Codesa: aprovado o primeiro edital de desestatização portuária da história

O projeto da primeira desestatização portuária do país deu um passo importante nesta sexta-feira (14) com a aprovação pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) do edital de licitação da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). O contrato de concessão terá vigência de 35 anos, prorrogável por mais cinco anos, e tem previsão de R$ 334,8 milhões em investimentos privados, além de aproximadamente R$ 1 bilhão para custear as despesas operacionais.

Com a aprovação, fica previsto para a próxima semana a formalização do edital pelo BNDES no Diário Oficial da União (DOU) e para março a realização do certame na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. A concessão abrange a administração do porto e a exploração indireta das instalações dos portos organizados de Vitória e Barra do Riacho. A resolução veda a exploração direta das estruturas. Devem ser gerados mais de 15 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda ao longo do contrato de arrendamento.

Com a desestatização da Codesa, espera-se que o Porto de Vitória dobre a movimentação de cargas de 7 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas por ano. Para o terminal portuário de Barra do Riacho, a expectativa é a exploração de novas áreas, pois 522 mil metros quadrados, de um total de 860 mil metros quadrados, são greenfield. Ou seja, para projetos novos, que são planejados e executados do zero.

“É um passo histórico que estamos dando hoje. A desestatização da Codesa vai trazer investimentos, empregos e prosperidade para o Espírito Santo, além de deixar o Brasil mais competitivo da porta para fora”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Leilão – O projeto de desestatização traz também o valor de R$ 327,1 milhões para a alienação de ações da Codesa detidas pela União, conforme determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para tratamento do valor patrimonial da companhia, incluindo investimentos não amortizados. Já o valor presente das contribuições fixas foi estimado em R$186,17 milhões e a outorga mínima a partir de R$ 1.

Arrendatários e terminais privados que utilizem o canal de navegação dos portos, terminais privados operacionais localizados no Espírito Santo e que movimentem cargas relevantes para o Porto de Vitória poderão participar do certame, mas com limitação de share de 15% de participação individual e de 40% quando integrarem consórcio junto a outros grupos da mesma natureza.

O leilão será realizado em sessão pública, com envelopes fechados e a previsão de ofertas de lances em viva-voz. O critério de seleção da empresa arrendatária será o de maior valor de outorga. A concessão será feita com alienação de participação societária da União.

Foto divulgação Codesa

Comércio exterior do agronegócio: balanço de 2021 e perspectivas para 2022

Por Ana Cecília Kreter e Rafael Pastre

Apesar dos fenômenos climáticos adversos, que afetaram significativamente a agropecuária brasileira, as exportações do agronegócio cresceram 19,7% em valor, atingindo US$ 120,6 bilhões em 2021, novo recorde nacional. As importações também apresentaram aumento de 18,9%. Ainda assim, o agronegócio fechou o ano com um saldo positivo de US$ 105,1 bilhões. A alta dos preços internacionais das commodities teve papel relevante neste resultado. Entre os quinze principais produtos da pauta de exportação – que representaram 89,5% em 2021 –, todos apresentaram alta nos preços médios, alguns acima de 20%, rompendo a tendência de baixa dos anos anteriores. Em termos de quantidade, seis produtos apresentaram queda. Destaque para a carne bovina (-8,3%), decorrente das sanções da China, para o café (-3,6%), desempenho já esperado devido à bienalidade negativa, e para o milho (-40,7%), consequência da queda de safra brasileira. Quanto às importações, além dos produtos tradicionalmente importados pelo Brasil, como trigo, azeite de oliva e pescado, em 2021 o Brasil aumentou suas importações de soja e milho. A nota apresenta o ranking dos principais produtores, consumidores, exportadores e importadores mundiais, destacando a relevância do Brasil no fornecimento de várias commodities, como açúcar, soja, carnes e café. Em relação ao consumo, destaque para a China, que atualmente é o principal destino comercial brasileiro e que, apesar de ser também produtor, é dependente das importações. Por fim, o texto traz as perspectivas do setor para 2022, que estão baseadas em estimativas positivas em relação à produção, mas que dependerão principalmente das condições climáticas.

(Informações completas no site do IPEA)

Espanhola AENA e Grupo Inglês estão na corrida pela relicitação de Viracopos, apura LogNews

Além da CCR, e da Zurich, as gigantes internacionais AENA e um Grupo Inglês – são fortes candidatas a participar da relicitação do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas

O Grupo Inglês – cujo nome não foi revelado – possui a gestão dos maiores aeroportos no país europeu. Já a Espanhola AENA, é considerada pelo Conselho Internacional de Aeroportos como a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, no último estudo em 2020 (sobre 2019)

A informação é exclusiva do Portal LogNews, que apurou a novidade durante a visita de Ronei Glanzmann, Secretário Nacional de Aviação Civil, que esteve na última terça-feira(14), em Campinas, para falar do futuro de Viracopos.

