Medley estreia em mercado que movimenta R$ 1,4 bilhão

A Medley, divisão de genéricos da farmacêutica francesa Sanofi, estreia na categoria de suplementos e inicia, neste mês de julho, as vendas do multivitamínico VitaMedley. A informação foi dada pela diretora-geral Joana Adissi em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico (foto)

Trata-se da maior inovação da companhia para este ano, que chega ao mercado em um momento de alta nesse segmento, que movimenta R$ 1,4 bilhão no Brasil”, comenta a executiva. O setor de suplementos vitamínicos (foto Panorama Farmacêutico) já estava no radar da farmacêutica muito antes do novo coronavírus e a entrada no mercado nesse cenário representou uma “coincidência estratégica”.

“A procura por produtos de prevenção avançou 11,5% nos últimos quatro anos e, no pós-pandemia, essa categoria tende a registrar um crescimento ainda mais acelerado”, acredita. Segundo a executiva, o grande diferencial do produto está no custo-benefício. Com preço médio de R$ 35,99, o suplemento não figura no segmento super premium, posicionando-se num patamar intermediário.

“O multivitamínico traz benefícios tanto ao consumidor como para o trade, pois é um item de giro elevado no autosserviço e que contará com o peso da nossa marca”, acrescenta. Em outubro, a companhia lançará uma extensão da família do VitaMedley. Ao todo, a empresa somará dez lançamentos, entre medicamentos e suplementos, neste segundo semestre.

Mercado de genéricos pós-pandemia – Segmento que mais cresce em momentos de crise, os medicamentos genéricos vêm apresentando um crescimento de dois dígitos nos últimos cinco anos. “O impacto econômico provocado pela Covid-19 pode levar até três anos para ser gerenciado, o que eleva a importância dos genéricos”, observa.

A Medley, que tem faturamento bruto de R$ 1 bilhão, desenhou um plano robusto de inovação para os próximos dez anos para alavancar o segmento. Para isso, destinou um orçamento de R$ 30 milhões em pesquisa no Centro de Desenvolvimento localizado em Campinas (SP).

Nesse primeiro semestre, a empresa observou uma variação nas vendas de seus produtos âncoras, com aumento de mais de 200% na demanda pela azitromicina e dipirona. Medicamentos para ansiedade e depressão também apresentaram alto giro, enquanto a categoria de gastro teve retração.  O ibuprofeno também conviveu com dúvidas relacionadas ao uso por pacientes com o novo coronavírus.

Produção de insumos – Para uma multinacional de origem europeia, que trabalha em euro, a Medley foi afetada diretamente com a variação cambial. “Com o fechamento do mercado da China e Índia, tivemos que usar a influência da Sanofi para conseguir algumas liberações de documentação e frete, principalmente para os itens que são mais cruciais para evitar desabastecimento”, explica a executiva. Segundo ela, a companhia está atuando com estoques de segurança e, por ora, isso não está impactando na produção.

Setor automotivo brasileiro deve receber três fábricas

Ao menos três empresas do setor automotivo anunciaram, nas últimas duas semanas, o fechamento de fábricas na Argentina e a migração das operações para o Brasil. Primeiramente foram a Basf e a Axalta, companhias que produziam tintas e resinas para automóveis, a anunciar a migração na semana passada. Agora, a Saint-Gobain Sekurit, de origem francesa, fechou um acordo de demissão para seus 150 funcionários. A planta, especializada na produção de vidros para para-brisa, será incorporada pela subsidiária brasileira.

As decisões colocam em xeque a política industrial do atual presidente do país, Alberto Fernandez. A Saint-Gobain montou a fábrica em 2016 ao custo de 200 milhões de dólares, num acordo com o ex-ocupante da Casa Rosada, Mauricio Macri.

Em novembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, de forma atabalhoada, que o governo havia mapeado empresas que estavam dispostas a trocar a Argentina pelo Brasil.

Em publicação no Twitter, ele afirmou que as multinacionais Honda, MWM e L’Óreal decidiram cruzar a fronteira, citando uma “nova confiabilidade do investidor” no país que ajudará a criar novos empregos. Dada a repercussão negativa da publicação, cerca de uma hora depois, a postagem foi apagada. A VEJA, a L’Oréal afirmou que “produz na Argentina em parceria com um fabricante local e que não há planos para mudar isso.

