Maersk vê importações e exportações brasileiras crescendo 4% e 4,5% em 2020

Maersk elevou as previsões de crescimento das importações brasileiras em 2019 para a casa de 5%, ante expectativas anteriores variando entre 2% e 3%. O relatório trimestral da companhia destaca que o consumo brasileiro começa a dar sinais de recuperação, principalmente no setor de eletrônicos e eletrodomésticos. As importações brasileiras cresceram 11% de julho a setembro, em comparação ao mesmo período de 2018, com destaque para 16% de salto nas importações de produtos asiáticos. Segundo a publicação, essa é a primeira vez que o volume de importações brasileiras está em dois dígitos desde o terceiro trimestre de 2017, o que demonstra que os varejistas aumentaram os estoques antes das festas de fim de ano.

A empresa ressalta que o aumento nos volumes reflete o impacto da greve dos caminhoneiros do ano passado, o que diminuiu a base de comparação. Além disso, os volumes de importação ainda precisam se recuperar para atingir os níveis anteriores ao início do declínio da economia, no final de 2014. Existem sinais contraditórios nos segmentos de bens de vestuário e no de produtos manufaturados prontos, que caíram 5% e 8% respectivamente. A avaliação da Maersk é que a aprovação da reforma da Previdência e a tramitação da reforma tributária no Congresso contribuem para o aumento da confiança.

Exportações — De julho a setembro de 2019, as exportações caíram 1% no terceiro trimestre, apesar dos volumes de algodão aumentarem 76% durante o mesmo período, devido à crescente demanda chinesa. O país deve ampliar em 30% o volume anual de algodão para 1,8 milhão a dois milhões de toneladas. As maiores quedas nas exportações do terceiro trimestre foram da madeira para Europa (-21%), plásticos (-11%), além de um declínio geral percebido em proteínas e frutas.

Proteínas de aves, carne bovina e outras carnes caíram 7%, 3% e 3%, respectivamente no terceiro trimestre. A expectativa, porém, é que o volume de carne bovina deverá atinja o pico no quarto trimestre graças à crescente demanda chinesa. A Maersk considera provável, no entanto, que as aves apresentem um crescimento menor. Para a Europa, os exportadores de carne bovina estão enfrentando dificuldades, pois os consumidores estão optando cada vez mais por fornecedores locais ou fechados, como a Polônia. O mercado brasileiro espera que o Oriente Médio permaneça consistente e estável, mas os exportadores perderam terreno para os produtores locais por causa de cargas novas e incentivos governamentais, além da concorrência da Rússia e da Ucrânia. A companhia de navegação estima que as exportações em 2019 tenham incremento de 4%.

Para o próximo ano, as projeções da Maersk são de crescimento de 4% nas importações e de 4,5% nas exportações. A companhia de navegação considera 2020 um ano de reconstrução da economia, com melhores indicadores. A Maersk estima que o crescimento exponencial esperado pelo setor só deve acontecer no ano seguinte, considerando que as reformas administrativas e tributárias avancem. “Apesar do otimismo para 2020, vemos crescimento mais contundente da economia brasileira apenas em 2021”, resume o diretor comercial da Maersk para a costa leste da América do Sul, Gustavo Paschoa.

Fonte: Portos e Navios

Das empilhadeiras aos tratores, telemetria na locação é case de logística no interior de São Paulo

Alguns fabricantes de empilhadeiras reportaram bons resultados de faturamento do último ano, com avanço de 20%. No entanto, esse mercado ainda tem muito a crescer no nosso país. Para se ter uma ideia, no Brasil são 8 empilhadeiras para cada 100 mil habitantes. Já em países da Europa, como a Alemanha, esse mercado é bem maior e a projeção é de 100 empilhadeiras para cada 100 mil pessoas, segundo a “Isto É”. Neste contexto, uma área que se destaca é a de locação de empilhadeiras

Players com tecnologia embarcada – A Imparpec – empresa de Campinas especializada em Peças e Locação de equipamentos de Movimentação – possui um viés muito íntimo como mercado de locação de empilhadeiras. Embora a empresa tenha nascido em 1994 com o objetivo de atender um mercado especializado na comercialização de Peças para empilhadeiras, foi a partir de 2006 que a Imparpec ampliou seus serviços passando a atuar e se destacar também na Locação de Empilhadeiras.

Com essa expertise, a empresa identificou um novo gap comercial, no qual a empresa apresenta ao mercado um serviço agregado de telemetria para as empresas interessadas na locação de empilhadeiras com tecnologia embarcada. “Nessa ação diferenciada, temos como parceiro a Softrack desde 2014”, lembra Lauter Ortolan, um dos sócios da empresa.

A Softrack está presente neste processo com soluções que podem ajudar a medir em tempo real a produtividade de máquinas ou operadores, e ainda indicar quais setores da planta precisam de mais equipamentos ou suprimentos. Ao embarcar telemetria nos equipamentos de movimentação, o conceito de “fleet management” oferece a integração dos dados automaticamente, ofertando uma ampla visão, além da rotina das operações. “Entregamos o Business Intelligence na logística que vai muito mais além que uma simples leitura de dados, um projeto de gerenciamento com visibilidade total da planta”, destaca Mário Neto, diretor da Softrack.

