FedEx e UPS suspendem voos e entregas para Rússia, Ucrânia e Bielorrússia

Em mais um desdobramento do conflito que atinge a Europa, em meio à guerra da Rússia contra a Ucrânia, as gigantes cargueiras americanas United Parcel Service (UPS) e a Federal Express (FedEx) suspenderam suas entregas nos dois países.

Em um comunicado, a UPS informou a suspensão de todos os serviços de transporte internacional de e para a Ucrânia, Rússia e também Bielorrússia. Além disso, os pacotes em trânsito que não puderem ser entregues serão devolvidos gratuitamente ao remetente, na medida do possível. A empresa reitera que o foco está na segurança de seu pessoal. “A UPS continua monitorando de perto a situação e restabelecerá o serviço assim que for prático e seguro fazê-lo”.

Da mesma forma, a FedEx disse em um comunicado que “à luz das circunstâncias atuais, suspenderemos temporariamente o serviço dentro e fora da Ucrânia até novo aviso”. A empresa também informou a suspensão de voos à Rússia.

“A segurança dos membros de nossa equipe é nossa principal prioridade. Estamos monitorando de perto a situação e implementando planos de contingência para minimizar o impacto“, disse a FedEx.

De acordo com o ExecutiveDigest, outra gigante cargueira, a DHL, também suspendeu as operações de e para a Ucrânia.

 

 Fonte: Aeroin

Balança comercial tem segundo maior superávit para meses de fevereiro

Depois de registrar déficit em janeiro, a balança comercial recuperou-se em fevereiro e teve o segundo maior resultado positivo para o mês. No mês passado, o país exportou US$ 4,049 bilhões a mais do que importou. O superávit só não foi maior que o de fevereiro de 2017, quando o país vendeu US$ 4,229 bilhões a mais do que comprou.

No primeiro bimestre deste ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 3,835 bilhões. Isso representa mais que o dobro do resultado obtido em janeiro e fevereiro do ano passado (US$ 1,616 bilhões), mas está longe do recorde de US$ 6,722 bilhões registrado nos dois primeiros meses de 2017.

No mês passado, o Brasil vendeu US$ 22,913 bilhões para o exterior e comprou US$ 18,864 bilhões. Tanto as importações como as exportações bateram recorde em fevereiro, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 32,6% em relação a fevereiro do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 22,9% na mesma comparação.

Um dos principais responsáveis pela recuperação do saldo comercial foi a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), que subiram em fevereiro em meio ao acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia. A recuperação de algumas safras, principalmente a de soja, também contribuiu para o resultado.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 22,6%, enquanto os preços aumentaram 13,5% em média em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 2,5%, mas os preços médios subiram 30,9%.

Setores – Ao analisar o desempenho no setor agropecuário, a recuperação de safras pesou mais. O volume de mercadorias embarcadas aumentou 61,2% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021, enquanto o preço médio subiu 31,8%. Na indústria de transformação, o volume subiu 16,9%, com o preço aumentando em nível parecido: 16,3%. Na indústria extrativa, que engloba exportação de minérios e de petróleo, a quantidade aumentou 11,1%, enquanto os preços médios caíram 3,1%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram trigo e centeio não moídos (+874,7%), café não torrado (+89,7%) e soja (+187,5%). Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados em óleos minerais brutos (+114,1%), petróleo bruto (+74,2%) e minério de cobre (+19%).

Na indústria de transformação, os maiores aumentos ocorreram nos itens carne bovina congelada ou refrigerada (+81,8%), farelo de soja (+40,5%) e combustíveis (+290,1%).

Quanto às importações, os maiores crescimentos foram registrados nos seguintes produtos: cevada (+620%), na agropecuária; petróleo bruto (+109,6%) e gás natural (+280%), na indústria extrativa; e adubos ou fertilizantes químicos (+112,6%), na indústria de transformação.

Em relação aos fertilizantes, a alta deve-se principalmente ao aumento recente de preços. A quantidade importada caiu cerca de 7% em fevereiro na comparação com fevereiro do ano passado.

Estimativa – Para 2022, o governo prevê superávit de US$ 79,4 bilhões, valor parecido com o deste ano. A estimativa, no entanto, ainda não considera o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia. A projeção só deverá ser revisada em abril.

As estimativas estão mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 64,06 bilhões neste ano.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-03/balanca-comercial-tem-segundo-maior-superavit-para-meses-de-fevereiro-0

Puxado pela exportação, Viracopos inicia 2022 com alta de 11,5% na carga aérea

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), registrou alta de 11,5% no total de toneladas de carga movimentadas no mês de janeiro em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado do primeiro mês do ano mantém a tendência de alta neste setor do aeroporto.

Em janeiro deste ano, foram movimentadas pelo aeroporto 26,2 mil toneladas de carga ante 23,5 mil toneladas de janeiro do ano passado. Já em janeiro de 2020 foram 15,1 mil toneladas e, no mesmo mês de 2019, foram 17,4 toneladas.

A nova alta em janeiro foi alavancada pelo aumento das movimentações na importação, na exportação, nas cargas domésticas (nacionais) e nas remessas expressas. Neste período se destacaram os setores farmacêutico, químico, de tecnologia, de autopeças, de vestuário, entre outros.

Exportação cresce 22% – Na importação, houve uma variação positiva de apenas 0,1% no mês de janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 10.998 toneladas que chegaram ao país pelo TECA de Viracopos ante 10.989 toneladas de janeiro de 2021.

Embora com crescimento bem pequeno em janeiro, Viracopos segue hoje como o maior em importação de carga aérea do país, movimentando 40% de todos os produtos que chegam ao Brasil.