A Argentina não vive o momento de crise que sofreu entre os anos 1990 e 2010. No entanto, a deterioração dos fundamentos econômicos locais permanece. Ao início desta década, era possível comprar 1 dólar perfazendo uma desvalorização de 1,675% no período.

Após a publicação, a Saint-Gobain Sekurit enviou uma nota. Segundo a empresa, a suspensão temporária da produção para o segmento de OEM (vidro automotivo), necessária para garantir a sustentabilidade da empresa, não põe um fim da companhia francesa às operações na Argentina e mantém “seus ativos industriais na Argentina, na expectativa de uma possível retomada do mercado”. “A empresa permanece atuando no país, atendendo ao mercado de reposição. Além disso, parte dos volumes produzidos para o mercado OEM da Argentina foram transferidos para o Brasil, temporariamente. A Sekurit garante a continuidade das operações na Argentina, mantendo as atividades da unidade localizada em Tortuguitas, bem como seu compromisso com o mercado local”, afirmou.

Após recorde no Porto de Santos, novo delegado da Receita Federal defende controle aduaneiro remoto

O auditor-fiscal Richard Fernando Amoedo Neubarth assumiu no início deste mês o cargo de novo Delegado da Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Ele substituiu o auditor-fiscal Cleiton Alves dos Santos João Simões, que exercia a função de delegado e já havia anunciado a saída em fevereiro deste ano. Na época, Simões revelou que um programa de seleção para a escolha do novo delegado já estava em andamento.

Neubarth assumiu há pouco mais de duas semanas o maior porto da América Latina e já defende um maior uso da tecnologia para aprimorar os processos da Aduana no local. A declaração foi feita durante o Webinar Porto&Mar 2020, ocorrido na última terça-feira(14), citando, inclusive, que se valerá do Centro de Conferência Remota (CONFERE) para fiscalização e para reforçar o controle aduaneiro.

 

Recorde – Porto de Santos registrou em junho o quinto recorde consecutivo mensal ao movimentar 12,3 milhões de toneladas, alta de 6,2% sobre igual período de 2019. O resultado foi impulsionado pelo bom desempenho dos embarques, que avançaram 14,6%, para 9,4 milhões de toneladas, puxados especialmente pelas exportações de commodities agrícolas, o que compensou o recuo de 14,3% nos desembarques no mês.

Entre os embarques, destaque para o complexo soja, cujas exportações aumentaram 54,8%, para 3,9 milhões de toneladas, e para os embarques de açúcar, que saltaram 58,6%, para 2 milhões de toneladas. Outra carga que teve bom desempenho em junho foi a celulose, com alta de 26,2%, para 492,7 mil toneladas.

Já a movimentação de contêineres recuou 13,5%, para 309 mil TEUs, refletindo o impacto da pandemia nas trocas comerciais internacionais. Movimento que ainda não foi suficiente para afetar o comportamento da carga no primeiro semestre. No acumulado do ano, foram movimentados 2 milhões de TEUs, avanço de 4,3% na comparação com igual período de 2019.

“Os bons números do porto refletem a pujança do agronegócio e o efeito favorável do câmbio para as exportações. No acumulado do ano, também o contêiner, que movimenta as cargas de maior valor agregado e as mais afetadas pela pandemia, registra avanço importante. Isso não seria possível sem os ganhos de eficiência que o porto vem apresentando a partir dos investimentos na infraestrutura pública, pela SPA, e privada, pelos terminais”, disse Fernando Biral, presidente da Santos Port Authority (SPA).

No cômputo geral de cargas do primeiro semestre, o porto também bateu recorde ao atingir a marca histórica de 70,3 milhões de toneladas, avanço de 10,6% sobre janeiro-junho de 2019, resultado das altas de 13,9% e de 2,6% das exportações e importações, respectivamente.

