Infraero dá início a reestruturação para abertura de capital e carga ainda é foco

Modelo prevê fim de superintendências regionais e metas para aeroportos. Mudanças devem ser concluídas em fevereiro de 2014.

A Infraero, estatal que administra aeroportos, deu início a um dos mais profundos processos de reestruturação desde a sua fundação, em 1973. As mudanças têm o objetivo de preparar a empresa para a abertura de seu capital, algo que há anos vem sendo discutido no governo e que a atual direção espera concretizar até 2016.

Essa reestruturação deve ser concluída até fevereiro de 2014. De acordo com o diretor de Planejamento da Infraero, Mauro Roberto Lima, as principais mudanças vão acontecer na organização da Infraero. E o fim das superintendências regionais é uma delas.

Atualmente a estatal conta com três níveis decisórios: a superintendência de cada um de seus 63 aeroportos, as 9 superintendências regionais e, por fim, a diretoria executiva (sede). Na nova estrutura, as superintendências regionais se transformam em centros de suporte técnico, ou seja, vão apenas dar apoio a projetos e obras em suas áreas. E as decisões serão tomadas pelos aeroportos e pela direção da Infraero.

“Hoje o processo decisório sobe e desce nesses três níveis, o que leva a uma demora. O que estamos fazendo é ligar os aeroportos diretos à sede para que o processo de comunicação das decisões seja mais rápido, mais eficiente”, disse Lima.

Segundo ele, a mudança é necessária para que a Infraero possa competir, no futuro, com os operadores privados de aeroportos que chegaram ao país a partir do leilão dos terminais de Guarulhos, Campinas e Brasília, no ano passado. Essa competição vai aumentar, já que ainda em 2013 o governo deve leiloar os aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG).

 

Carga é foco

Na busca por novos negócios o setor de cargas aparece como um dos focos de investimento da Infraero. Segundo o diretor de Planejamento, um dos alvos da estatal é elevar a arrecadação com serviço de armazenagem e desembaraço de produtos importados ou destinados a exportação.

Hoje, 31 aeroportos sob administração da estatal têm condição para atuar como porto seco, mas em apenas 8 isso acontece de fato. A ideia é aproveitar essa estrutura – e a demora vista nos portos marítimos devido ao excesso de demanda – para ganhar clientes.

Lima citou o exemplo de uma montadora de veículos que importa peças por navio e as transporta, de Santos até o aeroporto de Goiânia, onde então ocorre o desembaraço.

“Na prospecção, esse é um negócio que pode gerar muito retorno para a empresa no futuro. Os terminais e a infraestrutura já estão lá – e estão ociosos”, disse o diretor.

FONTE: Com informações do G1

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