Economia brasileira cresceu 2,3%, terceira maior alta em 2013, aponta IBGE

Política industrial contribuiu para o crescimento, analisa Ministro Mauro Borges

A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013 na comparação com 2012, a terceira maior expansão registrada no ano passado entre 13 países que já divulgaram seus resultados, anunciou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O chamado Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, chegou a R$ 4,84 trilhões. Pelo lado da oferta, a expansão do PIB brasileiro foi puxada pela agropecuária, que cresceu 7,0%.

Pelo lado da demanda, os investimentos sustentaram o crescimento, com a formação bruta de capital fixo aumentando 6,3%, com destaque para a produção interna de máquinas e equipamentos, que cresceu 10,2%. A taxa de investimentos teve uma elevação de 0,7 p.p., saindo de 17,7% para 18,4%. O PIB per capita ficou em R$ 24.065, aumento de 1,4% em relação a 2012.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, considerou o resultado positivo diante da grave crise que atingiu os países desenvolvidos e lembrou o papel da política industrial no resultado apontado pelo IBGE, principalmente das desonerações tributárias. “Houve aumento do nível de atividade, redução de custo e aumento do emprego, considerando apenas os efeitos diretos das desonerações. A política industrial ajudou a segurar a economia. Tivemos um 2013 muito difícil em todo o mundo e mesmo com esse quadro conseguimos chegar ao fim do ano com a menor taxa de desemprego da história, de 4,3%”, argumentou.

Além da agropecuária, serviços (2,0%), indústria de transformação (1,9%) e indústria geral (1,3%) também cresceram no ano passado. “Sem as desonerações, a indústria de transformação teria possivelmente recuado e não crescido 1,9%. Se considerarmos o quadro mundial em outra época da economia brasileira, teríamos entrado em recessão. Mas a política, as reservas robustas que o Brasil acumulou nesses últimos anos e a mudança cambial ajudaram a segurar a economia. Hoje estamos com o câmbio em um patamar bastante razoável. Tivemos um comportamento ao longo desses três anos para intervir naquilo que achávamos que pudesse ser fator de desequilíbrio”, ponderou Borges.

Segundo o IBGE, dos 13 países que já divulgaram as estatísticas de PIB, a expansão econômica do Brasil no ano passado ficou abaixo apenas da registrada por China (7,7%) e Coréia do Sul (2,8%). Com 2,3%, o Brasil ficou à frente de Reino Unido (1,9%), Estados Unidos (1,9%), África do Sul (1,9%), Japão (1,6%) e México (1,1%). A economia dos países da área do Euro encolheu 0,4%. Na Espanha, a queda foi de 1,2%.

“Do ponto de vista de emprego, quais os países que estão em situação melhor do que o Brasil? México, por exemplo, pode, paradoxalmente, sofrer mais com a retomada da economia americana do que o Brasil. Isto porque os americanos estão no início de uma política para atrair de volta empregos que deixaram o país. A Turquia, que também estava atraindo atenção, está enfrentando sérias dificuldades de desemprego crescente”, comparou Borges.

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