Bosch pretende ser a número 1 em veículos elétricos
A Bosch está disposta a entrar pesado na era dos veículos elétricos. Uma das maiores fornecedoras de sistemas e soluções para motores a combustão, a empresa alemã quer também se tornar a principal fornecedora de soluções de emissões zero para fabricantes de veículos elétricos.
Com investimentos de quase 400 milhões de euros por ano em eletromobilidade, também pretende competir com a Panasonic, a LG Chem e a Samsung, industrializando a montagem de células de bateria.
“Somos o número 1 no mercado de sistemas de motores a combustão e visamos este ponto também como fornecedor de eletromobilidade”, disse Volkmar Denner, CEO da Bosch, no mês passado. Embora a empresa estime que cerca de 85 milhões de carros construídos em 2025 ainda funcionarão exclusivamente com combustíveis fósseis, acredita que, até lá, cerca de 20 milhões serão híbridos ou veículos elétricos.
De olho nessa demanda futura, a Bosch planeja formar uma unidade de negócios e desenvolver tecnologia de propulsão a partir do próximo ano e, de acordo com os resultados, decidir se deve investir na produção em massa de células de bateria.
Em 2015, a Bosch adquiriu a Seeo, uma empresa americana especializada em células de estado sólido, uma tecnologia que, segundo a fornecedora alemã, oferece um maior grau de segurança. Em caso de acidente, as células da bateria que utilizam eletrólitos líquidos para transportar íons podem ser danificadas e causar vazamento. Uma vez que a reação química não está mais sob controle, o calor gerado pode produzir uma reação em cadeia que resultaria em uma explosão.
A nova unidade de eletromobilidade perseguirá dois objetivos. Como fornecedor de sistemas para a indústria automotiva, quer aumentar a sua eficiência através de medidas como a integração da transmissão, eletrônica de potência e motor elétrico diretamente no eixo de um veículo. Como fornecedor de células de bateria, quer melhorar seu desempenho no nível de química celular e está investindo com o objetivo final de duplicar a densidade de energia de uma bateria até 2020.