Cisa Trading e Steel Warehouse anunciam fusão na Região de Campinas

sideúrgica finalExportações de siderúrgicas superam vendas internas pela primeira vez. Nova empresa criada a partir de fusão anuncia fábrica de processamento de aço em Paulínia (SP)
A Cisa Trading, maior trading privada no Brasil, e a americana Steel Warehouse, líder na indústria da linha Temper Pass Cut to Length e no processamento de bobinas de aço de maior espessura, anunciaram ontem a criação da Steel Wa¬rehouse Cisa, companhia de serviços siderúrgicos, que fornecerá tecnologia de processamento e beneficiamento do aço para aplicação em vários setores, como agri¬cultura, construção, mineração, máquinas e equipamentos, guindastes e automotivo.

A nova empresa terá como sede a cidade de Paulínia, onde será construída uma unida-de industrial. “No mundo todo existem cerca de 20 máquinas desta linha em operação e esta será a primeira a operar no Brasil”, explica David Sánchez, Diretor Geral da Steel Warehouse Cisa.

A fábrica ocupará um terreno de 100 mil m², sendo 27 mil m² de área construída. Neste momento, a empresa está preparando a infraestrutura para receber os equipamentos. A montagem, treinamento e operação demandarão três meses e a operação deve come-çar em fevereiro de 2016.

Exportação de Siderúrgicas – Setembro foi o mês em que, pela primeira vez, os embarques de aços do Brasil ao exterior superaram as vendas no mercado interno. Essa tendência de inversão do destino do aço nacional, que apareceu ao longo do ano, se concretizou no mês passado.

O Instituto Aço Brasil revelou que as usinas colocaram 1,48 milhão de toneladas de produtos no mercado doméstico em setembro, queda de 20,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 6,2% ante agosto.

Já os volumes que foram vendidos no exterior chegaram a 1,59 milhão de toneladas, avanço de 31,6% e 22,4% na mesma base de comparação, respectivamente. Os embarques efetivados, conforme a Secex, totalizaram 1,55 milhão de toneladas, 34% e 19,8% a mais, respectivamente.

A queda do real ante o dólar pode ajudar os balanços das empresas. Entre julho e setembro, as vendas externas somaram US$ 1,59 bilhão, ou R$ 5,63 bilhões segundo a cotação média Ptax, do Banco Central. No segundo trimestre, o valor havia atingido US$ 1,36 bilhão, ou R$ 4,16 bilhões – a alta é de 35% em reais.

O problema é que as margens dos produtos enviados ao exterior são menores do que o demandado no Brasil. As usinas vendem mais semi-acabados a outros países, que têm maior custo de produção frente aos preços praticados.

A entidade divulgou ainda que em nove meses o recuo da produção foi de 1,2%, para 25,3 milhões de toneladas. As vendas internas caíram 14,3% até setembro, para 14,2 milhões de toneladas, e as importações totalizaram 2,8 milhões de toneladas, menos 11,9%.

O consumo aparente no país, até setembro, foi de 16,9 milhões de toneladas – recuo de 14%. As vendas das usinas ao exterior, contudo, cresceram 48,3%, para 9,8 milhões de toneladas. Os embarques efetivados atingiram 10 milhões de toneladas, alta de 48,6%, com valor de US$ 5,16 bilhões.

Com informações Valor Econômico