Brasil, hoje o 6º maior mercado de aviação do mundo, pode facilmente se tornar o 3º no ranking mundial, diz Ministro Tarcísio

Honeywell lança primeiro Centro de Serviços para Aviação na América Latina

A Honeywell (NYSE: HON) inaugurou seu primeiro Centro de Serviços e Manutenção para aviação em São José dos Campos, cidade localizada a 94 km da capital paulista. No local, a companhia oferece diversos serviços, como substituição de peças, reparos e revisões de equipamentos aeronáuticos.

“O novo Centro de Serviço e Manutenção é um dos poucos locais preparados para oferecer apoio especializado às empresas do setor, incluindo os segmentos de aviação executiva, comercial, de defesa e geral”, disse Laurent Memvielle, Vice-presidente e Gerente Geral da área de Aeroespacial da Honeywell na América Latina. “Este lançamento é um passo importante para a expansão das operações da companhia no Brasil, onde temos o objetivo de desenvolver cada vez mais facilidades e atender às demandas dos nossos clientes de forma rápida e eficiente”, completou Memvielle.

São José dos Campos foi a cidade escolhida pela tradição no mercado da aviação e pela proximidade estratégica da Embraer e da cidade de São Paulo, além de outros centros urbanos da região sudeste, onde estão localizadas as principais companhias áreas do País. O Centro de Serviços e Manutenção está localizado em uma área de 500m², no Parque Tecnológico de São José dos Campos.

A divisão Aerospace é uma das quatro unidades de negócios da Honeywell e foi responsável por inovações na aviação, como o primeiro controle de voo com piloto automático e o primeiro sistema de radar meteorológico comercial. No total, o portfólio da companhia conta com 84 linhas de produtos focadas em criar aviões mais econômicos, práticos e que respeitem o meio ambiente.

Mercado de aviação brasileiro pode chegar a terceiro maior do mundo – Em reunião realizada com investidores na embaixada da Espanha no início de junho, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, comentou o forte potencial de crescimento do mercado nacional. Ele destacou que o Brasil, hoje o 6º maior mercado de aviação do mundo, pode facilmente se tornar o 3º no ranking mundial.

Segundo dados do relatório de Demanda e Oferta do Transporte Aéreo, divulgado pela ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, em janeiro deste ano, mais de 103 milhões de passageiros foram transportados em voos domésticos por companhias aéreas brasileiras em 2018, 4,1% a mais que no ano anterior.

Em relação ao mercado internacional, o mesmo documento mostra que, em 2018, o número de passageiros que voaram em companhias brasileiras com destinos internacionais aumentou 11,9% quando comparado a 2017. A Abear, Associação Brasileira das Empresas Aéreas, destaca que esse crescimento da demanda e do volume de passageiros no mercado doméstico vem sendo registrado por 26 meses consecutivos (dados de maio de 2019).

Exportações brasileiras crescem acima da média mundial e Ministro ainda prevê avanço com Portal Único

Cargo containers

O Brasil ampliou seu percentual de participação nas exportações mundiais em 2017. O dado integra o relatório “Trade and Statistics Outlook” divulgado nesta quinta-feira(01) pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

O documento aponta que o comércio mundial apresentou o maior crescimento em volume em seis anos, ao registrar uma expansão de 4,7%, no ano passado. Em valor, as exportações mundiais aumentaram 10,6%.

O Brasil registrou aumento acima da média mundial. As exportações brasileiras, cresceram 17,5 % em valor, em 2017, depois de cinco anos de quedas consecutivas. O resultado levou à ampliação da participação brasileira nas vendas mundiais para 1,23% do total – contra 1,16% em 2016. O índice de 2017 para o Brasil é o maior desde 2013, quando chegou a 1,28%.

O relatório também mostra que o crescimento das vendas brasileiras ao exterior, no período, foi o 6º mais expressivo entre os trinta maiores exportadores – na frente de países como Estados Unidos, China, Alemanha, México e Índia.

Para o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Abrão Neto, o bom resultado do Brasil reflete “o crescimento da demanda mundial, que aqueceu o apetite por produtos nos quais o Brasil é competitivo”. O secretário também atribuiu o resultado a outros fatores como a safra agrícola recorde, o crescimento da produção de petróleo e o desempenho favorável das exportações de bens manufaturados, como do setor automotivo. Em 2017, a indústria brasileira bateu recorde histórico ao exportar 791 mil automóveis e veículos de cargas para 83 países diferentes. Um crescimento de 40% em relação a 2016, com destaque para os países com os quais o Brasil firmou acordos automotivos como Argentina (com aumento de 43% frente a 2016); México (+70%); Chile (+98%); Uruguai (+59%); e Colômbia (+50%).

