Coronavírus já afeta prazos nas importações e exportações para a China

Gigantes aéreas como British Airways, American e Lufthansa suspendem voos para China. TCEX trabalha para se antecipar ao novo momento.

Mais de 20 empresas aéreas cancelaram seus voos para a China por conta do coronavírus. Todas tomaram a decisão após forte queda na procura pelas viagens para a o Pais e disseram que os passageiros serão informados dos cancelamentos e poderão remanejar suas viagens. Na esteira dessa decisão, as cargas aéreas sofrem impactos também. Muitos operadores e agentes de carga utilizam o porão de bagagem dessas aeronaves para o transporte de carga. Isso, sem contar os reflexos sobre as interferências nas rotas de aviões “cargueiros puros”.

A British informou que os cancelamentos estão em vigor até 31 de janeiro, enquanto a empresa avalia a situação. A alemã Lufthansa disse em comunicado que vai suspender os voos da Swiss e da Austrian Airlines – que pertencem ao grupo – de e para a China até 9 de fevereiro. A companhia também deixará de aceitar reservas para a China continental até o final de próximo mês. No entanto, manterá a voar para Hong Kong.

A TCEX – operador logístico internacional com Sede em Campinas(SP) – realiza um completo monitoramento da nova situação. “Nossos esforços neste momento visam minimizar os impactos sobre nossos clientes que operam com o mercado asiático. Acompanharemos a situação e buscaremos em conjunto alternativas possíveis nesse momento”, assegurou Elson Isayama, diretor da TCEX Logística.

Confira abaixo as principais empresas aéreas e seus respectivos status:

BRITISH AIRWAYS

Suspendeu os voos para a China continental até 31 de janeiro, quando avaliará a situação (ainda não divulgada até o fechamento dessa matéria).

AMERICAN

As viagens ficam suspensas do dia 9 de fevereiro até 27 de março. A aérea, entretanto, vai seguir operando voos de Los Angeles para Hong Kong.

UNITED

A americana, com sede em Chicago, disse que suspendeu 24 voos  para Pequim, Hong Kong e Xangai entre 1º e 8 de fevereiro, devido a uma queda significativa na demanda.

LUFTHANSA

A aérea alemã suspendeu voos da Swiss e da Austrian Airlines de e para a China até 9 de fevereiro. A companhia aérea continua a voar para Hong Kong, mas vai parar de aceitar reservas para voos para a China continental até o final de próximo mês.

AIR CANADA

Cancelou alguns voos para a China com o objetivo de coordenar melhor a capacidade com a demanda esperada.

A única empresa brasileira que oferece voos para o país em parceria com grupos internacionais, a Latam diz estar no momento monitorando os desdobramentos.

Meritor investe 200 milhões em nova fábrica no Vale do Paraíba

A Meritor, empresa americana fabricante de eixos de transmissão para veículos pesados, anunciou um investimento de R$ 200 milhões para a construção de sua segunda unidade no estado de São Paulo. A empresa que já está em Osasco há 64 anos, erguerá uma nova fábrica de 160.000 m² em Roseira no Vale do Paraíba.

“Estamos expandindo nossas linhas de produção, pois esperamos que o mercado brasileiro continue em recuperação progressiva. Nosso objetivo é atender à meta estratégica da Meritor global de crescer como líder de mercado, oferecendo o melhor serviço”, afirmou Adalberto Momi, diretor geral da Meritor no Brasil. “Essa nova fábrica ajudará a empresa a superar as expectativas dos clientes, acompanhando o crescimento previsto do mercado”.

A InvestSP prestou consultoria ambiental, de infraestrutura, tributária e apoio na localização de terrenos que atendessem as necessidades do projeto da Meritor. A escolha da cidade de Roseira ocorreu devido a sua localização no Vale do Paraíba. A região é considerada estratégica para a empresa, pois liga os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

“A equipe da InvestSP trabalhou muito para que a Meritor tomasse a decisão de abrir sua nova fábrica no estado de São Paulo. O aporte mostra a confiança da empresa no setor automotivo paulista, que continua atraindo novos e importantes investimentos” disse o presidente da InvestSP, Wilson Mello.

