Exportações crescem 30% e injetam US$ 7 bilhões nas montadoras brasileiras até setembro

Em termos de valores, as exportações de veículos Made in Brazil injetaram nos caixas das montadoras instaladas aqui US$ 7,6 bilhões até setembro, um valor que representa alta de 37% sobre os nove meses do ano passado e, mais ainda, um valor similar ao total obtido em todo o ano passado.

As exportações de veículos produzidos no Brasil seguem em ritmo de crescimento e só não foram maiores por causa do quadro econômico na Argentina, ainda o principal destino da produção brasileira, disse Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, na sexta-feira, 7.

“A restrição de liberação de licenças para importação na Argentina reduziu os embarques para lá. Também não exportamos mais volumes para a Colômbia porque extrapolamos a cota de exportação, sem imposto, de 50 mil unidades”, disse o representante da entidade.

Exportações puxadas pelos veículos leves – Segundo os dados do balanço da associação, as exportações cresceram 31% no acumulado até setembro, na comparação com os nove meses do ano passado. Foram embarcadas 363,5 mil unidades no período. Apenas em setembro, os embarques chegaram a 28,5 mil unidades, queda de 40% ante setembro do ano passado.

Do total embarcado no janeiro-setembro, 341,5 mil unidades tratam dos modelos leves, alta de 33%. Os caminhões foram 18 mil unidades, crescimento de 8% sobre 2021. Já os embarques de ônibus somaram 4 mil unidades, resultado que representa alta de 40%.

Fonte: https://automotivebusiness.com.br

Setor têxtil e de confecção crescem mais de 20% em exportações no acumulado do ano

De acordo com dados elaborados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as exportações do setor no acumulado de janeiro a agosto deste ano cresceram 20,86% em relação ao mesmo período de 2021, passando de US$ 665 milhões para US$ 804 milhões. Na mesma base de comparação, as importações aumentaram 17,35%, variando de US$ 3,29 bilhões para US$ 3,86 bilhões. O déficit da balança comercial subiu de US$ 2,63 bilhões para US$ 3,06 bilhões, significando avanço de 16,45%.

Os dez principais destinos das exportações brasileiras no período, pela ordem, foram Argentina, Paraguai, Estados Unidos, Colômbia, Uruguai, Peru, México, Chile, China e Equador. Quanto às importações, o maior volume veio da China, seguida, de longe, pela Índia, Paraguai, Estados Unidos, Vietnã, Bangladesh, Indonésia, Turquia, Israel, Argentina e Itália.

Em termos de produto, os destaques de exportação foram os seguintes: vestuário (US$ 120 milhões), com crescimento de 33% em relação aos oito primeiros meses de 2021; tecidos planos de algodão (US$ milhões), com aumento de 26,7%; e filamento de elastano (US$ 75 milhões), com avanço de 43,5%.

O montante relativo à China, de US$ 2,26 bilhões, representou 58,5% do total das importações no acumulado de janeiro a agosto. O valor referente ao país asiático apresentou crescimento de 32,37% em relação ao mesmo período de 2021, num contraste com o ocorrido com as compras provenientes de outras nações, que tiveram algumas quedas acentuadas ou ficaram estáveis. Houve recuo de 30,81% no tocante à Índia e 19,05% no caso do Vietnã.

A alta de 17,3% na importação é sustentada por um aumento de 9% nos ingressos de produtos têxteis e de 44,9% nos itens de vestuário em relação a janeiro a agosto de 2021. Apesar da relevante elevação dos itens de vestuário, quando comparamos esse valor aos oito primeiros meses de 2019, época pré-pandêmica, existe uma queda de 4,8%.

É interessante ainda notar o crescimento de 42,88% das importações vindas de Bangladesh. As compras originadas nesse país, de US$ 98,07 milhões, representaram apenas 2,55% do total dos ingressos de janeiro a agosto deste ano, mas o aumento em comparação a 2021 foi significativo.

 

Fonte: https://www.comexdobrasil.com

Exportação de veículos cresce 31% no ano, diz ANFAVEA

O fechamento do trimestre representou mais um importante degrau na recuperação do mercado automotivo brasileiro neste ano, após um primeiro trimestre tímido em função da falta de componentes eletrônicos, e de um segundo trimestre de início de melhora. Na soma dos meses de julho, agosto e setembro, a produção de autoveículos foi de 665 mil unidades, 11,6% a mais que no trimestre anterior.