O encontro foi realizado no novo Royal Palm Plaza Hall. O Secretário veio a convite da Prefeitura de Campinas, do Conselho de Desenvolvimento da RMC e do Parlamento Metropolitano da RMC.

Status atualizado – O Secretário Ronei Glanzmann aproveitou a oportunidade na cidade para atualizar o status da relicitação de Viracopos. “No início de janeiro o material chegará pata o TCU. Em meados de 2022 a relicitação estará no mercado. No primeiro ou segundo trimestre de 2023 já teremos um novo concessionário em Viracopos”, resumiu Glanzmann.

“Maior Gargalo hoje em Viracopos é o pátio de aeronaves”, afirmou Secretário Ronei Glanzmann, em Campinas

Ronei Glanzmann, Secretário Nacional de Aviação Civil, esteve na última terça-feira(14), em Campinas, para falar do futuro de Viracopos.

Em sua apresentação, Glansmann afirmou que hoje o pátio de estacionamento de aeronaves é o maior gargalo hoje do aeroporto de Campinas.

O Secretário Ronei Glanzmann aproveitou a oportunidade na cidade para atualizar o status da relicitação de Viracopos. “No início de janeiro o material chegará para o TCU. Em meados de 2022 a relicitação estará no mercado. No primeiro ou segundo trimestre de 2023 já teremos um novo concessionário em Campinas”, resumiu Glanzmann.

Defesa da área total – Hoje o chamado “sítio aeroportuário” de Viracopos é de 27km², um dos maiores do mundo. Todavia, apenas 52% estão disponíveis atualmente, em função de áreas ainda não totalmente desapropriadas. Para se evitar essa insegurança atual, o novo Edital prevê uma área de 13,6 km², dos quais 88% já são a união e os outros 12% em fase final do processo. “Isso garante aos novos interessados, uma segurança para seu planejamento”, avaliou Glanzmann.

Os prefeitos do interior presentes, liderados pelo prefeito de Campinas, Dário Saaadi, e pelo diretor titular do CISEP Campinas, José Nunes Filho, foram unânimes em defender a área total para Viracopos, sob o argumento de se explorar melhor o equipamento urbano como vetor de desenvolvimento para a Região.

O evento foi elogiado por todos os presentes. “Após este debate, sairemos daqui com um Edital ainda melhor do que estávamos ontem”, finalizou Glanzmann, em suas considerações finais.

Viracopos fechará 2021 com movimento recorde de mais de 360 mil toneladas

No acumulado dos 11 meses deste ano, a alta chega a 42,48% em relação ao mesmo período ano passado

Com resultados positivos na importação, exportação, remessas expressas (courier) e cargas nacionais, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), registrou alta de 21,8% no total de carga movimentada em novembro em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados mais recentes podem fazer o aeroporto ter o melhor ano de sua história na movimentação de carga (em peso).

No acumulado dos 11 meses de 2021, a alta chega a 42,48% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os segmentos em destaque estão os de tecnologia, farmacêutico, químico, metalmecânico, vestuário, calçados, frutas e autopeças, entre outros diversos produtos.

De janeiro a novembro de 2021 foram embarcadas ou desembarcadas por Viracopos um total de 333.105 toneladas ante 233.790 toneladas dos primeiros 11 meses do ano passado (somados os dados de importação, exportação, carga nacional e remessas expressas).

Considerando cada segmento, as altas registradas nos 11 primeiros meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado foram: Importação (30,49%), Exportação (44,7%), Remessas Expressas (22,8%) e Carga Nacional (66,9%).

No período, o TECA (Terminal de Carga) de Viracopos também se consolidou como uma das principais portas de entrada do Brasil de equipamentos e de vacinas usadas no combate à COVID-19. Até o final deste ano, o aeroporto será a porta de entrada de pelo menos 210 milhões de doses de vacinas.

Resultados de novembro – A alta de 21,8% em novembro representou uma movimentação de 33.601 toneladas no aeroporto ante 27.597 toneladas no mesmo mês de 2020. Já em outubro de 2019 foram 21.076 toneladas.

De acordo com levantamento da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, administradora do aeroporto, o mês de novembro de 2021 representou o segundo melhor resultado para um mês neste ano.

Em que pese esse aumento de peso nos últimos dois anos, na comparação dos 11 primeiros meses de 2019 (antes da pandemia) e do mesmo período de 2021, houve uma redução de 2% no valor da carga importada.