A unidade fábril de Roseira representará um dos maiores investimentos da Meritor em uma instalação global nas últimas duas décadas. Prova do compromisso da empresa em atender ao crescimento da indústria de veículos comerciais do Brasil. “Estamos muito confiantes e empolgados com esta nova fase que começamos em 2020”, comenta o diretor geral da Meritor no Brasil.

A fábrica de Osasco, que completou 64 anos, é considerada pioneira na fabricação de componentes e eixos para o mercado de veículos comerciais. Porém, sua localização atual no centro da cidade e as restrições de tráfego e logística não suportam mais expansões, impulsionando assim a decisão de investir em uma nova fábrica.

Detalhes do Projeto – O início da construção da nova fábrica está previsto para março de 2020 e deve durar aproximadamente 13 meses, com inauguração em abril de 2021. O prédio industrial de 30.000 m² incluirá linhas de produção modernas baseadas nos sistemas da Indústria 4.0 – com foco nos princípios de segurança e sustentabilidade – que estão sendo implementados mundialmente.

Movimento de cargas e aeronaves caem no Aerporto Guarulhos em 2019

A Invepar (IVPR4B), concessionária que é sócia do Aeroporto de Guarulhos, o maior do Brasil e segundo maior da América Latina, divulgou os dados operacionais do seu balanço, mostrando que em 2019 houve queda no movimento de cargas e no número de aeronaves que usaram o aeroporto.

Segundo dados preliminares da Invepar, o movimento total de cargas em 2019 foi de 285,6 mil toneladas em Guarulhos, uma queda de 6,4% sobre as 305,2 mil toneladas movimentadas em 2018. A tonelagem de carga movimentada também caiu no quarto trimestre do ano passado: foram 72,5 mil toneladas, recuo de 6,8% sobre o quarto trimestre de 2018.  Os dados mostram que o número de aeronaves que usaram Guarulhos em 2019 foi de 292 mil, uma leve queda de 0,7% sobre as 293,9 mil que usaram Cumbica em 2018.

Os dados relativos a Guarulhos mostram, contudo, que houve aumento no número de passageiros em 2019. Segundo a Invepar, 43 milhões de pessoas usaram o aeroporto no ano passado, ante 42,2 milhões de passageiros em 2018.

A Invepar também administra o Metrô do Rio de Janeiro, o VLT da capital fluminense e a Linha Amarela. Recentemente, a empresa negou que esteja em seus planos a venda da sua participação em Guarulhos, que é seu ativo mais importante.

Auditores da Receita Federal recebem kits contra coronavírus no Aeroporto de Viracopos

Profissionais do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), receberam nesta quinta-feira (30) kits para se protegerem contra o coronavírus. Cada kit inclui uma bisnaga de álcool em gel, três máscaras e seis pares de luvas, além de folhetos com instruções sobre os principais sintomas e formas de transmissão da doença. Paulínia (SP) registrou um caso suspeito e o paciente está sendo monitorado.

Os equipamentos atendem 18 auditores da Receita Federal, que têm risco de exposição ao vírus devido ao trabalho direto com aeronaves, bagagens e passageiros de voos internacionais.

Em Viracopos não há voos diretos para a China, mas recebe aeronaves em conexões.

“O aeroporto recebe voos de Portugal e não temos como saber se o passageiro teve alguma conexão interna e passou por algum país de risco. Temos essa exposição de risco e o sindicato, preocupado com a repercussão, se prontificou a disponibilizar esses kits. Mais uma forma de prevenção”, explicou o auditor da Receita Federal, Emanuel Boschetti.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que os casos do novo coronavírus 2019 n-CoV são emergência global. São milhares de infecções na China e em 18 países. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.

 

Fonte: globo.com

Governo de SP lança programa para capacitar exportadores

Cargo containers

O Governador João Doria lançou nesta quinta-feira (30) o Exporta SP, Programa Paulista de Capacitação para Exportações, que vai preparar empresas de micro, pequeno e médio portes para acessar o mercado internacional. A meta do projeto é qualificar 150 empresas este ano e chegar a 1.200 até 2024, fazendo com que um número maior de companhias passe a exportar os produtos de origem paulista. O programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico em parceria com a InvestSP.

