Greve dos caminhoneiros enfraquece, porém Porto de Santos ainda contabiliza prejuízos

Sindicato estima prejuízos de mais de US$ 100 milhões somente para as companhias marítimas. Embarque de contêineres é o mais prejudicado

Após 9 dias, greve dos caminhoneiros enfraquece e abastecimento é retomado.

A greve dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira (21), finalmente parece estar se encaminhando para seu fim. O nono dia foi marcado pelo enfraquecimento do movimento: apesar do último relatório da Polícia Rodoviária Federal ainda contabilizar 616 pontos de concentração de caminhoneiros nas estradas, todos se encontram parados nos acostamentos ou nos pátios de combustíveis à espera de uma escolta policial. O abastecimento das cidades também está se normalizando aos poucos, com a chegada de caminhões de combustível às capitais.

Durante a tarde, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) divulgou uma nota em que afirma que a greve dos caminhoneiros foi “extraordinária”, mas que o movimento começa a sofrer um desgaste desnecessário. O documento aponta que a pauta de reivindicações – entre os itens a redução do preço do diesel e uma nova política de preços para os fretes – foi plenamente atendida pelo governo
Santos – Maior terminal portuário da América Latina, o Porto de Santos, porém, ainda está operando com sérias restrições, causando sérios prejuízos a exportadores, importadores, armadores e operadores de terminais. Os embarques de contêineres para exportação estão praticamente paralisados, e os desembarques estão próximos do limite da capacidade de armazenagem dos terminas.
Estimativa do Sindicato das Agências de Navegação Marítima de São Paulo (Sindamar), cerca de 250 mil toneladas deixaram de embarcar no porto até sexta-feira, dia 25, o equivalente a 17,86 mil contêineres, sendo os maiores volumes destinados à Europa, além de Estados Unidos e Ásia.
Com isso, muitos navios que atracaram no por nos últimos dias tiveram que zarpar com muito menos carga do que haviam programado. Os prejuízos às empresas de navegação já passam de US$ 100 milhões desde o início da greve, estima o Sindamar.