Interior de São Paulo segue com boas novidades nas indústrias

GoPro vai produzir câmeras no Brasil possivelmente com Foxconn como parceira. Primeira fábrica da SAERTEX® na América Latina inicia as operações em Indaiatuba (SP)

A marca de câmeras portáteis GoPro vai começar a produzir no Brasil. A Líder no segmento de vídeo, GoPro fecha parceria com indústria para reduzir preços em 30% e atingir o consumidor brasileiro. A empresa, que abriu capital nos Estados Unidos em junho, fechou parceria com uma fabricante local para trazer a linha de câmeras Hero ao País. O diretor de vendas para a América Latina, Drew Goldman, não quis revelar o nome do parceiro industrial, mas fontes de mercado afirmam que o trabalho poderá ficar a cargo da Foxconn, que tem fábrica em Jundiaí (SP) e é dona de 10% das ações da GoPro.

Parcerias com varejistas locais como o Ponto Frio, Fnac, Fast Shop e Submarino já foram firmadas, e as vendas de produtos montados no País começam hoje, com a chegada às lojas da câmera Hero 3+ Black Edition em versão nacional. “O brasileiro é apaixonado por esportes e redes sociais. É a combinação perfeita para a GoPro”, disse Goldman.

Rivalidade – Criada em 2002 pelo empreendedor Nick Woodman, a empresa revolucionou o mercado de câmeras digitais de vídeo, em um momento que a chegada dos smartphones parecia jogar a pá de cal no setor. Em 2013, a GoPro foi líder mundial do segmento com 30,4% do mercado, vendendo 4,1 milhões de unidades em 2013 – a japonesa Sony fica em segundo lugar, com 20,8% das vendas do último ano.

No segmento de câmeras de ação, entretanto, a vantagem da GoPro é considerável, com 47,5% de market share contra 6,5% da Sony. Os dados são da IDC. No País há mais tempo, a Sony oferece aos consumidores uma concorrente à GoPro: a Action Cam AS15, fabricada no Brasil desde 2013 e no mercado com preço sugerido de R$ 1 mil. “A chegada de uma nova marca ao mercado de câmeras de ação para nós é ótimo para difundir o conceito no País”, diz Carlos Paschoal, diretor local de marketing da Sony.

Segundo o executivo, a GoPro pode aumentar a disputa e fazer crescer o interesse do brasileiro por esse tipo de aparelho. Segundo dados da GfK citados por Paschoal, as câmeras de ação têm cerca de 10% do mercado de filmagem brasileiro. Nos EUA, o setor chega a 33%.

SAERTEX® em Indaiatuba – A primeira fábrica da SAERTEX® na América Latina iniciou as operações no Estado de São Paulo. Componentes abastecerão indústrias eólica, naval e de transportes; Indaiatuba foi a cidade escolhida pela empresa, onde irá gerar 40 empregos diretos. A planta, definida em Indaiatuba, interior de São Paulo fabrica tecidos multiaxiais de fibra de vidro utilizados principalmente nos setores de energia eólica, automotivo, naval, transportes e infraestrutura.

O projeto, que recebeu investimento de R$ 10 milhões e que já emprega 20 pessoas até o momento, recebe apoio da Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos do Governo do Estado ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.

“Ajudamos a empresa a encontrar o local mais adequado para o investimento, e a região de Campinas sempre foi prioridade para eles por conta da proximidade ao Porto de Santos e o aeroporto internacional de Viracopos. A SAERTEX®  vai ajudar a nacionalizar a cadeia de produção de diversas indústrias do Estado, gerando valor agregado a nossos produtos e movimentando a economia”, explica o presidente da Investe SP, Luciano Almeida.

A nova fábrica é a primeira da empresa na América Latina, e foi instalada em uma área total de 3 mil m², sendo 2,5 mil m² de área fabril. Segundo explicou o diretor da unidade, Arnaud Daniel Juchler, há um evidente crescimento do mercado de energia eólica e outros setores que a empresa quer atuar estão crescendo no Brasil, e isso foi o que mais motivou a decisão de investir no País. Além disso, a SAERTEX® já estabeleceu boas relações com clientes brasileiros, que até então importavam os produtos de outras plantas da empresa. Porém, a ideia é avançar na conquista de novos clientes e mercados.

“Temos como planejamento para a SAERTEX®  do Brasil, no ano de 2015, uma capacidade produtiva de 15 mil toneladas para atender as empresas dos segmentos eólico, transportes, náutico e infraestrutura”, afirma o CEO da SAERTEX® USA, LLC Dr. Christian Kissinger. O material profuzido pela SAERTEX Brasil consiste em tecidos que apresentam gramaturas e especificações desenvolvidas de acordo com as necessidades de cada cliente e são utilizados nas pás de geradores de energia eólica, estruturas das asas de aviões, carcaças de ônibus, entre outros.

“Temos hoje uma infraestrutura impecável para receber grandes empreendimentos fabris, como no caso da Saertex, oferecemos incentivos fiscais e todo apoio logístico para implantação de novas indústrias, acrescentando estímulos ao desenvolvimento do município e por consequência do Estado de São Paulo”, disse o prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira.

“A planta foi instalada em local estratégico, com acesso a uma malha ferroviária excelente e que facilita o escoamento das mercadorias. Isso sem falar na mão-de-obra local bem qualificada e o desenvolvimento urbano do município”, afirmou Juchler. Segundo o executivo a fábrica poderá ser expandida no futuro dependendo do crescimento do mercado. Ele explicou também que a prioridade da empresa será atender ao mercado nacional..

Fonte: Estado de São Paulo, Investe SP e Comunicação Estratégica