Exportação de carros registra aumento de 626% em São José dos Campos

Terceiro maior exportador do país, município teve alta no número de automóveis vendidos para o exterior em 2016, de acordo com dados oficiais do governo federal. Em Taubaté também foi registrado crescimento

A venda de automóveis para o exterior foi uma das molas propulsoras do aumento das exportações de São José em 2016 e ajudou a diminuir o déficit da balança comercial de Taubaté.

São José teve um aumento de 626,69% na exportação de automóveis de janeiro a agosto deste ano comparado ao mesmo período de 2015. O volume comercializado saltou de R$ 3,471 milhões para R$ 25,224 milhões. Com isso, a participação do setor no total dos produtos exportados pela cidade aumentou de 0,04% em 2015 para 0,26%, neste ano.

Em Taubaté, a exportação de automóveis subiu 23,06%, saltando de R$ 711,9 milhões no ano passado, nos oito primeiros meses, para R$ 876,1 milhões neste ano. Trata-se do principal produto vendido pela cidade ao exterior, representando 47,16% do total. No ano passado, a participação era de 37,65%. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em São José, o segmento de veículos para transporte de mercadorias também cresceu no período, com aumento de 95,62%, passando de R$ 363,9 milhões no ano passado, entre janeiro e agosto, para R$ 712 milhões neste ano. A participação desse item no ranking das mercadorias exportadas por São José cresceu de 4,04% para 7,25%.

A lista continua liderada pelo segmento da aviação, responsável por 77,03% das exportações da cidade, com R$ 7,5 bilhões em 2016. O resultado representou 10,61% de alta ante 2015, com R$ 6,8 bilhões.

O crescimento é explicado pelo desempenho da picape S10 no Mercosul. Fabricado em São José, pela General Motors, o veículo teve vendas maiores para Argentina e México, o que levou a GM contratar 769 trabalhadores. Com isso, a Argentina comprou 116,50% a mais de São José neste ano comparado a 2015, e o México, 81,89%.

Na região, os Estados Unidos são os maiores compradores, com 34,6% do total, seguidos da China (9,42%) e Argentina (9,16%). México está na sexta colocação, com 5,57%.

Fonte: O Vale