Investidores retomam interesse por Viracopos

Em meio ao impasse judicial em torno de Viracopos, investidores voltaram a demonstrar interesse pelo aeroporto de Campinas. A revista IstoéDINHEIRO apurou que um fundo americano está avaliando os números e estuda fazer uma proposta. Essa seria a saída com a chamada “solução de mercado”.

Há ao menos outros dois potenciais concorrentes: a gestora de recursos brasileira IG4, em parceria com a suíça Zurich, e o fundo global CVC Capital. A decisão depende das negociações feitas no plano de recuperação judicial da concessionária. O processo envolve uma dívida de R$ 2,9 bilhões e é fundamental para resolver a disputa sobre o contrato de concessão. Segundo ainda a IstoÉDINHEIRO o consórcio administrador, formado por UTC, Triunfo, Egis e a Infraero, tenta também, sem êxito, devolver o ativo, amigavelmente, à União.

No início de janeiro, em entrevista ao Portal G1, o presidente da ABV, Gustavo Müsnich, havia confirmado que, além da Zurich e da IG4, outras empresas estavam interessadas em assumir o aeroporto campineiro

Segundo ele, a possibilidade da venda “é factível”, mas não tem nada confirmado. Por isso, o processo de recuperação judicial segue normalmente e está em fase de contestações por parte dos credores, antes de ir para a assembleia marcada para acontecer provavelmente em 12 de fevereiro, na cidade.

 

Novo Leilão em 2020 – Se nada ocorrer, o secretário de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann, afirmou nessa semana ao Jornal “O Estado de SP”, que o governo publicará, ainda em janeiro, um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) para estudos de viabilidade econômico-financeira de uma eventual nova concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

De acordo com ele, esta é apenas uma preparação para iniciar o projeto de relicitação caso o consórcio que administra o aeroporto atual e potenciais investidores não cheguem a uma solução de mercado.

“O governo é apoiador e entusiasta da solução de mercado para Viracopos”, destacou Glanzmann. “Vamos abrir a PMI para o caso de falência e caducidade, mas não vamos, por enquanto, dar a ordem de serviços. Vamos deixar os interessados apenas habilitados e autorizados a iniciar os estudos”, explicou.

Caso a nova concessão do terminal seja necessária, o secretário estimou que os trâmites durariam cerca de um ano. Assim, o leilão poderia acontecer no início de 2020.

Com informações da Nota publicada na Edição 1105 da Revista IstoÉ Dinheiro,
com colaboração de Felipe Mendes e Gabriel Baldocchi , G1 e Estado de SP.