Ministro dos Transportes dará ênfase a ferrovias e hidrovias

As estradas brasileiras, que hoje respondem por 70% do escoamento da produção nacional, continuarão a protagonizar a malha logística do país, mas perderão cada vez mais espaço com o crescimento dos modais ferroviário e hidroviário. A inversão na matriz logística nacional será a principal busca do Ministério dos Transportes, afirmou o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), que assumiu o ministério no último sábado, substituindo Paulo Sérgio Passos. Na pauta ferroviária inclui-se a realização do leilão do trem-bala entre São Paulo e Rio, marcado para abril. Segundo Nascimento, a licitação está mantida.

Durante seu discurso, Nascimento exaltou a presidente Dilma Rousseff como a maior executiva que já conheceu em seus 30 anos de vida pública e disse estar satisfeito com o orçamento garantido para o ministério. Em 2004, comentou, foram disponibilizados somente R$ 2,4 bilhões para a pasta. Em 2011 serão R$ 21 bilhões, verba impulsionada pela segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Vamos trabalhar para mudar o cenário logístico do país. Infelizmente o modal de transporte brasileiro não é o correto. Não se privilegiou o investimento em ferrovias e hidrovias, mas apenas em rodovias”, disse o ministro, após a solenidade.

O novo ministro dos Transportes não pretende criar uma gestão específica para lidar com as obras ligadas à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada de 2016, mas garantiu que irá acompanhar esses projetos com mais atenção.

Alfredo Nascimento retorna ao Ministério dos Transportes depois de ter deixado o cargo em março de 2010 para concorrer ao governo do Amazonas. Perdeu a disputa para Omar Aziz (PMN). A primeira vez que assumiu o posto foi em 2003, mas deixou a pasta em 2006 para concorrer ao Senado e foi eleito com a maior votação do Estado do Amazonas.

Fonte: Valor Econômico

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