Importadoras de veículos da Abeifa projetam crescimento em 2020

As importadoras de veículos associadas à Abeifa projetam crescimento das vendas em 2020 após registrar queda de quase 8% do volume de emplacamentos de 2019, que ficou abaixo das 35 mil unidades. Para este ano, a entidade prevê licenciar 42,5 mil veículos importados, representando aumento de 22% no comparativo anual.

O desempenho do setor no ano passado ficou abaixo do previsto pela Abeifa, que esperava vender 40 mil veículos importados. Segundo seu presidente, José Luiz Gandini, o segmento foi fortemente prejudicado pela oscilação e alta constante do dólar ao longo de 2019.

“No segundo ano sem os 30 pontos porcentuais adicionais do IPI do Programa Inovar-Auto, vislumbrávamos obter uma recuperação mais sólida e consistente, mas desta vez a persistente alta do dólar inibiu os nossos negócios em especial no segundo semestre”, avalia o presidente da Abeifa.

Em sua projeção para este ano – com 42,4 mil veículos – a entidade já considera o dólar acima de R$ 4,00. No entanto, Gandini acredita que o câmbio pode oscilar para baixo podendo atingir algo como R$ 3,80 ou R$ 3,90 – neste cenário, a Abeifa trabalha com uma projeção de vendas de até 45 mil unidades. Na média, as 15 associadas projetam 34% de crescimento em 2020.

“A princípio, nossa primeira projeção pode parecer otimista demais diante das estimativas já anunciadas pela indústria [Anfavea] e pelo setor de distribuição [Fenabrave], na casa de 10%. Em nosso caso, porém, o porcentual de crescimento é maior por conta de demanda reprimida de 2019, ano em que o dólar flutuou na média mais próxima aos R$ 4,00.”

Para a produção de suas associadas – BWM, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki – a Abeifa aposta em um volume de 48 mil veículos, crescimento robusto de 47% sobre 2019, ano em que as empresas produziram 33 mil unidades, alta de 39% sobre o ano anterior.

Gandini reforça que o setor de importados segue confiante na intenção do governo em reduzir a taxa do imposto de importação até o fim do mandato atual, embora ainda não haja nenhuma indicação por parte do governo sobre quando e se deve viabilizar essa condição.