Interior de São Paulo – Na prática, a Imparpec sabe que está entregando um produto com serviço agregado de muita segurança. “É a telemetria mais completa do mercado”, assegura o outro sócio da Imparpec, o diretor Dalton Fonseca. Em 2018, a empresa iniciou um trabalho que hoje é um verdadeiro case de sucesso com o cliente “Fernadez Papeis”, de Amparo, no interior de São Paulo. “No início, locaram 25 empilhadeiras com Telemetria. Eles gostaram tanto do produto, que agora estenderão para os tratores”, completou Fonseca.

Em 2019, Imparpec e Softrack iniciaram a parceira também para a venda de empilhadeiras já com a Telemetria à bordo. “A sinergia é muito boa. Queremos mais ações conjuntas. Agora trabalharemos um espaço, no formato de Showroom, em nossa Sede, no Distrito de Sousas, em Campinas, no interior de São Paulo”, comemora Mário Neto, diretor da Softrack.

Conheça aqui os indicados ao “Prêmio Viracopos de Excelência Logistica”, que acontece na próxima terça-feira (26), no The Royal Palm Plaza

Evento acontece na próxima terça-feira(26), no Hotel Resort The Royal Palm Plaza, em Campinas.

Confira a lista de indicados que melhor se destacaram, no período de agosto de 2018 a julho de 2019, por sua atuação no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas (SP), e que concorrem ao Prêmio.

 

 

IMPORTADORES

PRESTADORES DE SERVIÇO

Presidente da AEB diz que 2021 será o ano do comércio exterior do país

O presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, disse nesta quinta-feira  (21), que 2021 será o ano do comércio exterior do Brasil, uma vez que há uma série de ações e iniciativas, que começaram em 2018 e 2019, que vão maturar daqui a dois anos, o que vai provocar a redução de custos tornando o produto brasileiro mais co mpetitivo.

Castro disse que atualmente a competitividade se resume aos negócios específicos com a Argentina ou com outros países da América do Sul. “Precisamos pensar em mercados como Europa, Estados Unidos e China. Em 2021, a redução de custos vai viabilizar a exportação de produtos manufaturados do Brasil. Para as commodities, significa maior rentabilidade. Para os manufaturados, significa mais competitividade”, disse após a abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2019, no Rio de Janeiro.

De acordo com o empresário, as reformas trabalhista, previdenciária e tributária, as privatizações e concessões de infraestrutura, o acordo de facilitação de comércio e o portal único de comércio exterior são fatores que quando estiverem maduros vão provocar forte redução de custos. “Isso vai fazer com que o número de exportadores aumente e o valor das exportações também. O Brasil volta a ser um participante do mercado internacional efetivo e não apenas simbólico, como é hoje. A nossa participação é de 1,2% do mercado mundial, e nós já fomos 2,5%, 3%. Então é uma volta ao passado”, disse.
Comércio exterior – Para Castro, este ano o comércio exterior deve fechar com níveis abaixo da sua capacidade, com queda nas exportações e nas importações. “Ruim. Cai exportação muito. Cai importação. Cai superávit. Tudo ruim. Se alguém falar em analisar superávit isoladamente não significa nada”.

“A importação cai menos, vai cair em torno de 1% por causa do leve crescimento do mercado interno, mas no ano que vem, a gente acha que o superávit vai cair mais ainda porque se houver um crescimento do mercado interno de 2% vai ter aumento de importações. Isso vai fazer ter menor superávit comercial. Para as exportações, a tendência é ficar como este ano”, disse.

Castro destacou que entre os manufaturados, o setor automobilístico foi duramente atingido por causa da crise econômica da Argentina. “Ele não tem mercado alternativo. O mercado do setor aqui no Brasil é Argentina, Argentina e Argentina. Quando não tem alternativa há uma queda muito forte como está ocorrendo este ano. Ano que vem deve estabilizar, mas ainda não significa crescimento. Entre 2017 e agora as exportações para a Argentina caíram 50%. É muita coisa. Nós perdemos pelo menos 350 mil empregos com a Argentina este ano, por conta da crise”, disse.

Indústria farmacêutica insatisfeita com regras de logística da Anvisa

A indústria farmacêutica brasileira, que representa um mercado de R$ 120 bilhões, não está satisfeita com novas regras e mudanças estabelecidas pela Anvisa.

O setor reclama sobretudo da RDC 304/2019 – que regulamenta o transporte, determina a temperatura máxima para a logística e exige o controle na armazenagem e no deslocamento.

Representantes do Sindusfarma dizem que as novas regras podem provocar aumentos de preços no país.
O assunto foi debatido nesta semana no Fórum da Cadeia Fria, realizado no Cinesystem Morumbi Town, em São Paulo.

Fonte: Veja