Honda retoma produção de carros; todas as fábricas no País voltaram a operar

A Honda anunciou na segunda-feira, 13, que retomou as atividades produtivas em suas fábricas localizadas em Sumaré e Itirapina, no interior de São Paulo. Eram as duas únicas plantas de veículos no País que ainda estavam paradas. Com isso, a partir de agora, todas as montadoras voltaram a produzir após paralisações forçadas pela pandemia de Covid-19, que duraram de apenas um mês (caso de fabricantes de máquinas agrícolas e caminhões) a até quatro meses, como aconteceu com a Honda, que até então havia se limitado a fabricar componentes de motores para atender ao mercado externo.

As linhas das unidades paulistas estão voltando a operar gradativamente, de acordo com a implantação dos protocolos de saúde e de segurança que estão sendo adotados pela Honda em todas as suas fábricas ao redor do mundo. Os procedimentos envolvem ações preventivas desde a saída do funcionário de sua casa até o trabalho, incluindo o percurso em ônibus fretado.

Medição de temperatura na entrada, horários diferenciados, reorganização dos espaços e limitação no número de pessoas são algumas das medidas adotadas, além de definição de distanciamento em locais como linhas de produção, salas de reunião e até no transporte fretado. Métodos mais rigorosos de higienização pessoal, limpeza e sanitização dos ambientes, além de uso de máscara em tempo integral, foram outros procedimentos que passaram a ser exigidos nas unidades.

Inaugurada em 2019, a fábrica de Itirapina vai concentrar a produção de todos os modelos nacionais da Honda a partir de 2021, enquanto a planta de Sumaré será convertida em centro de produção de motores e outros componentes, além de sediar o desenvolvimento de produtos e a gestão dos negócios do grupo. Atualmente, a Honda do Brasil soma cerca de 2 milhões de automóveis produzidos desde 1997.

Mais um nome confirmado para debater a “retomada” no Live Comex. Confira e faça sua inscrição.

Mais um nome confirmado para a primeira Live Comex: Kelem Jordão. Doutoranda pela UNICAMP em Smart Cities, ela é Mestre em Infraestrutura Urbana pela PUC Campinas e atua na IBM, multinacional de soluções cognitivas na nuvem. Kelem agregará muita qualidade ao debate Agora Metrópole, como Campinas pode liderar a retomada do Comex, da Logística e o futuro de Viracopos”, trazendo sua experiência para o encontro.

Ela se junta a grandes nomes como Josmar Cappa – ele que possui pós-doutorado pela UNICAMP sobre infraestrutura aeroportuária e desenvolvimento regional e autor do Livro “Cidades e aeroportos no século XXI”, Anselmo Riso, diretor de Comércio Exterior do CIESP Campinas (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e Elson Isayama, Vice-presidente do SINDASP (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo.

  • Qual o conceito de Metrópole e Aerotrópole e seus impactos na retomada?
  • Quais são as expectativas da indústria na retomada?
  • Como o potencial da Região de abrangência pode influenciar na retomada?
  • A infraestrutura logística está pronta para a retomada?
  • O aeroporto de Viracopos continuará a oferecer serviços de qualidade?
  • Como os órgãos anuente e os demais agentes podem contribuir para a manutenção de dados estatísticos recordes atingidos hoje em Viracopos, como velocidade e volume?
  • Estas e outras variáveis serão debatidas

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com uma nova metrópole: Campinas, no interior de São Paulo. A segunda maior cidade paulista, a novidade fica por conta desta ser o primeiro arranjo populacional a ser considerado metrópole no País sem ser uma capital estadual. Campinas é um polo tecnológico muito importante e está localizada num importante eixo logístico para a economia brasileira, cortada por algumas das mais importantes rodovias do País e sede do Aeroporto de Viracopos.

Por sinal, o terminal de Campinas é hoje o maior aeroporto do país em quantidade de Declarações de Importação (segundo lugar entre todas as unidades atrás do Porto de Santos), o maior em valor de Declarações de Importação e o maior em quantidade de Declarações de Exportação.

FICHA TÉCNICA

LIVE COMEXAgora Metrópole, como Campinas pode liderar a retomada do Comex, da Logística e o futuro de Viracopos”

Data: 24/07/2020 – sexta-feira

Horário: 11h às 12h

INSCRIÇÕES GRATUITAS: credenciamento@livecomex.com.br