Já exportação apresentou bons resultados com alta de 22,2% no mês de janeiro em relação a janeiro de 2021, com um total de 7.126 toneladas de carga saindo do país por Viracopos ante 5.829 toneladas de 2021.

De olho na capacidade de 14,5 mil toneladas por ano, Aeroporto de São José dos Campos tem novo dono

Em concorrida disputa, a Prefeitura de São José dos Campos realizou nesta segunda-feira (21) o leilão para concessão do aeroporto Prof. Urbano Stumpf com ágio de 600% em relação ao valor inicial previsto no edital, marca histórica para disputas semelhantes no Estado de São Paulo.

Depois de uma intensa briga que durou uma hora e 35 minutos com 51 rodadas de lances, a Aeropart Participações Aeroportuárias S/A arrematou o aeroporto por R$ 16,15 milhões. O valor inicial previsto no edital era de R$ 2,3 milhões.

Além do valor de outorga, também cabe à empresa vencedora o pagamento dos estudos técnicos que embasaram a concessão no valor R$ 2,805 milhões.

Técnicos da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico e da Assessoria de Projetos Especiais avaliaram como “extremamente satisfatório” o resultado da concorrência.

Para se ter uma ideia, o leilão de dois blocos de 22 aeroportos regionais paulistas, realizado em julho de 2021, somou pouco mais de R$ 22 milhões, com ágio de apenas 11%.

Segundo os técnicos da prefeitura, São José conseguiu 55 vezes mais ágio do que o bloco de 22 aeroportos, o que mostra o desenvolvimento e capacidade de atratividade da cidade.

No início do processo de concessão, São José optou realizar o leilão do aeroporto Prof. Urbano Stumpf separadamente com o objetivo de conseguir mais investimentos para o terminal.

O processo segue agora para avaliação da habilitação técnica da Aeropart Participações Aeroportuárias, que administra, entre outros, o aeroporto de Cabo Frio (RJ). Depois da fase recursal e da homologação, a empresa terá um prazo de cerca de 60 dias para iniciar a operação no terminal.

A concessão tem prazo de 30 anos com previsão de investimentos de até R$ 130 milhões para o período.

A concessão faz parte do Plano de Gestão 2021/24 e integra o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). O objetivo é otimizar o uso do terminal com a retomada e ampliação de voos regulares de carga e passageiros.

O leilão de concessão do aeroporto ocorreu apenas 14 meses depois da municipalização do terminal. São José reivindicava a gestão do aeroporto há pelo menos 25 anos.

O convênio entre a Prefeitura e o Ministério da Infraestrutura, que permitiu a municipalização do terminal, foi publicado em 2 de dezembro de 2020.

O processo de concessão teve início em janeiro de 2021 com a publicação do chamamento público para elaboração dos estudos técnicos.

Em agosto de 2021 foram realizadas 6 audiências públicas em todas as regiões da cidade para coletar as colaborações dos munícipes para a elaboração da versão final do edital.

Olho na Carga – Além do transporte de passageiros, o aeroporto tem um enorme potencial de mercado, inclusive internacional, para movimentação de cargas, com facilidade para integração dos modais rodoviário, marítimo e ferroviário.

O aeroporto obteve em 2014 investimentos de R$ 16 milhões para sua modernização. Várias foram as melhorias realizadas, com destaque para a ampliação do terminal de passageiros, que passou a ter 5.902 m² e capacidade de atendimento de até 700 mil passageiros por ano.

O sítio aeroportuário conta com uma área de 1.197.580,66 m². A capacidade de movimentação de cargas é estimada em 14,5 mil toneladas por ano.

 Foto: Divulgação PMSJC

Autoridades pedem maior área para Viracopos em reunião sobre relicitação do Terminal

No último dia 21/02, ocorreu uma reunião remota com ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – e a SAC – e Secretaria Nacional de Aviação Civil, sendo que esta última esteve representada pelo Secretário da pasta, Ronei Saggioro Glanzman. Na pauta, a relicitação do Aeroporto Internacional de Viracopos. Autoridades regionais, empresários e executivos também marcaram presença no encontro, a exemplo da Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico de Campinas, Adriana Flosi.

Na discussão, um tema que tem causado grande desconforto na comunidade aeroportuária: a renovação de contratos com as empresas que operam em Viracopos. Este item ainda não está contemplado para o Edital. A SAC já fala em sub-rogação, mas ainda não é oficial. Além disso, trabalha-se com a possibilidade de garantir contratos com prazos superiores a 12 meses. A preocupação dos operadores é o aspecto da insegurança jurídica, fato que limita, inclusive, investimentos das empresas na estrutura e nas operações locais.

Outra reinvindicação das autoridades públicas regionais, diz respeito à manutenção da área total do sítio aeroportuário, haja vista que a ANAC sugeriu, no último estudo, uma diminuição para 14km², sob alegação de dificuldade na imediata desapropriação das áreas totais, um impasse à empresa interessada ou vencedora do processo.

A expansão do Aeroporto de Viracopos é fundamental para o futuro de Campinas, do estado de São Paulo. Os prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) vão elaborar um documento e enviar à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e à Secretaria Nacional de Aviação Civil com tal reivindicação, antes de chegar às mãos do TCU, prevista para ocorrer em março.

OSINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo é uma das entidades que participam dos debates. “O SINDASP tem participado ativamente desse processo e defenderemos não só os interesses dos Despachantes Aduaneiros, como também do melhor formato para o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro, defendeu Elson Isayama, presidente do SINDASP.

Fonte: Informativo SINDASP