DUE – Para o ministro Marcos Jorge, com as medidas que estão em andamento, como a agenda de acordos comerciais e a Implementação do Portal Único de Comércio Exterior, que reduz em 40% os prazos de exportação e importação, a expectativa do MDIC é a de resultados cada vez melhores para as exportações brasileiras.

“É consenso que o comércio exterior desponta como um dos principais motores a impulsionar o crescimento da nossa economia. Uma maior integração do Brasil com o mundo virá da implementação de medidas de maior inserção internacional e facilitação de comércio, da busca por melhor e maior acesso a mercados estrangeiros para nossos produtos, serviços e investimentos”, avalia o ministro.

Apenas com a implementação do Novo Processo de Exportações do Portal Único, realizada em 2017 – e que simplificou os trâmites para as vendas externas, eliminando documentos, etapas e exigências governamentais –  são beneficiadas diretamente 5 milhões de operações anuais de mais de 255 mil empresas brasileiras.

Bracell anuncia investimento de R$ 7 bilhões na expansão da unidade no interior de São Paulo

Nesta semana, a Bracell, que pertence ao grupo Royal Golden Eagle (RGE), de Singapura, anunciou o Projeto Star, nome dado a ampliação de sua fábrica de celulose em Lençóis Paulistas e Macatuba. O projeto prevê um investimento de R$ 7 bilhões e geração de 7,5 mil empregos na fase mais avançada de implantação do projeto. A unidade deverá empregar 4.000 novos trabalhadores diretos ao final das obras.

A expansão deverá ser concluída no segundo semestre de 2021 e elevará a atual produção de 250 mil toneladas/ano para 1,5 milhão de tonelada/ano. Grande parte da celulose solúvel produzida na fábrica será destinada à exportação, tendo como mercados principais a China e a Europa.

A InvestSP dará suporte à empresa durante o processo de implantação do seu projeto de investimento. A agência paulista já tinha um relacionamento com a Lwarcel, que foi adquirida pelo grupo RGE em 2018 e passou a integrar a Bracell.

“Iremos prestar toda a assessoria na concretização desse investimento que tem potencial para alavancar o desenvolvimento econômico e social da região. Quando as empresas realizam investimentos dessa magnitude, demonstram que o Estado de São Paulo tem qualidades necessárias para que as empresas se estabeleçam e realizem seus negócios durante muitos e muitos anos”, afirmou o presidente da InvestSP, Wilson Mello.

A nova fábrica terá uma linha flexível projetada para produzir prioritariamente celulose solúvel e contará com novas tecnologias. Entre as principais inovações está o conceito de biorrefinaria, que reduz o desperdício em todos os fluxos potenciais. Essa abordagem controla insumos materiais resultando em baixo consumo de água, baixa emissão e mínimo uso de combustíveis fósseis.

“Nossa ambição é ser não só uma das maiores operações de celulose solúvel no mundo, mas também uma das empresas mais responsáveis nos quesitos social e ambiental. Além de criar empregos e oportunidades de carreira para milhares de pessoas no Brasil, definiremos os mais altos padrões para o uso sustentável de recursos renováveis”, disse Carlos Pastrana, diretor do projeto de expansão.

O anúncio do investimento aconteceu no Palácio dos Bandeirantes e contou com a participação do governador do Estado de São Paulo, João Doria. Durante o evento, o governador falou sobre a criação do 12º Polo de Desenvolvimento que tem como foco os setores de papel, celulose e reflorestamento e engloba as seguintes regiões administrativas: Araçatuba, Barretos, Bauru, Baixada Santista, Campinas, Central, Franca, Itapeva, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Metropolitana de São Paulo, Sorocaba e 171 municípios.

Terminal de Cargas de Guarulhos atinge 44% de market share de importação em junho

O Terminal de Cargas (Teca) do Aeroporto Internacional de São Paulo, administrado pela GRU Airport Cargo, na cidade de Guarulhos, em São Paulo, Brasil, reforçou sua posição de principal complexo logístico aeroportuário do País ao atingir 44% de market share, em Junho de 2019, e 42% no primeiro semestre deste ano.

As 305.904 toneladas transportadas no ano passado representam 8% de acréscimo ao volume movimentado em 2017. Foram importadas 161.366 T (+9%) e exportadas 144.538 T (+7%) de mercadorias pelo terminal. Também em 2018 foi registrado o recorde histórico de importações no Teca, com 14.793 T. Já neste primeiro trimestre de 2019, o volume de cargas transportadas foi de 23.263 T, no total, o que representa crescimento de 1%.

Outro marco importante do período foi o crescimento de 35% de voos cargueiros no volume total de carga importada. Essencial para este crescimento registrado foi a conquista de novas frequências de voos cargueiros regulares procedentes da Europa, Estados Unidos e Ásia, operados pelas companhias Qatar, LATAM Cargo, Avianca Cargo, Lufthansa, Turkish Airlines e Ethiopian Cargo. Com isso, importadores e exportadores contam com maior capacidade para embarques que requerem aeronaves puramente cargueiras.

