“Nova força-tarefa em março da ANVISA permanecerá até normalizar a situação em Viracopos”, afirmam ABV e Sindasp

Prefeitura de Campinas participará de reunião para fortalecer esforço contra a ANVISA em Viracopos. Encontro acontece nesta sexta-feira, 04/03, em Campinas. ABV divulga nota e Sindasp também se manifesta.

Uma reunião acontece nesta sexta-feira, 04/03, em Caminas. Desta vez, um importante aliado somará esforços para combater os atrasos da ANVISA – Agência de Vigilância Sanitária, no Aeroporto da cidade: Viracopos. O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Samuel Rossilho, participará do encontro. A prefeitura sediou no passado um encontro para debater o Aeroporto.

O Diretor Regional do Sindasp em Campinas, Elson Isayama, informou que o mês de março vai trazer novidades. “Temos a informação de que teremos ainda esse mês nova força-tarefa com o intuito de reduzir o passivo para praticamente zero e abertura de transferência de servidores para Campinas, processo esse que ainda não temos a informação do prazo certo para que isso ocorra”, poderou Isayama.

Mesmo com a implantação de uma força-tarefa de servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o caos na liberação de cargas especiais, como medicamentos e insumos químicos, continua no Aeroporto Internacional de Viracopos. O prazo médio, divulgado recentemente e que estava em 62 dias no início de fevereiro, subiu para 68 dias e o problema está longe de ser resolvido.

Se antes o gargalo era a falta de servidores, agora o entrave é que os funcionários destacados pelo órgão para o grupo emergencial são fiscais, mas no dia a dia não atuam diretamente na liberação de cargas.

Dessa forma, os quatro servidores não teriam a agilidade necessária para dar vazão ao grande volume de mercadorias paradas nas câmaras frigoríficas e contêineres refrigerados que foram alugados pela Aeroportos Brasil Viracopos, concessionária que administra o terminal.

Para despachantes aduaneiros e importadores, o fato de a Anvisa enviar para Campinas funcionários que não são especializados em análise de cargas na área de alfândega mostra o descaso do órgão com o aeroporto, que é o maior terminal cargueiro do País.

Empresários e políticos da cidade estão mobilizados para pressionar autoridades. Entidades como o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Campinas e a Câmara de Comércio Exterior de Campinas e Região (CCC&R) vão promover um evento nas próximas semanas para mostrar a situação crítica no aeroporto e pedir que a direção da Anvisa e o Ministério da Saúde tomem uma providência para resolver o problema que se arrasta desde o ano passado.

Em outubro de 2015, uma outra força-tarefa formada por cinco fiscais da Anvisa, em 15 dias, reduziu de 40 dias para dois dias a liberação das cargas. O atual grupo está no aeroporto desde o último dia 16 e o prazo continua acima de 60 dias. Segundo profissionais que atuam com comércio exterior, a demora estava em 62 dias no começo de fevereiro. Agora pode chegar a até 71 dias. O assessor de Assuntos Institucionais de Viracopos, Carlos Alberto Alcântara, afirmou que é inadmissível que uma carga que leva 12 horas para sair do destino e chegar por via aérea em Viracopos fique mais de 60 dias parada à espera de fiscalização da Anvisa. “A chegada da atual força-tarefa não foi suficiente para estancar a hemorragia. Em quase duas semanas, o prazo ficou estabilizado em 67 ou 68 dias. Não é possível uma demora tão grande para a liberação de cargas”, disse.

O diretor regional do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de São Paulo (Sindasp), Elson Ferreira Isayama, afirmou que um grupo de entidades, empresários e políticos está formulando um documento para pressionar a direção da Anvisa a tomar providências que realmente acabem com o gargalo da liberação de mercadorias. “Hoje temos analise de processos que foram protocolados a 53 dias atrás, quer dizer, o tempo e extremamente elevado para uma carga no modal aéreo”, finalizou. Clique e conheça a Íntegra da Nota da ABV (Aeroportos Brasil Viracopos), informando que a nova força-tarefa só deixará o Aeroporto, após normalizar a situação.

Com informações do Correio Popular