“Portal Único de Comércio Exterior” muda para ajudar empresas

Tempo médio gasto em exportações cairá de 13 para 8 dias, e o das importações, de 17 para 10 dias. Redução de custos estimada chega a US$ 22,8 bilhões ao ano

O governo federal lançou nesta segunda-feira(15), três ferramentas para diminuir a burocracia na exportação e na importação. Os novos mecanismos visam reduzir o tempo gasto pelas empresas nessas operações por meio da substituição de documentos impressos por eletrônicos e automatização de processos que hoje são analisados manualmente. As medidas fazem parte da segunda etapa do programa Portal Único de Comércio Exterior.

A partir de hoje, operações de comércio exterior amparadas no regime de Drawback Isenção Web terão seus processos analisados de forma automática, sem passar por fiscais e sem necessidade de apresentação de cópias em papel.

A modalidade de Drawback Isenção isenta de tributos a reposição de estoque de insumos utilizados na produção de bens exportados. Aproximadamente R$ 58 bilhões foram exportados dentro desse sistema no ano passado, sendo que 75% foram bens industrializados.

Uma das novas ferramentas é a anexação de documentos digitalizados em processos administrados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As cópias, hoje entregues em papel, passarão a ser eletrônicas e terão assinatura digital.

Todas as unidades da Receita poderão usar o sistema a partir de 27 de fevereiro. Já as operações de exportação terão um novo sistema eletrônico.

A interface estará disponível a partir de 19 de janeiro e vai proporcionar recursos que facilitam e agilizam o trabalho das empresas e da aduana.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, todas as ferramentas do Portal Único serão entregues até 2017.

Quando todas as medidas estiverem em vigor, o governo prevê uma redução de 40% no tempo gasto em exportações e importações e uma economia anual de R$ 50 bilhões para as empresas brasileiras.

Para o secretário da Receita Federal, Carlos Barreto, o Portal Único vai integrar os processos e órgãos e permitir ganhos de competitividade para a economia.

Segundo o professor do Centro do Comércio Global e Investimentos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Lucas Ferraz, o tempo médio gasto em exportações cairá de 13 para 8 dias, e o das importações, de 17 para 10 dias.

Com o funcionamento do Portal Único de Comércio Exterior, a redução de custos estimada chega a US$ 22,8 bilhões ao ano, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Com informações: Exame e Conteúdo Estadão

“Em 2014 ampliamos a especialização em novos produtos, como Oil & Gas e Foods”, destaca Ivo Mafra, presidente da DC Logistics, em balanço do ano

SONY DSCO atípico 2014 chega ao fim, depois de meses de um cenário que contemplou política e Copa do Mundo. Para o mercado foi um ano um tanto quanto complicado, que exigiu trabalho árduo para ajustar o atingimento de metas. Para a DC Logistics Brasil foi um ano ainda positivo, com a comemoração dos 20 anos de atuação. O Presidente da empresa, Ivo Mafra, explicou como foram os últimos 12 meses.

Este ano a DC completou 20 anos, tinha projeções de crescimento, as metas foram atingidas?

Tivemos crescimento de 7,5% porem não cumprimos a meta que era crescer 15%.

Em que serviços a DC mais se destacou?

Os serviços de importação aérea e marítima continuam como os mais representativos nas receitas da DC Logistics Brasil.

Como o mercado transcorreu em 2014, e quais as expectativas para 2015?
No primeiro semestre o crescimento foi positivo, acima da meta almejada, mas no segundo, percalços da economia brasileira afetaram também nosso desempenho, bem como o natural acirramento da concorrência.

Que lições foram tiradas do ano que agora termina?

Entendemos que no plano macro será salutar termos uma política econômica que privilegie o mercado, como menor participação do Estado, menor burocracia nas atividades meio, e maior incentivo a empreendedores para investir para gerar empregos e riquezas.

Lembremos que o Estado não gera riquezas e sim despesas que são pagas por todos os cidadãos. Ideal seria um Estado menor como boa alternativa para enfrentar a atual crise.
No plano DC, devemos reforçar a excelência no atendimento e estarmos atentos às melhores oportunidades de negócios.

Como o mercado reagiu neste ano atípico, com Copa do Mundo e eleições?
O mercado trabalha com visão de médio e longo prazo, e na organização da Copa não contemplou os planos iniciais. O chamado legado da Copa ficou muito aquém do que se apregoava. Eleições são sinônimos de paralisia econômica, e pior ainda quando existe a modalidade da reeleição. Assistimos a um show de marketing, onde os reais problemas continuam sendo jogados para gerações futuras. Infelizmente iremos iniciar um novo período com sérios problemas políticos, éticos e econômicos com poucas perspectivas de real mudança.

