Valinhos, no interior de SP, terá fábrica de grande porte para a fabricação de painéis solares

Foi inaugurada em Valinhos, região metropolitana de Campinas, no interior de São Paulo, a primeira fábrica de painéis solares do Brasil com capacidade de produção em grande escala. Instalada em uma área de 20 mil metros quadrados às margens da rodovia Anhanguera, a Globo Brasil terá capacidade para produzir até 2 mil painéis fotovoltaicos por dia.

Inicialmente, as células de silício cristalino (monocristalino e policristalino), utilizadas nos painéis, serão importadas de países europeus e também da China. Mas a Globo Solar já anunciou planos para instalar também uma fábrica para produção de células fotovoltaicas no país, trazendo uma tecnologia ainda inexistente por aqui.

O investimento total no projeto não foi revelado. Parte dos recursos vieram da agência de fomento do governo do Estado de São Paulo, a Inova São Paulo, e parte do sócio do projeto, o empresário de origem portuguesa Manuel Figueiredo Coelho. O BNDES vai participar com financiamento para clientes interessados nos painéis por meio do cartão BNDES.

Perspectivas – Ainda incipiente, o mercado de painéis solares do Brasil tem estimativas de crescimento nos próximos anos. Além de atender ao mercado residencial, as empresas que produzem os painéis no país têm boas perspectivas de fornecer equipamentos para as usinas de geração de energia solar a serem instaladas Brasil.

Desde o ano passado, o governo federal tem realizado leilões para a compra de energia solar fotovoltaica de reserva por meio leilões, o que tem dado um certo impulso ao setor. No sistema de leilões, o governo compra de forma antecipada uma determinada quantidade de energia a um preço fixo de determinados fornecedores. Uma vez que ganha o leilão, o investidor pode construir a usina com garantia de receita.

O último leilão do setor aconteceu em 28 de agosto. Foram contratados 1.043 megawatts-pico (MWp) de 30 empreendimentos. O preço médio do leilão ficou em R$ 301,79/MWh, refletindo deságio de 13,5% em relação ao preço inicial.

 

Fonte: Época Negócios