Porto de Santos deve superar 110 milhões de toneladas de carga no fechamento de 2014

Recordes mensais, modernização da gestão e novos projetos de infraestrutura marcaram o ano em Santos 

A movimentação de cargas pelo Porto de Santos em 2014 superou importantes marcas históricas, com especial destaque para os recordes na movimentação de contêineres, que deverá atingir um crescimento em torno de 8,0%, e do complexo soja que tem previsão de aumento próximo a 2,6%.

O diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo, destaca que três recordes mensais foram atingidos em fevereiro (7,7 milhões t), março (10,4 milhões t) e junho (9,8 milhões t) e a expectativa é que Santos responda por 25,6% da movimentação da Balança Comercial Brasileira. Os embarques do complexo soja, até novembro, acumulavam 16,2 milhões t, patamar 2,8% superior ao recorde obtido no mesmo período do ano passado.

Caputo ressalta que os terminais de contêineres do Porto de Santos apresentaram desempenho superior ao dos principais complexos portuários do mundo como Roterdã, na Holanda, e Hamburgo, na Alemanha, ao atingirem a média por hora de 104 movimentos. O Tecon Santos chegou a bater, no início de setembro, o recorde histórico da América do Sul, com uma performance de 1.694 contêineres em 8,74 horas de operação, alcançando a média de 193,92 movimentos por hora.

Santos registrou, também, em agosto, seu novo recorde histórico mensal, com 220.702 unidades. Até novembro, a movimentação de contêineres somava 3,3 milhões teu (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), crescimentos de 6,6% se comparado ao mesmo período de 2013.  O presidente explica que a performance foi atingida em função da disponibilização de novas infraestruturas portuárias (os terminais da Embraport e Brasil Terminal Portuário – BTP), dos investimentos efetuados pelos demais terminais que operam essa modalidade de carga e dos esforços da Autoridade Portuária, em conjunto com a Secretaria de Portos (SEP), para manter as profundidades de berços, acesso a berços e do canal de navegação  do porto, que recebeu navios da classe “Cap San”, com capacidade para até 9,6 mil teu, os maiores porta-contêineres a operar no complexo santista.

Caputo destaca, também, o fortalecimento da navegação de cabotagem ao longo de 2014 que, até novembro totalizou 13,0 milhões t, apresentando crescimento de 21,3% se comparado com o acumulado no mesmo período do ano anterior. Destaca-se o número de contêineres transportados através dessa modalidade, que atingiu um crescimento de 92,3% nos 11 primeiros meses do ano. A participação da cabotagem no total de cargas transportadas cresceu de 10,2% para 12,8%. “Essa performance mostra a tendência do Porto de Santos tornar-se um porto concentrador de cargas”, afirma o presidente.

A performance da carga geral conteinerizada, entretanto, não foi suficiente para compensar a queda na movimentação das principais commodities agrícolas, como açúcar (-9,2%), milho (-22,0%) e soja em grãos (-5,0%), que são os principais itens da pauta de mercadorias que passam pelo porto. O presidente explica que “elas foram afetadas por uma combinação de fatores decorrentes de aspectos climáticos e da conjuntura econômica internacional, que impediu que o Porto de Santos superasse, neste ano, o recorde anual histórico obtido em 2013”.  Para Caputo, 2013 foi um ano totalmente atípico na curva de crescimento da movimentação do Porto de Santos. Apesar do movimento neste ano ter sido menor que em 2013, ainda assim, permaneceu dentro da curva estabelecida pela consultoria Louis Berger, dentro do Plano de Expansão do Porto de Santos, explica o presidente.

A previsão é que o movimento geral de cargas atinja 110,5 milhões de toneladas, ficando 3,1% abaixo do resultado obtido no ano passado (114,0 milhões t), mas se caracterizando, ainda, como o segundo melhor movimento anual da história do porto, ficando atrás somente do total excepcional verificado em 2013. Os embarques devem atingir 75,9 milhões t e as descargas 34,6 milhões t.

MDIC apresentará plano de exportações arrojado, diz novo ministro

Armando Monteiro Neto acrescentou que o comércio exterior demanda redução de resíduos tributários e simplificação aduaneira.

 

O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, informou, em discurso na cerimônia de transmissão de cargo, que irá apresentar nos próximos dias um “arrojado” plano nacional de exportação.

Esse plano será o primeiro eixo de uma agenda positiva que ele afirmou que terá cinco pontos.

“O MDIC apresentará, nos próximos dias, um arrojado plano nacional de exportação, com ampla participação do setor privado e indispensável visão integradora das diversas regiões do país”, antecipou o ministro na última quarta-feira(7).

Segundo ele, a ideia é superar entraves relacionados a financiamento, garantias e desonerações de exportações – além de facilitação de comércio.

