Agora no TCU, processo de concessão do Porto de Santos caminha para desfecho ainda em 2022

O Ministério da Infraestrutura informou nesta sexta-feira que o processo de concessão do Porto de Santos, maior da América Latina, “começou a tramitar” no Tribunal de Contas da União e a expectativa é que o edital do leilão seja lançado até o final deste ano. O governo federal divulgou mais cedo nesta semana que a modelagem do leilão do porto terá uma outorga inicial de 3,015 bilhões de reais mais ágio. Haverá ainda uma contribuição fixa anual de 105 milhões de reais ao longo de 28 anos (a partir do oitavo ano), além de uma contribuição variável de 20% ao ano sobre a receita operacional bruta consolidada. Vencerá o leilão quem oferecer o maior ágio sobre a outorga.

O projeto prevê R$ 20,3 bilhões de investimentos novos e de operação no empreendimento. Pelo menos R$ 2 bilhões com novos investimentos em berços e viadutos e R$ 4,2 bilhões serão reservados para execução de um túnel submerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá. O tempo de contrato definido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) é de 35 anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco.

Segunda desestatização da história – Estruturado pelo BNDES, sob a coordenação do Ministério da Infraestrutura, esse é o segundo projeto de desestatização de portos públicos no Brasil qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND), por meio do Decreto nº 11.152/2022. O objetivo é vender as ações da empresa pública e realizar, em conjunto, a concessão do Porto Organizado de Santos.

A transferência para a iniciativa privada da atividade desempenhada pela autoridade portuária inclui a gestão das infraestruturas e áreas públicas, oferecendo melhorias operacionais, além de elevar a qualidade dos serviços prestados e conferir mais agilidade na realização dos investimentos.

Montadora inaugura no interior de SP sua primeira fábrica de motores na América Latina

A montadora sul-coreana Hyundai inaugurou, na última terça-feira (20), sua primeira fábrica de motores na América Latina. A unidade fica em Piracicaba, cidade do interior paulista a 160 quilômetros da Capital, no mesmo terreno da fábrica de automóveis da empresa. Foram investidos R$ 500 milhões na nova linha de produção, que gerou 256 empregos, ocupa uma área de 17 mil m² e terá capacidade para fabricar pelo menos 70 mil motores por ano.

Esta é a primeira fábrica da Hyundai no mundo a introduzir o AMR – um Robô Móvel Autônomo, na sigla em português, que otimiza o transporte de peças dentro dos processos de fabricação. Esse recurso reduz em 50% o espaço necessário para as peças na linha de produção, graças a um sistema completamente integrado que dispensa a necessidade de acúmulo de itens estocados nos setores. Também proporciona melhor flexibilização da linha para a produção de novos produtos, uma vez que o abastecimento se adapta automaticamente às necessidades programadas.

Durante as obras da nova fábrica de motores, a Hyundai adotou ações para reduzir seu impacto no meio ambiente. As iniciativas vão desde o zero descarte de resíduos para aterros sanitários, até o projeto em si, que prioriza iluminação natural ou em LED, captação de água da chuva para reuso e um modelo de construção com vedação termoacústica, que oferece benefícios vitalícios para o ambiente de trabalho adequadamente climatizado.

“Nossa nova planta de motores possui alto nível de automação em seus processos, proporcionando a flexibilidade necessária para adaptar as linhas de produção de forma ágil. Além dos novos postos de trabalho criados, contribuímos positivamente em outras áreas da nossa comunidade local. Trabalhamos em colaboração com universidades e escolas técnicas em programas de estágio e intercâmbio de conhecimento, compartilhando nossas instalações, peças e motores com essas instituições para apoiar o desenvolvimento de estudantes e futuros profissionais”, diz Ken Ramirez, presidente e CEO da Hyundai Motor para o Brasil e as Américas Central e do Sul.

O evento também marcou os 10 anos da operação da montadora no Brasil e em São Paulo. Desde a chegada da empresa a Piracicaba, o investimento total da Hyundai passa de US$ 1 bilhão, com a geração de 23 mil empregos diretos e indiretos. Além da instalação da fábrica de automóveis para a produção do HB20, em 2012, a InvestSP apoiou a empresa, por exemplo, na ampliação da estrutura para a produção do SUV Creta. A unidade de Piracicaba já produziu mais de 1,7 milhão de veículos e tem capacidade para fabricar até 210 mil unidades por ano.

A região de Piracicaba/Campinas é considerada um dos principais polos industriais do estado de São Paulo e do Brasil, com mais de R$ 30 bilhões em investimentos anunciados pela InvestSP. Entre os atrativos para as empresas estão: logística privilegiada, com fácil acesso a rodovias importantes, ao Rodoanel e ao aeroporto de Viracopos; oferta de mão de obra qualificada, com universidades e uma ampla rede de ensino técnico e tecnológico; e apoio à inovação, com diversos hubs e centros de pesquisa.

Modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil com 75%. Conheça Ranking.

Uma pesquisa dos Custos Logísticos no Brasil divulgada pela Fundação Dom Cabral mostra que 75% da produção brasileira são transportados por meio do modal rodoviário. O Brasil conta com 1,8 milhão de quilômetros de rodovias, sendo 146 mil deles asfaltados e de responsabilidade dos governos federais e estaduais.

Mesmo com as condições das rodovias brasileiras não sendo as melhores, o transporte rodoviário tem vantagens na locomoção de pessoas e cargas. Em algumas situações, utilizar outros meios de transporte é inviável.

Confira a seguir o ranking dos modais mais usados no País.

1. Modal rodoviário

Responsável por 75% do transporte da produção nacional.

2. Modal marítimo

Responsável por 9,2% do transporte da produção nacional.

3. Modal aeroviário

Responsável por 5,8% do transporte da produção nacional.

4. Modal ferroviário

Responsável por 5,4% do transporte da produção nacional.

5. Cabotagem (navegação entre portos do mesmo país)

Responsável por 3% do transporte da produção nacional.

6. Modal hidroviário

Responsável por 0,7% do transporte da produção nacional.

Exportação cresce na casa de 10% até agosto e Viracopos projeta recorde de carga para 2022

Após atingir recorde histórico de cargas em 2021, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), registrou alta de 4,24% na movimentação de cargas no acumulado dos primeiros oito meses do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o aeroporto consolida o período de janeiro a agosto de 2022 como melhor da história em volume processado e deve superar a marca do ano anterior.

O resultado da carga dos primeiros oito meses deste ano foi alavancado pelo aumento das movimentações na importação, na exportação, nas cargas domésticas (nacionais) e nas remessas expressas.

No acumulado dos oito meses, Viracopos recebeu 242.294 toneladas de carga contra 232.445 toneladas do mesmo período de 2021. Já em 2020, no mesmo período, foram movimentadas 154.411 toneladas.

Em 2021, Viracopos apresentou recorde histórico de movimentação de carga e o resultado dos primeiros oito meses deste ano indicam que o aeroporto poderá superar esta marca. O aeroporto processou um total de 364,3 mil toneladas de carga no ano passado.

Neste período, se destacaram, novamente, os setores farmacêutico, metalmecânico, químico, de tecnologia, automotivo e de vestuário. Hoje, Viracopos é o maior aeroporto em importação de carga do país, movimentando 40% de toda a carga aérea que chega ao Brasil.

Os resultados, mês a mês, na movimentação de carga, em peso, foram: 26.281 ton. (janeiro); 29.031 ton. (fevereiro); 32.270 ton. (março); 28.428 ton. (abril); 31.962 ton. (maio), 31.316 ton. (junho), 30.875 ton. (julho) e 32.131 (agosto).

Importação e Exportação – Na importação, houve alta de 6,67% nos primeiros oito meses de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 103.255 toneladas que chegaram ao país pelo TECA (Terminal de Carga) de Viracopos.

A exportação também apresentou resultados positivos, com alta de 9,28% nos primeiros oito meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registradas 76.639 toneladas de carga saindo do país por Viracopos de janeiro a agosto deste ano ante 70.128 de janeiro a agosto de 2021.

TECA Viracopos – Viracopos encerrou o ano de 2021 com recorde histórico de movimentação de carga (em peso) para um ano. O aeroporto processou um total de 364,3 mil toneladas de carga no ano passado, somadas as áreas de importação, exportação, remessas expressas (courier) e cargas nacionais.

RioGaleão cresce no setor de carga e reduz em 63% seu tempo de liberação, informa Jornal

Uma matéria do Jornal Valor informa o crescimento do negócio de cargas no RIOgaleão, que em 2022 terá seu melhor resultado desde o início da concessão.

Destaca, também, a redução em média de 63% no tempo de liberação de cargas importadas e da marca de US$ 60 bilhões em mercadorias importadas desde que RIOgaleão assumiu as operações em 2014, o que reforça o compromisso do aeroporto de crescer promovendo mais eficiência nas operações.

A pandemia permitiu um ponto de inflexão para a RioGaleão no negócio de cargas, ajudando a empresa a atravessar esse período mais crítico. Em julho deste ano, a RioGaleão assinou contrato com a United Airlines para uso, pela companhia americana, de um novo centro de manutenção de aeronaves.

A matéria ressaltou a grande conquista do time de real estate do RIOgaleão no acordo com a United. A Companhia americana vai investir R$ 70 milhões e operar hangar por 17 anos para a operação de um MRO no aeroporto, que consolida ainda mais a posição do equipamento urbano como ativo estratégico na economia carioca.