Bosch projeta crescer 17% nas exportações do mercado de reposição de autopeças em 2023

Apesar das inconstâncias do mercado e da produção de veículos no Brasil e região nos últimos anos, a divisão Aftermarket da Bosch, aparentemente, não tem do que reclamar. Segundo Delfim Calixto, responsável da empresa pelos mercados de reposição de autopeças da América Latina, 2023 transcorre para ser o terceiro ano consecutivo de crescimento da operação.

“Nossas vendas na América Latina [excluindo os negócios mexicanos, que integram a operação da América do Norte] devem crescer 17% em 2023 “, arrisca o executivo, que recorda o robusto salto de 32% em 2022 sobre 2021.

Especificamente para o Brasil, país que responde praticamente pelas metade das vendas da região, o crescimento estimado para 2023 será ligeiramente menor, algo como 13%. Mas sobre uma base igualmente crescente e que evoluiu mais de 20% por ano desde 2020.

O executivo acredita que os resultados positivos se deveram, em boa medida, à capacidade da empresa de driblar as complicações logísticas e de falta de insumos e componentes geradas pela pandemia, inclusive com a explosão dos custos de transporte e distribuição. Perto de 60% do que a operação comandada por Calixto vende nos diversificados mercados latino-americanos têm origem em linhas importadas de outros continentes e os 40% restantes são exportados do Brasil.

O quadro melhorou, mas nem todos os problemas estão resolvidos. A logística e os custos elevados continuarão como grandes desafios neste ano, apontou Calixto durante a abertura da 15ª edição da Automec em São Paulo, nesta terça-feira, 25.

“A cadeia global de suprimentos está vivenciando o que nós já estamos acostumados aqui no Brasil e na América Latina”, brincou, ao destacar ainda complicações como inflação elevada, mudanças no perfil dos negócios, das tecnologias e os conflitos geopolíticos.