que, em cinco anos, 50% da receita seja originária dos produtos desenvolvidos no centro de pesquisa da Medley, divisão de genéricos da Sanofi, localizado em Campinas (SP).

O Brasil está entre as 10 maiores operações da farmacêutica no mundo. Segundo a companhia, o mesmo montante já foi aportado no último ciclo de investimentos da indústria, com foco em pesquisas clínicas e inovação incremental.

Hapvida e NotreDame fecham acordo de fusão, diz coluna

Hapvida e a NotreDame Intermédica fecharam nesta segunda-feira (15) o acordo de fusão entre as duas empresas, de acordo com coluna da revista Veja. Atendendo a pedidos dos acionistas da NotreDame, a Hapvida pagará uma diferença sobre o valor de fechamento das ações na última sexta-feira (12).

Segundo a coluna, o prêmio avalia a empresa em R$ 140 bilhões pelos sócios. A Hapvida terá a maior parcela do novo negócio e terá Cândido Júnior e Jorge Pinheiro, seus administradores, no comando da nova empresa, enquanto os sócios estrangeiros da Notre Dame venderão suas participações.

fusão dará origem a uma empresa presente em quase todo o país, em segundo lugar no mercado de saúde, ficando atrás apenas da Rede D’Or, que é avaliada em R$ 146 bilhões, de acordo com a revista.

As conversas sobre a fusão das empresas foram anunciadas ao mercado em 8 de janeiro deste ano. Na ocasião, a NotreDame disse que recebeu uma proposta não vinculante de combinação de negócios.

A proposta previa que a Hapvida permaneceria com suas ações negociadas no Novo Mercado da B3, sendo que os atuais acionistas da companhia e da GNDI passariam a deter, respectivamente, 53,1% e 46,9% da empresa.

“Grupo Pão de Açúcar Logística” obtém registro de Armazém Geral

O GPA (Grupo Pão de Açúcar), dono das redes Extra e Pão de Açúcar, avança nos trâmites para expansão do seu “marketplace” (shopping virtual) e obtém registro de armazém geral para a empresa de logística da companhia. Segundo edital publicado no Diário Oficial de São Paulo do fim de 2020, a GPA Logística e Transporte passa a poder gerenciar e distribuir produtos de terceiros em suas centrais.

Até o momento, a empresa operava basicamente a plataforma digital em seus sites, do Pão de Açúcar e Extra, com a venda de produtos de outros lojistas. O lançamento de seu marketplace foi em novembro passado.

O GPA chegou a mencionar a analistas recentemente o interesse em oferecer um pacote de serviços mais completo aos terceiros que expõem seus produtos no seu marketplace. Empresas costumam cobrar uma taxa de comissão (de 10% a 20%) sobre vendas e fretes nessas operações. Normalmente esse pacote envolve coleta, armazenagem e entrega de produtos de lojistas, e evolui para outras áreas, como a venda de serviços financeiros e de publicidade aos vendedores, algo que o GPA tem planos de explorar também.

O rival Carrefour ainda não oferece serviços de logística a vendedores de seu marketplace, mas desde 2020 já tem essa operação de shopping virtual também no Atacadão, o atacarejo do grupo.

A entrada de mais varejistas no segmento de logística aumenta a competição entre as grandes operadoras do setor, como Loggi e Luft, e entre os próprios marketplaces rivais. Mercado Livre, Magazine Luiza e B2W (Americanas.com, Submarino) já oferecem algum tipo de serviço logístico aos vendedores parceiros, apesar de a categoria representar parcela pequena da cesta total. Os grandes supermercados acabaram entrando na venda de alimentos pelo marketplace depois que as plataformas digitais (B2W, Mercado Livre) já exploravam a área.

Ao Valor, em nota, o GPA diz que “tem o know- how da cadeia logística para competir com prestadores de serviços logísticos e tem trabalhado no desenvolvimento de sistemas de controle de suas centrais de distribuição, do transporte e da operação das lojas, garantindo que os serviços da nova empresa estejam conectados com todos os ativos da companhia”.

