Greve de funcionários da Infraero ainda não afeta aeroportos

Paralisação começou em 63 aeroportos do país. Sindicato prevê adesão grande e apenas 30% do efetivo trabalhando em atividades essenciais 

Funcionários da Infraero que trabalham em 63 aeroportos do país iniciaram à meia-noite da quarta-feira, 31/07, uma greve programada pelo sindicato nacional dos aeroportuários (Sina). A entidade afirma que a paralisação, decidida há duas semanas e comunicada ao governo federal cinco dias depois, terá grande adesão e apenas 30% do efetivo vai trabalhar em atividades consideradas essenciais, como exige a lei.

Nas primeiras horas da manhã, porém, os principais aeroportos administrados pela Infraero, Congonhas, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, operavam normalmente. Não há registro de tumultos, filas ou atrasos de voos fora do usual. Durante a madrugada, a direção do sindicato em São Paulo e funcionários da Infraero que aderiram .

Os funcionários da Infraero, estatal que administra a maioria dos aeroportos no Brasil, entram em greve por reajuste salarial e benefícios. A categoria pede reajuste de 16% — aumento real de 9,5% — e cobra a manutenção das atuais condições do plano de saúde, entre outras coisas.

Segundo o Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), a proposta da Infraero prevê reposição da inflação pelo IPCA e mudança em benefícios como o convênio médico, com maior participação dos funcionários.

Fazem parte da categoria funcionários ligados à operação de voos -de navegação aérea ao pátio de manobras– além de empregados de suporte, como os da manutenção das esteiras e da segurança. Ao todo, 13.600 trabalhadores compõem a categoria.

A Infraero afirmou, em nota, que ainda negocia o acordo coletivo com o sindicato e informou ter um plano de contingenciamento para manter serviços essenciais caso seja preciso. O plano, diz, inclui o remanejamento de funcionários tanto do quadro administrativo quanto de operações. A empresa nega que esteja planejando a redução de benefícios.

“O sindicato teve a paciência de aguardar passar Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude e a diretoria da empresa não teve a menor responsabilidade conosco”, afirma o diretor do Sina em Congonhas, Severino Macedo.

Com informações: Veja e Folha de SP

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