Após São José, Siatt estuda fábrica em Caçapava também no Vale do Paraíba

Após anunciar um aporte de R$ 3 bilhões de investimentos para reestruturação e expansão de suas instalações em São José dos Campos, a empresa Siatt (Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico) estuda a construção de uma nova fábrica em Caçapava.

O anúncio do aporte do Grupo Edge, conglomerado estatal dos Emirados Árabes Unidos que integra o quadro acionário da Siatt, foi confirmado em 15 de janeiro deste ano.

As atividades da empresa que hoje operam no PIT (Parque de Inovação Tecnológica) serão transferidas para uma área próxima à Rodovia Presidente Dutra, no bairro Limoeiro, na região oeste. A expansão deve ser concluída em dois anos.

Defesa – A Siatt é certificada como EED (Empresa Estratégica de Defesa) pelo Ministério de Defesa do Brasil e possui longo histórico de projetos em colaboração com a Marinha e o Exército.

A empresa projeta, desenvolve e fabrica sistemas integrados com alto valor tecnológico, para atender os mercados nacional e internacional, com desenvolvimento tecnológico agregado de última geração em setores estratégicos.

Em nota, a Siatt informou que mantém o projeto de expansão de sua sede em São José dos Campos. E que se manifestará sobre Caçapava “após a conclusão do processo”.

Alterações – Trata-se de mudanças na legislação da cidade para que a Siatt possa desenvolver o tipo de negócio na área de defesa num terreno de Caçapava, na divisa com Jambeiro.

Para tanto, os vereadores aprovaram alterações nas regras de uso e ocupação do solo em Caçapava. A mudança abre caminho para a instalação da Siatt em Caçapava, em um terreno de 800 mil metros quadrados, dos quais 150 mil seriam usados para as instalações.

Em nota, a Prefeitura de Caçapava disse que foi procurada pela Siatt, no final do ano passado, e que a empresa tinha interesse em construir uma fábrica em um terreno privado da cidade para sua linha de montagem do produto final.

Sem benefícios – “O município não ofereceu nenhuma condição especial à empresa, como isenção de impostos ou doação de terreno, mas entendeu que a vinda desta traria benefícios fiscais (com projeção de arrecadação de ICMS em torno de R$ 20 milhões ao ano), geração de empregos e, sobretudo, atenderia os anseios da população de atração de novas empresas”, informou a prefeitura.

A administração municipal confirmou alterações na Lei de Zoneamento e aguarda mudanças no Plano Diretor, ambas para atender a Siatt.

“A Prefeitura esclarece que as medidas têm como prioridade o interesse público para o desenvolvimento e o progresso do município, que depende da instalação de novas empresas para a geração de renda e investimentos em serviços. Todas as alterações foram previstas respeitando-se os princípios da sustentabilidade.”

 Fonte: https://sampi.net.br