“Os resultados que obtivemos ao longo de 2019 validam todo esforço que estamos fazendo agora em 2020. No ano passado ainda haviam expectativas sobre o desempenho da economia de São Paulo. E, ao termino de 2019, da expectativa passamos a certeza. Os dados do Ipea demonstram que a economia de São Paulo cresceu mais de duas vezes e meia que a do país”, comentou o Governador João Doria. “Uma visão liberal de governo, políticas públicas claras, programas de capitação de investimentos externos, desenvolvimento econômico com políticas corretas, desoneração fiscal sem guerra fiscal”, listou João Doria sobre medidas tomadas nessa gestão.

O Exporta SP será o maior programa de capacitação para exportações já executado no Estado, incluindo pela primeira vez startups e o setor de serviços em seu escopo de atuação. Poderão participar micro, pequenas e médias empresas que ainda não exportam ou que já atuam no comércio internacional e queiram expandir seus mercados.

“Esse programa é um meio para que o crescimento econômico se torne prioridade em São Paulo. Das empresas que exportam hoje no Brasil, 45% delas são de São Paulo. E temos potencial para muito mais, 63% dos municípios paulistas possuem registro para exportação, contudo o volume de exportação está concentrado em 10% dos municípios”, comentou Patricia Ellen, Secretária de Desenvolvimento Econômico. “Temos compromisso em potencializar a exportação de alta qualidade e fazer com que São Paulo seja uma porta para a América Latina e para o mundo”, destacou.

“O Estado de São Paulo tem hoje 10 mil empresas que já mantém algum tipo de relação comercial com outros países, sendo que 98% são micro, pequenas e médias empresas. No entanto, 18% delas encerram as atividades após o primeiro ano. Capacitar essas empresas para exportar é um dos caminhos para aumentar a competitividade dessas empresas e reduzir essa taxa de mortalidade”, afirmou Wilson Mello, presidente da InvestSP.

Funcionamento do Exporta SP – O novo programa prevê a descentralização dos serviços de exportação do Estado, ainda muito concentrado na capital. A capacitação terá uma duração de 5 meses por turma e abordará os temas que mais desafiam os empresários no processo de internacionalização de seus produtos e serviços. Conteúdos sobre inteligência comercial, formação de preços, adequação de produtos e serviços, planos de negócios, marketing e vendas, ministrados por especialistas da Fundação Instituto de Administração (FIA).

Para participar, as empresas precisarão se cadastrar no site da InvestSP e passar por um processo de seleção, que avaliará o atual estágio para acesso ao mercado externo. Após a seleção, a empresa receberá a visita de um tutor que irá prepará-la para cumprir todas as etapas do treinamento.

 

O programa – Ao longo do projeto, o empreendedor terá aulas presenciais e acesso à plataforma online de conteúdo chamado AVA (Ambiente Virtual de Aula), que utiliza o modelo Canvas, a ferramenta mais utilizada atualmente para planejamento de negócios. Também serão realizados workshops regionais, que auxiliarão os participantes a construir uma rede de contatos de empresários que buscam a inserção no mercado internacional.

Depois de concluída a fase de treinamento, as empresas continuarão sendo monitoradas pela equipe de promoção de exportações da InvestSP. A fase de acompanhamento terá duração de 2 anos. Nesse período, serão feitos diagnósticos semestrais para verificar se o plano de ação elaborado durante a capacitação está sendo implementado corretamente. Outra vantagem para as empresas é manter o acesso aos parceiros da InvestSP, que facilitam o contato dos empresários com compradores de outros países.

“A InvestSP elaborou a metodologia do Exporta SP para responder às necessidades específicas das regiões paulistas, trazendo, também, aprendizados da experiência na execução do PEIEX da Apex-Brasil. No esforço para a difusão da cultura exportadora é imprescindível contar com a colaboração de outras entidades públicas e privadas. Assim, agradecemos a todas as instituições que já colaboraram para o lançamento deste programa e deixo as portas abertas para que outros órgãos unam-se ao nosso trabalho”, finalizou o vice-presidente da InvestSP, Torquato Jardim.