“O que não se mede, não se administra”: uma avaliação dos bastidores do comércio exterior no Brasil
Por Marcelo de Castro – CEO da EBIMEX e Diretor do SINDASP
Como economista militante no âmbito do comércio exterior e atuando como despachante aduaneiro, sinto-me compelido a expressar minha profunda admiração e reconhecimento por uma pesquisa inovadora, que surgiu originalmente da visão do SINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo. Este estudo avançou graças à colaboração estreita entre organizações associadas à FEADUANEIROS – Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros e à FCA UNICAMP(Universidade de Campinas) – estabelecendo um marco sem precedentes no cenário brasileiro. Este trabalho reflete um avanço significativo na compreensão e valorização do papel do despachante aduaneiro no comércio exterior do Brasil.
Neste estudo, enfrentamos uma questão fundamental: a percepção do mercado sobre a agregação de valor realizada pelos profissionais despachantes aduaneiros. Esta indagação é de suma importância, evidenciando a necessidade do reconhecimento do valor profissional em um mercado que está em constante evolução, como o do comércio exterior. Como dizia um grande Mestre com quem tive a oportunidade de estudar na FGV, “o que não se mede, não se administra”. Esta máxima ressalta a importância de uma abordagem metodológica sólida, que permita uma análise quantitativa e qualitativa do impacto dos despachantes aduaneiros no comércio exterior.
A metodologia adotada neste estudo, que integra análises qualitativas e quantitativas, foi criteriosamente selecionada para capturar a complexidade das percepções e atitudes no setor. Essa abordagem holística é vital para entender não apenas os impactos concretos das mudanças ocorridas no comércio exterior, mas também como essas mudanças estão reformulando a prática profissional dos despachantes aduaneiros.
É notável o pioneirismo desta pesquisa no Brasil. Ela abre novas perspectivas e compreensões sobre o setor, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de estratégias que fortaleçam a atuação dos despachantes aduaneiros tanto no âmbito nacional quanto internacional.
Na minha posição de profissional do setor, reconheço e louvo a relevância e o potencial impacto deste estudo. Ele não só ilumina aspectos até então pouco explorados do comércio exterior brasileiro, mas também atua como um impulsionador para a valorização e o aprimoramento contínuo da profissão de despachante aduaneiro no Brasil. Com respeito e gratidão, parabenizo a todos os envolvidos nesta iniciativa notável.
Por fim, gostaria de enfatizar e encorajar veementemente a participação ativa de importadores, exportadores, tradings e demais atores do comércio exterior nesta pesquisa. A contribuição de cada um desses grupos é crucial para enriquecer os resultados e garantir que o estudo reflita a complexa realidade deste setor, que é vital para a economia nacional. A participação de todos os stakeholders é fundamental para o sucesso e a aplicabilidade dos insights gerados por esta pesquisa de grande importância.
Afinal, o que não se mede, não se administra.
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Marcelo de Castro é CEO da EBIMEX e Diretor do SINDASP