Monteiro Neto disse que a pasta também trabalhará para estabelecer, junto com o Itamaraty, uma política de comércio exterior mais ativa e que produza ampliação dos acordos comerciais com parceiros estratégicos, em especial o Mercosul, os EUA, a China e outros países da América do Sul, “e que permitam maior inserção nas cadeias globais de valor”.

O segundo eixo de atuação, segundo ele, será apresentar um conjunto de reformas microeconômicas “de reduzido impacto fiscal”, que envolvam melhorias e harmonização do ambiente tributário, sobretudo na perspectiva de desoneração dos investimentos e simplificação das obrigações acessórias.

“Também passa por convergências regulatórias, tendo como diretrizes a estabilidade, a clareza e adaptabilidade das regras, de modo a garantir segurança jurídica”, afirmou.

O terceiro ponto, de acordo com o ministro, é incentivar o investimento e a renovação do parque fabril brasileiro, com objetivo de reduzir a idade média dos equipamentos em operação.

Ele falou, ainda, em adotar um modelo de financiamentos dos bancos públicos que viabilize, de forma crescente, maior acesso das empresas pequenas e médias aos recursos.

“O quarto eixo é promover um arranjo institucional que favoreça e estimule a inovação. Para isso, precisamos aprimorar o marco legal, ampliar o escopo e foco do financiamento”, disse.

Monteiro Neto afirmou ainda que trabalhará pela inclusão de mais empreendedores nas fontes de fomento à inovação.

Por último, Monteiro falou em aperfeiçoar o sistema de governança para gerir a agenda de competitividade, mantendo diálogo com setor produtivo e outras áreas do governo.

“Nos comprometemos em revitalizar os conselhos consultivos já existentes, a exemplo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e do Conselho Consultivo do Setor Produtivo da Camex (Conex)”, disse.

“É importante reiterar o absoluto sentido de urgência que se apresenta em relação ao avanço dessas medidas para a promoção da agenda da competitividade. Reforço, mais uma vez, que o setor produtivo, que anseia por essas reformas, encontrará neste ministério o espaço e a parceria necessários para esse fim”, adicionou o ministro, que mais de uma vez em seu discurso destacou a importância do setor privado.

Tribunal – O mercado internacional é o grande tribunal da competitividade e oferece ao Brasil mais oportunidades do que ameaças, avaliou Monteiro Neto.

O ministro lembrou que o Brasil tem o 7º PIB mundial, mas é apenas o 22º país em exportações.

“Temos uma participação de apenas 1,2% no volume total de exportações no mundo e 0,7%, se considerarmos os bens manufaturados”, comparou.

Monteiro Neto frisou que não há política industrial sem uma política ativa de comércio exterior. “São duas faces da mesma moeda”, resumiu.

Ele disse que o melhor desempenho do comércio exterior demanda menos burocratização e que é preciso uma maior inserção do Brasil na rede internacional de investimentos. “Aprimorar regras de garantias é importante”, citou.

O ministro acrescentou que o comércio exterior demanda redução de resíduos tributários e simplificação aduaneira.

Fonte: Conteúdo Estadão/Exame

RioGaleão anuncia novo Gerente Comercial de Logística. Confira outros “profissionais em movimento”

Rodrigo Medeiros chega à RioGaleão. Eliane Assis e Maurício Carvallho buscam novos desafios.

O Ícone do Portal GPA LogNews “profissionais em movimento” traz sempre as novidades do setor, com as mudanças e contratações do mercado.

Na  Região de Campinas, Eliane Assis deixa a Santos Brasil, após uma passage de 10 anos pela empresa, atuando no interior paulista. Já em atividade como consultora independente na ACT Comex, Eliane Assis, que deixou recentemente o terminal de container, afirma: “não descarto novos desafios”. Contatos:  e_assis@ig.com.br e eliane.assis.x@gmail.com.

Já Maurício Carvalho deixa a sociedade na WMC Group, de Campinas, para alçar novos voos. Contatos: mlcmauricio@gmail.com e Celular: (19) 971109797

Após mais de 11 anos na INFRAERO, ocupando seu último cargo na estatal, em Brasília (DF), na Gerencia de Negócios e Mercado da Logística de Carga, Rodrigo Medeiros é o novo gerente comercial de carga na nova concessionário RioGaleão, responsável pelo terminal aéreo carioca.

“Portal Único de Comércio Exterior” muda para ajudar empresas

Tempo médio gasto em exportações cairá de 13 para 8 dias, e o das importações, de 17 para 10 dias. Redução de custos estimada chega a US$ 22,8 bilhões ao ano

O governo federal lançou nesta segunda-feira(15), três ferramentas para diminuir a burocracia na exportação e na importação. Os novos mecanismos visam reduzir o tempo gasto pelas empresas nessas operações por meio da substituição de documentos impressos por eletrônicos e automatização de processos que hoje são analisados manualmente. As medidas fazem parte da segunda etapa do programa Portal Único de Comércio Exterior.

