Porto de Santos inicia ano com crescimento e receberá R$187,4 milhões em investimento.

Aprovado pelo Consad, Casemiro Tércio finalmente assume presidência e prega transparência

Maior complexo portuário da América Latina, o Porto de Santos completa 127 anos de atuação em 2019. Sob administração da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e com o intuito de aprimorar ainda mais os serviços prestados, várias obras e intervenções estão previstas, e os investimentos devem chegar na casa dos R$187,4 milhões. A partir disso, a expectativa é que o movimento de mercadorias deste ano seja de 136,4 milhões de toneladas, uma expansão de 3,7% sobre o resultado estimado para 2018.

A movimentação de cargas pelo Porto de Santos no mês de janeiro registrou crescimento de 0,6%, alcançando pouco mais de 9 milhões de toneladas de carga.

Tércio assume o Porto – Tornar o Porto de Santos, no litoral de São Paulo, o melhor da América Latina e protegido contra a corrupção. Esses são dois dos principais objetivos do novo diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio Carvalho, que finalmente assumiu o cargo nesta semana, após ter seu nome aprovado no CONSAD.

Em entrevista ao G1, o engenheiro naval e economista afirmou que, para chegar a tal patamar, será preciso agir de forma estratégica. A começar pelo olhar para dentro da empresa, investindo na melhoria do ambiente de trabalho. Segundo ele, o modelo atual abre brecha para a criação de uma cultura departamental. “É preciso unificação de espaços de trabalho. Hoje a estrutura é muito fatiada”, diz.

Para Carvalho, ser o melhor significa ser um porto eficiente, referência em gestão ambiental e de pessoas, com os menores índices de acidente e avarias de carga.

“A gente quer que a população santista tenha orgulho de ter não só o maior como o melhor porto da América Latina. Será preciso criar normas e regramentos internos que têm como objetivo dar mais transparência à gestão da autoridade portuária e criar um ambiente protegido contra corrupção e qualquer coisa que seja um desvio de ética, de moral”.

Na visão de Carvalho, é preciso pensar não apenas na resolução de problemas a curto prazo. “A gente precisa pensar no Porto de Santos daqui a 10, 20 anos, não só nos próximos quatro”, afirma.