GRU Airport Cargo possui também o maior complexo frigorífico em aeroportos do Brasil, com 87 mil metros cúbicos de capacidade de armazenamento de exportação e importação, além de 43 mil metros cúbicos para armazenamento de cargas nacionais.

Há, ainda, 26 mil metros cúbicos de capacidade de armazenamento de produtos farmacêuticos e perecíveis. Suas 21 câmaras frias atendem todos os ranges de temperatura. São 3.156 posições para produtos perecíveis, com foco em produtos farmacêuticos, e 360 posições para contêineres refrigerados, além de armazéns dedicados à carga perigosa tanto na importação, como na exportação, este último entregue em Maio de 2019.

Para 2019, é esperada a entrega da antecâmara para climatização, com 800 metros quadrados. O espaço contará com 360 posições porta paletes para cargas que requerem temperatura ambiente entre 16°C e 22°C.

A natureza do negócio – Os resultados são consequência de diversos fatores que diferenciam o Terminal de Cargas de GRU Airport: com uma área de 99 mil m², sua proximidade com as principais rodovias de São Paulo e com as principais cidades do Estado (num raio de 150 km) permite que a chegada e o escoamento de mercadorias se deem de modo mais prático e menos dispendioso.

Além de todas as capitais e grandes cidades do Brasil, o Teca interliga ainda 33 países. São mais de 790 voos diários, operados por 41 empresas aéreas nacionais e internacionais, para 96 aeroportos. Os números configuram o Teca como terminal de maior malha aérea da América Latina e maior capacidade para carga nos voos internacionais.

Nos últimos anos, o Aeroporto Internacional de São Paulo investiu em melhorias operacionais e de infraestrutura, adiantando-se às exigências do setor de transporte de cargas. Os investimentos no Teca realizados desde 2013 já proporcionaram o aumento de 76% na capacidade de armazenagem. O aeroporto investe também na automação do seu processo, melhorando a eficiência dos prazos médios de desembaraço, e na oferta de serviços de valor agregado para seus clientes.

Desde janeiro do ano passado, a área de Atendimento ao Cliente do Terminal de Cargas passou a receber os documentos para liberação das cargas importadas de forma eletrônica. A digitalização do processo possibilita atendimento mais eficiente e ágil, pois elimina a necessidade da presença física do solicitante dos serviços e da emissão de diferentes documentos em papel. O sistema reduziu em 20% o tempo médio para liberação de cargas importadas (de 84h para 64h).

Contratos no setor portuário vão gerar R$ 500 milhões em investimentos

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinou, nesta semana, nove contratos de adesão de Terminais de Uso Privado (TUPs), e um contrato de arrendamento no Porto de Cabedelo (PB). A iniciativa vai garantir investimentos de mais de R$ 500 milhões e ampliar a movimentação de cargas nas regiões Norte, Sul e Nordeste.

Freitas disse que os terminais de uso privado devem responder, em breve, a quase 70% da carga movimentada do Brasil. “As assinaturas de hoje representam quase R$ 500 milhões de reais de novos investimentos no setor portuário. Esses contratos trazem segurança jurídica e permitem a realização de novos investimentos”, explicou.

“Os novos investimentos para o setor vão gerar a redução de custos logísticos e a ampliação da capacidade de movimentação diversos pontos no país”, disse o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni.

Arrendamento – Uma área de 24 mil metros quadrado, destinada à movimentação de granel líquido, no Porto de Cabedelo foi arrendada para a Tecab — Terminais de Armazenagem de Cabedelo. O valor do investimento será de R$ 183,5 milhões.

Dos nove contratos de adesão de TUPs, seis são na região Norte. Dois destinados à movimentação de granéis sólidos: um da empresa Ciagram Portos e Navegação, da Amazônia Ltda., em Humaitá, no Amazonas; e outro da empresa Cianport Companhia Norte de navegação e Portos, em Itaituba, no Pará.

Outros três terminais têm em sua destinação a movimentação de granéis líquidos. Sendo dois da Petrobras Distribuidora, um em Porto Velho (RO) e o outro em Oriximiná (PA). O terminal da empresa Terminais Fluviais do Brasil S/A, está localizado em Itacoatiara, no Amazonas. Em Manaus, a J. F. de Oliveira Navegação Ltda, assinou o contrato para a ampliação de área que vai movimentar contêineres e carga geral.

Na região Nordeste, a empresa Brasken assinou o contrato para a área de movimentação de granel gasoso e líquido em Candeias, na Bahia; e a Salinas do Nordeste (Salinor), o contrato da área para movimentação de granel sólido em Mossoró (RN). Na região Sudeste, a Porto Sudeste do Brasil assinou o contrato para a movimentação, de forma geral, de granel sólido, no porto de Itaguaí, no Rio de janeiro.