Afirma ainda que, como relatado ao mercado em novembro, trabalha no lançamento de uma “plataforma logística para fortalecer a proposta de valor do marketplace, com uma visão de jornada ‘end to end’ [ponta a ponta] com objetivo de otimizar processos”. São cerca de 70 vendedores e mais de 30 mil produtos de parceiros do marketplace do GPA nos sites do Pão de Açúcar e do Clube Extra.

Analistas entendem que, com esse investimento, a empresa busca melhorar o nível de serviço oferecido aos clientes, mas reforçam que a execução será crucial nesse plano, “pois o varejo de alimentos online está ficando concorrido com a entrada de varejistas online tradicionais que têm se expandido para novas categorias”, escreveu em relatório em janeiro Guilherme Assis, analista do banco Safra.

Em encontro remoto com analistas semanas atrás, o comando do GPA disse que dos R$ 140 bilhões de venda on-line no país em 2020 (em todo o varejo), os supermercados faturaram R$ 7 bilhões e o GPA ficou com 14% de participação – cerca de R$ 1 bilhão. Para 2025, usando projeções da Euromonitor, o GPA menciona vendas de R$ 48 bilhões no varejo alimentar digital, sem projetar sua participação no bolo.

Dados do balanço do GPA mostram que as vendas on-line de alimentos subiram 240% no terceiro trimestre de 2020, e representam 6% das vendas do Extra e Pão de Açúcar. O rival Carrefour registrou alta de 72,5% nas vendas totais pela plataforma digital, com aumento do on-line alimentar de 202,4% no trimestre.

 Com informações: NewTrade

Revolução digital do Supply Chain

Artigo Por *Orlando Fontes Lima Júnior e *Daniel Zurron

Quem não sonharia em ter à sua vista, ou no máximo a alguns poucos cliques de distância, a visão geral da sua cadeia de fornecimento em tempo real? Best Weight Lifting Shoes tem pensado nisso há muito tempo. E, além disso, saber que pode contar com soluções que são capazes de realizar ajustes automáticos, gerar alertas já propondo alternativas e uma base de dados abrangente e confiável para explorar alternativas de otimização, fazer concorrências e seleção de provedores de serviço mais assertivas. Certamente pouparia, além de altíssimos custos extras, muitas dores de cabeça e horas e mais horas tentando apagar os desvios que poderiam ser mitigados e explicando para superiores, parceiros e clientes o que está ocorrendo e sendo feito.

Pois saiba que isso é perfeitamente possível, cada vez mais acessível e, para não dizer, mandatório em um cenário onde os níveis de complexidade e volatilidade das cadeias de suprimento nunca foi tão grande e crescente e, por consequência, o desafio de geri-las considerando as variáveis principais de custo e nível de serviço. Felizmente há uma miríade de soluções integradas que estão cada vez mais disponíveis, seja do ponto de vista técnico ou financeiro. Basta ter muito claro o que se quer e o que faz sentido para sua organização. E justamente nesse ponto que pretendemos suportá-lo a entender as principais variáveis envolvidas e as perguntas a serem respondidas e entendidas antes de qualquer tomada de decisão.

Portanto conhecer bem as variáveis e riscos inerentes à própria rede logística e saber coordená-los e antecipá-los de forma eficiente, tanto no âmbito operacional quanto estratégico, é absolutamente primordial. Estamos tratando aqui da próxima onda relacionada a consolidação, orquestração e otimização de cadeias logísticas de ponta a ponta, possíveis com os serviços digitais disponíveis nas áreas de rastreamento, gestão de risco, segurança de dados, integração de redes de informação e sistemas (ERP, TMS, WMS), ciência de dados, inteligência artificial, IoT, dentre outras.

Nesse contexto muitas empresas vislumbraram o enorme potencial e está em franca expansão a utilização de torres de controle de cadeias de suprimento, ou como mais conhecida, Supply Chain Control Tower (que iremos chamar daqui em diante como SCCT).

Evolução de uma cadeia de suprimento em direção à digitalização
Deloitte. The Supply Chain Control Tower | Fixing age-old issues with modern tools and techniques. 2009. Pág. 2

 

Em um cenário de constante fragmentação da cadeia logística, nenhuma empresa gerencia mais do que apenas uma fração da sua cadeia, o que, nos conceitos tradicionais, só permitem otimizações pontuais. E sistemas tradicionais não foram desenhados para enxergar muito além dos muros e cercas das fábricas e dos CDs..

