Exportação de veículos segue tendência de crescimento

Trimestre terminou com expansão expressiva de 24% nos embarques a outros mercados. Anfavea tem expectativa de que mercado possa abocanhar megaencomenda nos próximos meses.

As exportações de veículos seguem em crescimento, na contramão do que acontece em vendas e produção. No primeiro trimestre as montadoras venderam no exterior 98,8 mil carros brasileiros, volume 24% maior do que o negociado há um ano. O resultado foi divulgado pela Anfavea na quarta-feira, 06/04.

A alta foi puxada pelas vendas de veículos leves, que avançaram 26,1% para 93,1 mil unidades. As exportações de ônibus cresceram 8,4% e somaram 1,4 mil chassis. Já o resultado do segmento de caminhões encolheu 6,5%, para 4,1 mil veículos. Por causa da diminuição das exportações de produtos com maior valor agregado, houve redução do faturamento com as vendas a outros mercados.

De janeiro a março a indústria nacional alcançou US$ 2,24 bilhões em receitas, montante 7,6% menor do que o do primeiro trimestre de 2015. “Nos próximos meses devemos aumentar as exportações de caminhões e de máquinas agrícolas e alcançar resultado positivo também em valor”, acredita Luiz Moan, presidente da Anfavea.

Ainda que o faturamento esteja menor, o executivo comemora o aumento dos negócios com diversos parceiros comerciais ao longo do primeiro trimestre. Segundo ele, as entregas para o México aumentaram 94%, enquanto as exportações para o Chile cresceram 147% e as vendas para o Peru avançaram 72%.

Apenas em março as exportações somaram 38,5 mil veículos, volume 5,3% superior ao de fevereiro e 19,8% maior do que o do mesmo mês de 2015. Em valor, os negócios somaram US$ 850,5 milhões, com sutil evolução de 0,2% na comparação mensal e queda de 7,7% na anual.

A Anfavea também mantém expectativas elevadas acerca de uma megaencomenda de veículos que deve ser feita pelo Irã nos próximos meses. O país busca fornecedores para 35 mil caminhões, 17 mil ônibus e 140 mil automóveis, volumes capazes de reavivar a combalida indústria brasileira. Segundo a entidade, o Brasil é o único país da América Latina que entrou na concorrência.

Fonte: Automotive Business