Sob o mesmo ângulo de comparação, as vendas cresceram 14,3% e as exportações recuaram 15,2%. O levantamento mensal feito pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), registrou em setembro números inferiores aos recordes de agosto, muito em função do mês com dois dias úteis a menos. “Historicamente, setembro não repete os bons números de agosto, um mês mais longo e sem feriados, mas gostaria de destacar a contínua evolução da média diária de vendas desde janeiro, atingindo 9,2 mil emplacamentos por dia útil, melhor resultado do ano, indicando que as projeções da ANFAVEA serão atingidas”, afirmou o Presidente Márcio de Lima Leite.

Na comparação de setembro com agosto, a produção de 207,8 mil autoveículos foi 12,7% menor, os emplacamentos de 194 mil recuaram 7% e as exportações de 28,5 mil caíram 39%, em função das recentes restrições impostas pela Argentina, do esgotamento da cota de isenção para a Colômbia e de problemas logísticos. Porém, quando comparados a setembro de 2021, todos os índices melhoraram: 19,3% de alta na produção, 25,1% nas vendas e 19,3% nas exportações.

 

Exportações crescem 31% – Quando o parâmetro é o acumulado do ano, houve ganhos na produção (6,3%) e nas exportações (31,2%), além de leve recuo nos emplacamentos (4,7%). O segmento com recuperação mais consistente é o de ônibus, com alta acumulada no ano de 63,6% na produção, 8,8% nos licenciamentos e 39% nos embarques para outros países.

O setor de caminhões, em contrapartida, mantém patamares muito similares aos do ano passado, quando teve robusto crescimento em função do agronegócio e da onda do delivery. Espera-se uma alta nas encomendas de frotistas durante a FENATRAN, maior feira latino-americana de transportes, prevista para os dias 7 a 11 de novembro, no São Paulo Expo.

As máquinas autopropulsadas continuam a apresentar excelente desempenho. As rodoviárias tiveram no acumulado até agosto (há defasagem de um mês nos números) crescimento de 33% nas vendas e de 19% na exportação. Já as agrícolas registraram alta de 24% nas vendas no atacado e 11% nos embarques a outros países. A disponibilidade de recursos para financiamentos poderá melhorar esses resultados.

América Latina tem maior movimento mundial na carga aérea e cresce 9% em agosto

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) divulgou os resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga de agosto de 2022, que demonstraram resiliência em meio às incertezas econômicas.

  • A demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs*), ficou 8,3% abaixo dos níveis de agosto de 2021 (-9,3% para operações internacionais). Este resultado é uma pequena melhoria em relação ao declínio de 9,7% registrado em julho de 2022 versus julho de 2021.
  • A capacidade ficou 6,3% acima daquela registrada em agosto de 2021 (+6,1% para operações internacionais). Este é um aumento significativo em relação ao aumento anual de 3,6% registrado em julho de 2022 versus julho de 2021.
  • Vários fatores devem ser destacados no ambiente operacional:
    • O comércio global de mercadorias expandiu ligeiramente em agosto e a flexibilização das restrições da COVID-19 na China afetará positivamente os mercados de carga.
    • Embora o transporte marítimo seja o principal favorecido, o transporte aéreo de carga também se beneficiará desses desenvolvimentos.
    • Os níveis de inflação nos países do G7 desaceleraram pela primeira vez desde novembro de 2020.
    • Os preços do petróleo estabilizaram em agosto e o “crack spread” (diferença entre a cotação do combustível frente ao barril de petróleo cru) do combustível de aviação caiu após atingir o pico em junho.
    • Os novos pedidos de exportação, um indicador importante da demanda de carga e do comércio global, diminuíram nas principais economias de todas as regiões, exceto nos Estados Unidos.

 “O transporte aéreo de carga continua demonstrando sua resiliência. Os volumes de carga, embora abaixo do desempenho excepcional de 2021, estão relativamente estáveis diante das incertezas econômicas e dos conflitos geopolíticos. Os mercados permanecem com características mistas. O mês de agosto apresentou vários indicadores com potencial de alta: os preços do petróleo estabilizaram, a inflação desacelerou e houve uma ligeira expansão das mercadorias comercializadas globalmente. Mas a redução de novos pedidos de exportação em todos os mercados, exceto nos Estados Unidos, indica que a evolução nos próximos meses terá que ser observada com atenção”, disse Willie Walsh, Diretor Geral da IATA.

