Montadoras instaladas na Região de Campinas não sabem o que é crise no setor

Enquanto a maior parte das montadoras instaladas no Brasil sofre com a com forte retração de vendas e pro­dução em queda (42% em setembro), as japonesas Honda e Toyota, instaladas na região de Campinas, tra­fegam em alta velocidade. As duas montadoras, instala­das em Sumaré e Indaiatuba, respectivamente, produ­zem a todo vapor para dar conta dos pedidos. As duas fabricantes trabalham com hora extra para atender a demanda do mercado.

Honda e Toyota trabalham com um nicho de mercado de veículos com valores intermediários, diferentemente das concorrentes, concentradas em carros mais popu­lares.

Chapas de carro – Na esteira desse desenvolvimento, a Zinkpower investiu R$ 60 milhões e inaugurou uma fábrica de galvanização a fogo em Artur Nogueira, na Região de Campinas (SP). A Planta é primeira da empresa no Brasil e a a Zinkpower, líder mundial em galvanização a fogo pertencente ao grupo austríaco Kopf, inaugurou com investimentos de 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 60 milhões) e a contratação de cerca de 60 funcionários.

A galvanização a fogo é um processo industrial em que o aço é mergulhado no zinco em alta temperatura, criando uma camada protetora contra ferrugem e corrosão. Além do foco na mecanização da colheita de cana, o gerente geral da empresa no Brasil, Martin Feldenheimer, explicou também que hoje em dia, no País, muitas empresas acabam optando por pintar os metais em vez de galvanizar, por ser uma solução mais simples e barata. Porém, a proteção tem um tempo menor de duração. “Hoje, as chapas utilizadas na produção de carros são galvanizadas a fogo, por isso não enferrujam”, disse o gerente-geral da Zinkpower.

“É uma questão praticamente cultural. Enquanto na Europa consome-se de 15 a 20 quilos de zinco per capta, no Brasil o número não chega a 3 quilos. Isso mostra que existe um mercado imenso a ser explorado. Estamos fazendo um trabalho intensivo de divulgação do serviço e conscientização dos clientes, desmistificando o processo de galvanização a zinco. Quem conhece e faz uma vez, acaba fazendo sempre”, disse o executivo.

Com informações: Comunicação Estratégica Campinas