Que ações/projetos foram os grandes destaques da DC Logistics Brasil este ano?
A comemoração dos 20 anos foi muito gratificante, feedbacks recebidos dos colaboradores, clientes e fornecedores nos sinalizam que estamos na direção correta e que muito precisamos aprender e crescer. Ficamos este ano em determinados segmentos de mercado e ampliamos a especialização em novos produtos, como Oil & Gas e Foods.

 

Fusões e Aquisições movimentam mercado logístico

Uma parceria entre o Portal GPA LogNews e a Master Minds Capital levará aos leitores as últimas notícias sobre fusões e aquisições com impactos no mercado de logística e comércio exterior

A Comfrio Soluções Logísticas, companhia sediada em Bebedouro (SP) e pertencente à Aqua Capital, anunciou que concluiu a aquisição da Stock Tech Logística, com sede em Curitiba. Com a união dessas empresas, o grupo espera obter uma receita superior a R$ 200 milhões ao ano. Os termos não foram revelados.

Já a CH Robinson anunciou acordo para adquirir Freightquote por US$ 365 milhões. A receita bruta da Freightquote está projetada em US$ 623 milhões e EBITDA ajustado de aproximadamente US $ 34 milhões.

 

Fonte: Master Minds – www.mastermindscapital.com 

Portal LogNews voltará na primeira semana de janeiro

Com as datas de circulação prejudicadas pelas datas festivas de final de ano (26/12 e 02/01), optamos em voltar aos disparos de nossa newsletter no dia 08 de janeiro.

Voltaremos com a mesma qualidade e agilidade em informações estratégicas para suas decisões.

Queda do preço do petróleo e “baixa temporada” podem derrubar tarifas nas cias. aéreas cargueiras em 2015

Lufthansa-Cargo-1Em 2015, por conta da queda no petróleo, cias aéreas americanas devem superar recordes de lucro atingidos no final dos anos 90, afirma IATA. Segundo especialista, a queda das tarifas na carga aérea poderá ocorrer nos primeiros meses do próximo ano, no Brasil.

Os preços de combustível em queda e um crescimento econômico mais forte significam que companhias aéreas globais vão registrar suas margens de lucros mais fortes em mais que cinco anos em 2015, disse a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).

A associação baseada em Genebra, que representa cerca de 250 companhias aéreas que são responsáveis por 84 por cento do tráfego aéreo, disse que o lucro líquido vai subir para 25 bilhões de dólares em 2015, resultado numa margem de lucro de 3,2 por cento.

A Iata também elevou sua projeção de lucro para 2014 para 19,9 bilhões de dólares, ante estimativa anterior de 18 bilhões de dólares. Os gastos de companhias aéreas com combustível vão cair para 192 bilhões de dólares em 2015, ante projetados 204 bilhões de dólares neste ano, segundo a Iata.

As operadoras americanas deverão ter o melhor desempenho nos lucros neste ano, com uma renda líquida de US$ 11,9 bilhões que podem atingir US$ 13,2 bilhões em 2015, gerando uma margem de 6 % que ultrapassaria o pico registrado no final da década de 1990.

No Brasil – A queda do preço do petróleo deve derrubar tarifas no transporte de carga aérea no Brasil somente no início de 2015, como afirma Marcos Rossi, Regional Airfreight Head LATAM
DACHSER Brasil. “Apesar da baixa no preço do petróleo, estamos em plena “alta temporada” e reduções efetivas nos custos poderão ser notadas, provavelmente, a partir dos primeiros meses do próximo ano. A América do Sul, por exemplo, nesse momento, está super aquecida com a exportação de produtos perecíveis e os custos de frete permanecem altos”, destaca Rossi. Já na avaliação de Romney Albanez, diretor da empresa de desembaraço aduaneiro e agenciamento de carga “ARN”, o reflexo no processo contrário é imediato. “Quando temos o aumento no preço do petróleo, e o consequente aumento no combustível da aviação, chamado QAV, as empresas aéreas repassam para seus clientes os valores, através de uma cobrança batizada de “fuel surcharge”. Por que não ocorre o inverso?, questiona Albanez. Uma empresa aérea brasileira GOL se manifestou e afirmou que a queda não incidirá em diminuição nos preços das passagens, pois as companhias aéreas estão priorizando a recuperação de margens.

Com informações: Bloomberg, Reuters e UOL