América Latina cresce 9% – As transportadoras da América Latina relataram aumento de 9,0% nos volumes de carga aérea em agosto de 2022 em relação ao mesmo mês de 2021. Este foi o melhor resultado entre todas as regiões. As companhias aéreas da região mostraram otimismo e introduziram novos serviços e capacidade e, em alguns casos, investiram em aeronaves adicionais para carga aérea nos próximos meses. A capacidade em agosto aumentou 24,3% em relação ao mesmo mês de 2021.

As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico relataram queda de 8,3% nos volumes de carga aérea em agosto de 2022 em comparação com o mesmo mês de 2021. Este resultado foi uma melhoria em relação ao declínio de 9,0% registrado em julho. As companhias aéreas da região se beneficiaram do pequeno aumento da atividade comercial e industrial devido ao relaxamento das restrições da COVID-19 na China. A capacidade disponível na região aumentou 13,9% quando comparada à capacidade de agosto de 2021, um aumento significativo em relação ao crescimento de 2,7% registrado em julho.

As transportadoras da América do Norte registraram queda de 3,4% nos volumes de carga em agosto de 2022 em comparação com agosto de 2021. Esse índice representa uma melhoria em relação à queda de 5,7% registrada em julho. A flexibilização das restrições na China melhorou a demanda e um novo aumento é esperado nos próximos meses. A capacidade aumentou 5,7% em relação a agosto de 2021.

As transportadoras da Europa relataram queda de 15,1% nos volumes de carga aérea em agosto de 2022 em comparação com o mesmo mês de 2021. Esse foi o pior desempenho entre todas as regiões pelo quarto mês consecutivo e está relacionado à guerra na Ucrânia. A escassez de mão de obra e os altos níveis de inflação, principalmente na Turquia, também afetaram os volumes. A capacidade aumentou 0,4% em agosto de 2022 em comparação com agosto de 2021.

As transportadoras do Oriente Médio registraram queda de 11,3% nos volumes de carga aérea em agosto de 2022 versus agosto de 2021. Os volumes de carga estagnados de/para a Europa afetaram o desempenho da região. A capacidade caiu 0,1% em relação a agosto de 2021.

As companhias aéreas da África registraram aumento de 1,0% em agosto de 2022 em relação a agosto de 2021. Este resultado representa uma melhoria significativa em relação ao crescimento registrado no mês anterior (-3,5%). A capacidade ficou 1,4% abaixo dos níveis de agosto de 2021.

ABIQUIM: importações do setor químico batem recorde e crescem quase 50% no acumulado até setembro

Dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) mostram que o déficit comercial do setor foi de US$ 49 bilhões de janeiro a setembro, superior aos US$ 46,3 bilhões do ano passado, até então o maior déficit anual da história do segmento. A Abiquim prevê déficit de US$ 65 bilhões para o ano de 2022.

Recorde importação – Até setembro, as importações somaram recorde de US$ 62,5 bilhões, com aumento de 47,4% sobre igual período do ano passado. O valor importado já é maior ao total de 2021. Desde maio de 2022, as importações de produtos químicos têm superado os US$ 7 bilhões mensais, quase o dobro das mensais médias anteriores à pandemia da covid-19.

As exportações brasileiras de produtos químicos permaneceram estáveis, mas muito abaixo das importações, com vendas médias de US$ 1,5 bilhão. No acumulado do ano, as vendas externas totalizaram US$ 13,5 bilhões, 33% acima do mesmo período de 2021. A piora da balança comercial dos produtos químicos deveu-se à alta dos preços, à manutenção da atividade econômica em patamares elevados nas cadeias produtivas que demandam químicos, além da sazonalidade do terceiro trimestre

O adverso cenário dos últimos anos tem impedido que oportunidades geradas pelo crescimento da demanda se transformem em investimento e produção efetiva”, disse a diretora de Assuntos de Comércio Exterior e Administrativa da Abiquim, Denise Mazzaro Naranjo, em nota. A diretora da Abiquim defende um “endereçamento adequado” sobre as questões de energia, matérias-primas e carga tributária. Um dos principais entraves ao setor é o custo do gás no País.