Viracopos volta a liberar cargas da ANVISA em até cinco dias

ANVISA FINAL HORIZONTALO Aeroporto Internacional de Viracopos voltou a trabalhar a partir de ontem, 31/03, com prazos de até cinco dias para liberação de cargas especiais, como medicamentos e insumos farmacêuticos, depois de meses com as câmaras frigoríficas cheias. A Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) anunciou no dia 30/03 que a liberação realizada pelos fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a um período que é de praxe no mercado de logística.

Para colocar a casa em ordem, a agência foi obrigada a realizar consecutivas forças-tarefas no aeroporto após decisão judicial que exigia a solução do caos que tinha se instalado no terminal de cargas de Viracopos.

A determinação do Poder Judiciário ocorreu depois que a concessionária entrou com um processo contra a Anvisa para garantir medidas mais efetivas que acabassem com o problema. Em fevereiro, o prazo para liberação das cargas chegou a 71 dias. A concessionária que administra o aeroporto foi obrigada a alugar contêineres frigoríficos para colocar as cargas paradas em decorrência da morosidade da agência. Outro problema foi a fuga de importadores para outros aeroportos com prazos mais ágeis para o desembaraço das mercadorias.

Em nota, o assessor de Relações Institucionais de Viracopos, Carlos Alberto Alcântara, afirmou que o envio de mais servidores reforçou o trabalho de liberação e que outras medidas que a Anvisa deve promover vão minimizar a situação no aeroporto. “O envio de forças-tarefas temporárias são muito importantes a curto-prazo para reforçar o quadro de fiscais e manter a celeridade nos processos de liberação de cargas pela Anvisa, contudo não representam a solução definitiva para o problema, sendo necessário o reforço permanente da capacidade de fiscalização, sem deixar de lado a indispensável modernização do sistema e atualização das normas”, disse. A direção da concessionária destacou que na lista de produtos que ficaram nos estoques em decorrência da falta de fiscais da Anvisa em Viracopos estão insumos farmacêuticos, produtos perecíveis, equipamentos hospitalares e diversas substâncias químicas para a indústria de cosméticos. “O acúmulo de mercadorias chegou a tal nível que, para evitar a operação acima da capacidade de armazenamento, a concessionária foi forçada a locar, emergencialmente, contêineres frigoríficos para garantir a refrigeração das mercadorias”, afirmou.

Com informações do Correio Popular