Ou seja, a origem dos problemas reside na falta de visibilidade de toda a cadeia, que é justamente o cenário em que a SCCT se apresenta fornecendo a transparência necessária para otimizações reais que envolvam orquestração de vários ou mesmo todos os intervenientes em tempo real. Uma SCCT fornece as soluções que proverão a visibilidade necessária. E uma “Intelligent SCCT” integrará adicionalmente funcionalidades de tomada de decisão em tempo real, baseadas em soluções de IA, análise preditiva e outras que suportarão no gerenciamento e orquestração em tempo real de toda a cadeia de suprimento levando-se em conta fatores críticos como otimização de custos e mitigação de riscos com base nos níveis de serviço desejados.

Em geral as empresas que queiram lidar com tantas variáveis necessitavam de verdadeiros batalhões de pessoas fazendo controle e seguimento de desvios, utilizando-se de vários sistemas em paralelo. Uma SSCT conta com softwares especialistas, processos muito bem definidos e times treinados. Com o auxílio de uma plataforma colaborativa realmente integrada, a gestão pode ser feita com o mínimo de intervenção e somente para os casos em que não se tenha um nível de confiança mínimo para utilizar as funcionalidades de correção automática ou que os riscos são de tal porte que está fora da alçada do sistema autônomo.

A implementação de uma SSCT é o norte a ser seguido. A partir de uma proposta de diagnóstico e alinhamentos técnicos e estratégicos sugeridos nesse artigo, esperamos que empresas que ainda não deram esse passo ou que estejam em níveis mais básicos de maturidade, tenham segurança em como darem início ou seguimento nesta jornada.

O caminho certamente será longo e árduo já que interfere no cerne das operações de boa parte das empresas, dá visibilidade e autoridade à área de SCCT em detrimento de outras mais tradicionais e em o poder de inclusive derrubar conceitos e teses até então amplamente aceitas. E mudanças geram na maioria das vezes atritos em função de questões técnicas e políticas.

FONTE: Blog http://www.fonteslima.org/

*DANIEL ZURRON
Gerente de Logística Integrada na Kuehne + Nagel

*ORLANDO FONTES LIMA JÚNIOR
Professor Titular da UNICAMP
Coordenador do LALT (Laboratório de
Aprendizagem em Logística e Transportes)

Mesmo com pandemia em 2020, Aeroporto de Miami registra recorde histórico de carga aérea

O ano de 2020 foi desafiador para todos os setores econômicos, inclusive para a aviação. Subitamente, a demanda aérea de passageiros evaporou, fazendo com que companhias aéreas precisassem estocar aeronaves, cancelar rotas e demitir funcionários.

Apesar disso, o setor de carga aérea ganhou espaço mesmo com a pandemia, sendo a “salvação” de muitas empresas. Ao longo do último ano, diversas companhias aéreas retiraram as poltronas de seus aviões e passaram a operar voos exclusivamente cargueiros, como forma de incrementar receita.

Nesse sentido, o setor cargueiro do Aeroporto Internacional de Miami (MIA) parece ter sentido os efeitos da pandemia por pouco tempo. Segundo a própria administradora do aeroporto, o ano de 2020 foi “histórico”, registrando um aumento de 2,5% em comparação a 2019.

No total, foram movimentadas 2,32 milhões de toneladas ao longo do ano passado, 57,4 mil toneladas a mais que em 2019. Para efeitos de comparação, ao longo de 2020 o Brasil inteiro movimentou aproximadamente 1,25 milhões de toneladas de carga. Em síntese, apenas Miami (MIA) movimentou quase o dobro de todos os aeroportos brasileiros somados.

Ademais, foram operados 59.000 voos exclusivamente cargueiros, frente aos 51.000 em 2019, um número recorde para o aeroporto. Nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro, houve uma movimentação média mensal de 210 mil toneladas, uma marca nunca antes alcançada.

“Nosso recorde não teria sido possível sem a estreita parceria que compartilhamos com cada companhia aérea, agências federais e setor de logística, que adaptou e deu continuidade aos seus serviços durante a pandemia.”, disse o diretor e CEO do MIA Airport, Lester Sola.

 

Fonte: Contato Radar e Economia IG