Pacote de concessões de 200 bi para reanimar economia. Veja o pós-anúncio com a repercussão

Com previsão de investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos, o governo federal anunciou a nova fase do Programa de Investimento em Logística (PIL), que vai privatizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. Desse total, R$ 69,2 bilhões devem ser aplicados entre 2015 e 2018, durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Na primeira fase do PIL, anunciada em agosto de 2012, havia a previsão de investimentos de R$ 133 bilhões apenas em rodovias e ferrovias. Entretanto, dos nove trechos de estradas, apenas seis foram leiloados. Dos projetos de ferrovias, nenhum saiu do papel. Para essa nova fase do programa, o governo fez mudanças para atrair os investidores e reduzir as chances de novas frustrações: serão menos projetos.

“Com uma melhor infraestrutura, nós vamos poder atender melhor o setor agropecuário, poderemos escoar mais rapidamente a produção do Brasil. A redução dos custos beneficiará em muito a indústria, reduzindo custos de importação e exportação, promovendo maior integração entre as cadeias globais de valores. Também vamos atender ao aumento do volume de viagens do Brasil, proporcionando melhores serviços”, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, durante o anúncio do pacote.

“São projetos estruturantes que, se realizados, mudam a economia brasileira para sempre”, afirmou Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral

“Nos quase R$ 200 bilhões de investimentos previstos, o plano manteve o foco nos chamados corredores de exportação, com a melhoria de rodovias e construção de ferrovias que fazem ou farão a ligação das zonas produtoras do interior para o litoral. Na prática, a execução do plano significará redução dos custos de logística das empresas, contribuindo para aumentar a competitividade da economia brasileira”, se manifestou a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).