Guedes fala em livre comércio com China: veja principais produtos negociados
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta semana que o governo brasileiro estuda a formação de uma área de livre comércio com a China. A declaração foi feita durante seminário do banco dos Brics. Guedes não deu detalhes das tratativas.
“Estamos conversando com a China sobre a possibilidade de considerarmos uma ‘free trade area’ [área de livre comércio]. Estamos buscando um alto nível de integração. É uma decisão. Queremos nos integrar às cadeias globais. Perdemos tempo demais, temos pressa”, afirmou o ministro no seminário.
A exportação brasileira para a China está concentrada em três produtos básicos: soja, petróleo e ferro respondem por 83% das vendas. O Brasil compra da China principalmente itens industrializados como plataformas de petróleo, produtos manufaturados e eletrônicos.
Dados do Ministério da Economia mostram que, em 2017 e 2018, respectivamente, o Brasil registrou superávit comercial (mais vendeu do que comprou) de US$ 20,16 bilhões e de US$ 29,19 bilhões. Nos dez primeiros meses deste ano, o saldo positivo somou US$ 21,45 bilhões.
Também nesta semana foi realizada em Brasília a 11ª cúpula do grupo formado por cinco países emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Guedes afirmou, ainda, que não se incomodaria se o atual superávit se equilibrasse mais à frente. Para isso, disse, as exportações brasileiras poderiam avançar 50%, enquanto que as compras feitas no país asiático poderiam dobrar ou, até mesmo, triplicar nos próximos anos. Para ele, o importante seria uma integração maior com a China.