A partir de hoje, operações de comércio exterior amparadas no regime de Drawback Isenção Web terão seus processos analisados de forma automática, sem passar por fiscais e sem necessidade de apresentação de cópias em papel.

A modalidade de Drawback Isenção isenta de tributos a reposição de estoque de insumos utilizados na produção de bens exportados. Aproximadamente R$ 58 bilhões foram exportados dentro desse sistema no ano passado, sendo que 75% foram bens industrializados.

Uma das novas ferramentas é a anexação de documentos digitalizados em processos administrados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As cópias, hoje entregues em papel, passarão a ser eletrônicas e terão assinatura digital.

Todas as unidades da Receita poderão usar o sistema a partir de 27 de fevereiro. Já as operações de exportação terão um novo sistema eletrônico.

A interface estará disponível a partir de 19 de janeiro e vai proporcionar recursos que facilitam e agilizam o trabalho das empresas e da aduana.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, todas as ferramentas do Portal Único serão entregues até 2017.

Quando todas as medidas estiverem em vigor, o governo prevê uma redução de 40% no tempo gasto em exportações e importações e uma economia anual de R$ 50 bilhões para as empresas brasileiras.

Para o secretário da Receita Federal, Carlos Barreto, o Portal Único vai integrar os processos e órgãos e permitir ganhos de competitividade para a economia.

Segundo o professor do Centro do Comércio Global e Investimentos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Lucas Ferraz, o tempo médio gasto em exportações cairá de 13 para 8 dias, e o das importações, de 17 para 10 dias.

Com o funcionamento do Portal Único de Comércio Exterior, a redução de custos estimada chega a US$ 22,8 bilhões ao ano, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Com informações: Exame e Conteúdo Estadão

“Em 2014 ampliamos a especialização em novos produtos, como Oil & Gas e Foods”, destaca Ivo Mafra, presidente da DC Logistics, em balanço do ano

SONY DSCO atípico 2014 chega ao fim, depois de meses de um cenário que contemplou política e Copa do Mundo. Para o mercado foi um ano um tanto quanto complicado, que exigiu trabalho árduo para ajustar o atingimento de metas. Para a DC Logistics Brasil foi um ano ainda positivo, com a comemoração dos 20 anos de atuação. O Presidente da empresa, Ivo Mafra, explicou como foram os últimos 12 meses.

Este ano a DC completou 20 anos, tinha projeções de crescimento, as metas foram atingidas?

Tivemos crescimento de 7,5% porem não cumprimos a meta que era crescer 15%.

Em que serviços a DC mais se destacou?

Os serviços de importação aérea e marítima continuam como os mais representativos nas receitas da DC Logistics Brasil.

Como o mercado transcorreu em 2014, e quais as expectativas para 2015?
No primeiro semestre o crescimento foi positivo, acima da meta almejada, mas no segundo, percalços da economia brasileira afetaram também nosso desempenho, bem como o natural acirramento da concorrência.

Que lições foram tiradas do ano que agora termina?

Entendemos que no plano macro será salutar termos uma política econômica que privilegie o mercado, como menor participação do Estado, menor burocracia nas atividades meio, e maior incentivo a empreendedores para investir para gerar empregos e riquezas.

Lembremos que o Estado não gera riquezas e sim despesas que são pagas por todos os cidadãos. Ideal seria um Estado menor como boa alternativa para enfrentar a atual crise.
No plano DC, devemos reforçar a excelência no atendimento e estarmos atentos às melhores oportunidades de negócios.

Como o mercado reagiu neste ano atípico, com Copa do Mundo e eleições?
O mercado trabalha com visão de médio e longo prazo, e na organização da Copa não contemplou os planos iniciais. O chamado legado da Copa ficou muito aquém do que se apregoava. Eleições são sinônimos de paralisia econômica, e pior ainda quando existe a modalidade da reeleição. Assistimos a um show de marketing, onde os reais problemas continuam sendo jogados para gerações futuras. Infelizmente iremos iniciar um novo período com sérios problemas políticos, éticos e econômicos com poucas perspectivas de real mudança.

Que ações/projetos foram os grandes destaques da DC Logistics Brasil este ano?
A comemoração dos 20 anos foi muito gratificante, feedbacks recebidos dos colaboradores, clientes e fornecedores nos sinalizam que estamos na direção correta e que muito precisamos aprender e crescer. Ficamos este ano em determinados segmentos de mercado e ampliamos a especialização em novos produtos, como Oil & Gas e Foods.