Após crescer 6,1%, indústria do Amazonas aguarda investimentos de 150 milhões para melhorar escoamento da carga e recebimento de insumos
Mercado com terceiro maior crescimento do Brasil espera assinatura de contrato para ampliação de Terminal Aquaviário em Manaus. Processo está no Ministério da Infraestrutura desde 19 de agosto para assinatura.
A Indústria de Manaus apresentou resultado significativo de 6,1% em outubro no comparativo com o mesmo período de 2018. No acumulado dos últimos 12 meses respondeu pelo aumento de 2,3%, segundo divulgação feita nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado do Amazonas teve o terceiro maior avanço (6,1%) no período, atrás de Goiás (11,2%) e Paraná (9,4%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto na última terça-feira (10).
Segundo ainda dados da Secretaria Estadual da Fazenda, são essas industrias responsáveis por 80% das atividades econômicas na região.
Escoamento da carga – Em 2018, somente a Indústria de Manaus movimentou 673.775 contêineres nas margens do Rio Negro. Até o primeiro semestre, foram processados 320 mil TEU’S (medida equivalente a um container de 20 pés). Neste ambiente logístico, as empresas aguardam a decisão da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), vinculada ao Ministério da Infraestrutura, para autorizar a assinatura de um Termo Aditivo de Contrato para ampliação do cais flutuante, entre outras obras, da empresa Super Terminais, operadora local.
Após essas melhorias, a indústria ganhará com o escoamento de produtos e recebimento de insumos, em um processo que se arrasta desde 2014. “Nota-se que esse atraso na assinatura do Termo Aditivo de Contrato pode até afetar as operações das indústrias e, seguramente, aumentam seus custos com a falta de concorrência”, alerta Marcello Di Gregório, diretor da Aurora da Amazônia.
O próprio Ministério da infraestrutura já se manifestou publicamente afirmando que “a obra ampliará a oferta de serviços portuários na Região Norte”, além de prometer celeridade, “pois eventuais demoras resultam em incertezas que podem comprometer investimentos”. Porém, até a presente data, mesmo após a autorização da ANTAQ – agencia reguladora do setor – o contrato ainda não foi autorizado.