Importações e Exportações devem fechar em queda em 2012

Porém, indústria regional vê 2013 com otimismo e Intenção de investimento supera em 5% volume deste ano

As projeções dos números de Viracopos para a carga aérea internacional apontam para queda de cerca de 10% nas importações e mais de 20% nas exportações. Clique e confira os números atualizados das importações e exportações até novembro de 2012

Otimismo – As indústrias da região de Campinas fecham 2012 sentindo que o ano poderia ser bem melhor do que foi. Até outubro, foram cortados 4.550 postos de trabalho e as exportações ficaram 8,1% menores. Mas agora é hora de olhar para frente e as perspectivas para 2013 são bem mais otimistas. Um indicativo que revela essa visão positiva é a intenção de investimentos para o próximo ano das indústrias associadas ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Regional Campinas: R$ 97,75 milhões. O volume é 5% superior aos recursos empenhados este ano, que chegaram a R$ 93,23 milhões.

Os analistas acreditam que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deva chegar a 3% ou 3,5%. Neste ano, os números variam de 0,8% a 1,5%. Os gargalos nacionais de sempre — infraestrutura, alta carga tributária, falta de investimentos em áreas estratégicas, como energia elétrica, juros ainda elevados, excesso de burocracia e o endividamento público — são entraves para uma recuperação mais forte da economia.

O Ciesp apresentou dados de um estudo realizado com as empresas ligadas à entidade sobre o desempenho este ano e as projeções para 2013. O coordenador do curso de Economia da Faculdades de Campinas (Facamp), Rodrigo Sabbatini, afirmou que o Brasil tem um potencial de crescimento da sua economia muito além dos resultados deste ano. “O erro cometido pelo governo no começo do ano passado, ao sinalizar que iria pisar no freio dos investimentos públicos, impactou 2012. As decisões de investimentos são de maturação longa e os industriais apertaram o cinto diante da sinalização do governo”, disse. Ele salientou que este ano a situação foi inversa: o governo adotou medidas para estimular a economia, mas ainda tímidas perto do desafio que o País tem de crescer mais de 5% ao ano para garantir emprego para a população economicamente ativa (PEA). “Comparo a economia a um navio. A desaceleração é gradual e a retomada da aceleração é mais lenta ainda. Eu acredito em um ano de 2013 mais promissor do que 2012, mas não deve ser espetacular como foi 2010”, previu.

Balança Comercial – O diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, disse que o déficit da região até outubro somava US$ 5,7 bilhões. “Mesmo com a mudança do câmbio, as exportações estão caindo. Vários mercados para onde os produtos da região são vendidos estão em declínio. E em outros grandes mercados, como a América do Sul, nós estamos sofrendo uma forte concorrência com produtos asiáticos e europeus”.

 

 

 

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