Dachser Brasil inaugura sua filial no Rio de Janeiro
A Dachser, multinacional alemã que atua como operador logístico internacional, anunciou a inauguração do seu novo escritório no Rio de Janeiro a partir de junho de 2013
A empresa adotou a cidade, além do potencial econômico local, devido à sua localização estratégica em função da proximidade com o Porto de Itaguaí e o Porto do Rio de Janeiro. Estes portos são pontos de escoamento e entrada de mercadorias importadas e exportadas para o terceiro maior Estado do Brasil em termos de PIB (Minas Gerais). No município se encontra também o Aeroporto do Galeão, quarto maior terminal de logística do País em volume de carga aérea.
“Nós iniciaremos nossas atividades aqui com o know-how de uma equipe com foco em desembaraço aduaneiro, que requer anuência da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “O setor farmacêutico e hospitalar foram as primeiras demandas atendidas pela nova filial, em contratos assinados logo no início de nossas atividades”, comemora Leonardo Gazen, Gerente da nova Filial Rio de Janeiro
A equipe será composta por profissionais especializados que atuarão nos serviços de Frete Internacional, importação e exportação, e Desembaraço Aduaneiro. Os colaboradores estarão instalados numa área de 100m², no coração da cidade do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco 37, sala 1905.
A economia do Rio de Janeiro, os Jogos 2014 e 2016 – a relação com a logística e o comércio exterior
O mercado brasileiro atravessa um momento de grande visibilidade, especialmente potencializado pelos eventos esportivos mundiais em 2014 (Copa do Mundo FIFA) e 2016 (Olimpíadas). Juntos, os dois encontros já começaram a receber investimentos que podem chegar a US$ 30 bilhões e oportunidades de negócios nas mais diferentes aéreas.
O Estado do Rio de Janeiro, onde se instalará o novo escritório da Dachser, tem recebido investimento na ordem de US$ 102 bilhões até o final de 2013. A maior parte destes recursos será aplicada na área de petróleo e gás natural, embora a economia do estado esteja se diversificando, com o crescimento da indústria farmacêutica na capital e da indústria automobilística na região Sul Fluminense.
Atualmente, segundo dados da Alerj, o Rio de Janeiro detém 85% das reservas brasileiras e responde por mais de 80% das atividades de produção e exploração de petróleo e gás natural, concentrando as empresas de exploração, produção e refino. O Rio também é sede do empreendimento com maior volume de recursos alocados pela Petrobras num único projeto, o Completo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que vai transformar o estado no maior polo petroquímico do Brasil, revolucionando a região, com geração de renda e milhares de empregos. O estado será, em poucos anos, o maior polo siderúrgico do país, com a consolidação das atividades da CSA e instalação de duas novas siderúrgicas.
Com a chegada da Nissan, Peugeot Citroën e MAN, com investimentos que somam R$ 10 bilhões, o Rio de Janeiro caminha para ser também o segundo polo automotivo do Brasil. A indústria naval também está revigorada: 13 sondas das 26 encomendadas pela Petrobras serão construídas no estado (US$ 10 bilhões em encomendas). Dois estaleiros recuperados: Inhaúma e Caneco, e um terceiro (OSX) sendo construído, destinado ao setor de petróleo; além do estaleiro da Marinha do Brasil em parceria com a França, em Itaguaí.
O Rio de Janeiro também vai contar com novo porto – considerado a base do pré-sal – em Itaguaí, a ser operado em parceria entre a Petrobras, CSN, Gerdau e LLX, além do mega projeto do Porto do Açu, que vai gerar cerca de 150 mil empregos e mudar completamente o cenário da região Norte Fluminense.
Já os investimentos públicos no Rio somam R$ 15 bilhões, incluindo Porto Maravilha, Metrô chegando à Zona Oeste, corredores BRTs, aquisição de 30 trens para a Supervia e Arco Metropolitano, entre outros.
Oportunidades para o setor de logística e o 4º aeroporto cargueiro do Brasil
Sob o prisma específico dos jogos 2014 e 2016, muito se discute sobre a obsorção adequada da demanda de pessoas – turistas, profissionais envolvidos, jornalistas, atletas (a estimativa é de 8 milhões de estrangeiros até 2014 e 10 mi até 2016, de acordo com Documento Referencial Turismo no Brasil 2011/2014, elaborado pelo Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas), mas ainda pouco se pensa e age em relação ao fluxo de cargas que o país terá para receber e realizar todas as atividades previstas. Matérias-primas, equipamentos, máquinas, estrutura hoteleira e toda sorte de produtos, combustíveis, alimentos e outras necessidades para a concretização dos eventos. Uma avalanche de containers e, no setor aéreo, os esforços da Infraero para atender toda essa demanda dos terminais cargueiros nos períodos próximos à Copa e às Olimpíadas parece um cenário naturalmente inevitável, mas um temido “apagão logístico“ poderia por em risco os cronogramas comercial, de obras, suprimentos, segurança, saúde etc. Mais do que isso, a ausência de um planejamento logístico por parte das empresas envolvidas pode comprometer as oportunidades comerciais inimitáveis que Copa e Olimpíadas podem proporcionar às instituições e ao mercado brasileiro.
Na cidade, temos ainda o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Maestro Antônio Carlos Jobim – Galeão, o quarto aeroporto cargueiro do Brasil, superado apenas por Guarulhos, Viracopos(Campinas) e Manaus.
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