Volkswagen projeta ciclo de investimentos no Brasil e quer crescer entre 5% e 10% em 2024

No ano em que celebrou 70 anos de operação no Brasil a Volkswagen consolidou-se na vice-liderança do mercado, superada apenas pela Fiat. Até novembro as vendas somaram 301 mil unidades, o que garantiu 15,5% de participação de mercado, com destaque para o Polo, automóvel mais vendido, e o T-Cross, o SUV líder em vendas.

Durante encontro com a imprensa, em São Paulo, na segunda-feira, 11/12, o CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, reafirmou que em breve a empresa deverá anunciar um novo plano de investimentos no País, que se somará ao atual plano de R$ 7 bilhões em vigor. O executivo não entrou em pormenores de valores ou destinação específica, mas informações obtidas junto ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC indicam que este novo aporte será próximo a 1 bilhão de euro e poderá incluir o desenvolvimento e a produção local de modelos híbridos, com previsão de lançamento por volta de 2027.

Sobre as futuras tecnologias Ciro Possobom enfatizou que a Volkswagen está se preparando para oferecer ao mercado diversas soluções. Embora o foco ainda seja os motores a combustão a empresa planeja incluir opções elétricas e híbridas em sua oferta. Ele ressaltou a vantagem do Brasil pela disponibilidade de etanol, tornando os carros da Volkswagen amigáveis ao meio ambiente e acessíveis à população.

No curto prazo Possobom acredita que o caminho da indústria automotiva deve passar necessariamente pelos sistemas híbridos. Ele destacou a prudência da empresa, afirmando que uma transição direta para veículos elétricos, aqui, poderia resultar em uma queda significativa no mercado e no fechamento de fábricas. Assim a estratégia da Volkswagen é oferecer aos clientes as três opções: veículos a combustão, híbridos e elétricos.

Quanto ao futuro Possobom expressou otimismo, prevendo um crescimento de 5% a 10% em 2024. Ele atribui este crescimento principalmente à redução da taxa de juros e ao aumento do mercado corporativo. Antecipou que será um ano emocionante e altamente competitivo para a indústria automotiva no País.

Com informações: Autodata